2008 – Caderno de Resumos - Núcleo de TCC e IC

DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA: UMA REVISÃO CONCEITUAL
Zauith, Gabriela (IC)1; Melani, Paula(O)2
gabizau@terra.com.br
¹Curso de Jornalismo da UNAERP; 2Curso de Jornalismo Faculdades COC
Este resumo se propõe a transitar pelos conceitos sobre divulgação científica. Numa pesquisa bibliográfica foram
encontrados diversos termos, os quais formam uma teia de significados, e remetem ao caminho do conhecimento científico
originado dos centros de pesquisas e universidades até chegar ao grande público. Divulgação científica, vulgarização científica,
comunicação científica, difusão científica, disseminação científica, cultura científica, jornalismo científico, educação e
alfabetização científica, popularização da ciência e percepção/compreensão/comunicação pública da ciência são termos
encontrados na recente bibliografia nacional sobre o assunto. Cada qual é utilizado preferencialmente por autores e linhas
de pensamento. Alguns são sinônimos, mas ao final todos se complementam ao se reportarem à idéia inicial de transmitir a
ciência, o conhecimento científico para a população leiga - seja por meio de publicações científicas, congressos, instituições
de pesquisa, meios de comunicação de massa, museus de ciências, programas de televisão e rádio, da arte e literatura.
O estudo sobre divulgação da ciência é de extrema importância para a sociedade atual, pois trata de uma área do saber a
quem nos tornamos dependentes, como: pesquisas para promoção da saúde e cura de doenças, tecnologias para o nosso
cotidiano, progressos na computação e informática e nos meios de comunicação. A ciência é compreendida como uma
instituição, a qual possui um processo de engrenagem, contendo várias etapas como financiamento e órgãos de fomento,
produção do conhecimento (ensino e universidade), pesquisa científica, tecnologia de ponta (indústrias), transferência de
conhecimento (educação e sistemas de ensino), divulgação científica (jornalismo científico e disseminação científica) e popularização
da ciência (museus de ciência). Quanto ao início da divulgação científica no Brasil, alguns autores consideram
a obra de Euclides da Cunha como o marco inicial, com a publicação do livro “Os Sertões”. Outros já destacam a atuação
de Miguel Ozorio de Almeida, na década de 20 deste século, no Rio de Janeiro, com a obra “A vulgarização do saber”. O
discurso jornalístico e o científico possuem muitas diferenças de linguagem e finalidade. A redação do texto científico é dirigida
para um público específico e especializado, e segue normas rígidas de padronização e normatização universais. Já a
escrita jornalística deve ser coloquial e objetiva, e deve seguir a designação do jornalismo: atualidade, universalidade, periodicidade
e difusão. O jornalista e o divulgador científico devem, portanto, assumir uma postura crítica em relação à ciência.
Ter conhecimento das diretrizes ideológicas, em tratar a ciência no “topo do Olimpo”, como sendo neutra e autônoma. A
divulgação científica, enquanto processo, transfere o conhecimento científico - fruto de investimentos do governo em ciência
e tecnologia - à sociedade pagadora de impostos. Desta forma, jornalistas e divulgadores científicos cumprem o papel
de socializar o conhecimento científico por intermédio da imprensa, das escolas, de programas de rádio e televisão, e da
internet principalmente. É uma forma dos cidadãos tomarem consciência de seus direitos e opinar sobre temas científicos.
A CONTRIBUIÇÃO DO PROGRAMA DE APERFEIÇOAMENTO DO ENSINO DA FFCLRP/
USP PARA A FORMAÇÃO DOCENTE NA EDUCAÇÃO SUPERIOR
Nadai, Adriana Camila De1(IC); Rivas, Noeli Prestes Padilha
adriananadai@yahoo.com.br
¹Curso de Pedagogia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto / USP.
Este trabalho faz parte do Projeto de Pesquisa que estou desenvolvendo, bem como de Monografia de conclusão do
curso de Pedagogia na FFCLRP/USP. Esta pesquisa, de caráter qualitativo, tem como objetivo investigar como a Etapa de
Preparação Pedagógica - PAE/USP oferecida pela FFCLRP tem se constituído em espaço formativo para a docência superior
buscando identificar, na perspectiva do aluno, elementos que corroboram para tal construção. A metodologia abrange:
a) levantamento bibliográfico a respeito da temática formação de professores universitários; b) coleta, organização e análise
dos Relatórios Finais da Disciplina “Universidade: formação, ensino e produção de conhecimento” oferecida pela unidade,
no período de 2000 a 2007, através da técnica análise documental (Bogdan e Biklen (1984) e análise de conteúdo (unidades
de contexto) Bardin (2000) e Franco (2005).Duas categorias estão norteando este estudo: “O que é ser um bom professor
na perspectiva do pós-graduando?” e “Quais são os saberes pedagógicos mais significativos para a docência superior?”.
Cabe destacar que o exercício da profissão docente requer uma sólida formação, não apenas nos conteúdos científicos
próprios de sua disciplina, mas também nos conteúdos pedagógicos. Os professores, quando chegam à Universidade,
trazem consigo experiências que influenciarão suas práticas docentes. O desafio que se impõe é o de colaborar no processo
de passagem de docentes que se percebam como ex-alunos da Universidade para ver-se como professor nessa instituição,
para o qual os saberes da experiência não bastam, pois a profissão docente constitui-se no campo teórico/epistemológico
do conhecimento e no âmbito da prática social. Nos cursos stricto sensu de formação de professores a questão da docência
é praticamente deixada de lado, enfatizando-se a pesquisa. Assim, os referidos programas tendem a perpetuar, mesmo que
não intencionalmente, a crença de que para ser professor basta o domínio do conteúdo específico e ser um bom pesquisador.
Pretende-se, portanto com esse estudo identificar os elementos potenciadores da formação pedagógica destes alunos,
futuros docentes universitários, colaborando para o processo de reflexão e evolução do Programa PAE na FFCLRP.
Agência de Fomento: RUSP-Pró Reitoria de Graduação.
92