Favela global : ambiguidades e tensões na ... - Revista Mutações

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possibilidades de escolha, onde o “eu” é relacional e móvel, se redefine continuamente como resposta a uma dinâmica social que exige uma “racionalidade aberta” para a compreensão da multiplicidade das linguagens e relações produtoras das identidades sociais. Partirei aqui de problemas lógicos da definição dos movimentos de juventude, como também da própria juventude enquanto categoria social; tentando demonstrar alguns impasses da Sociologia na apreensão objetiva das diversas facetas dos movimentos culturais juvenis no mundo contemporâneo. E a partir disso apresentarei algumas formulações para análise dos problemas apontados; primeiramente a partir dos próprios grupos juvenis, onde se elaboram formas práticas de identificação, tais como, atitude e quebrada etc., pois existe uma vinculação entre as formas de identificação e o uso dos espaços da cidade. Posteriormente a escrita se (des)dobra para discutir formas usuais de identificação usada pelos grupos juvenis, que permitem se pensar aqui, as identidades como formações complexas em constante reelaboração a partir de uma multiplicidade de experiências e jogos relacionais dos quais os sujeitos participam, e se colocam na condição de vivência simultânea em múltiplos pertencimentos. A migração do interior do Amazonas pela sedução da capital industrial, a Zona Franca é aqui pensada como parte dinâmica desse jogo. Uso o termo “horror da indeterminação”, a partir da ideia de Zygmunt Bauman em sua discussão sobre modernidade e ambivalência, onde ele mostra a complexidade extrema da modernidade em que estão em aparecimento formas totalmente novas e, portanto formas que estão ainda em uma indefinição. Uma espécie de área cinzenta habitada por pessoas estranhas: as que ainda não estão classificadas, ou classificadas por critérios semelhantes aos nossos, portanto ainda desconhecidos por nós mesmos. Verdadeiros híbridos, os monstros: não apenas não classificados, mas não-classificáveis. (BAUMAN: 1990:161) 12
Um estranho que entrou no mundo vital sem ser convidado, trazendo para dentro do círculo interno da proximidade o tipo de diferença e alteridade previstas e toleradas apenas à distância – onde elas podem ser rejeitadas como irrelevantes ou repelidas como inimigas. O estranho representa uma síntese de aproximação e de distância, incongruente e portanto, ressentida. (BAUMAN: 1990:162) Estes são os elementos que pretendo disponibilizar para o debate e crítica. Sobretudo, estimular novas tentativas de compreensão dos acontecimentos presentes em nosso século, mesmo que esta leitura se apague rapidamente como é próprio do existir contemporâneo. Que este livro possa oferecer ao leitor alguns problemas e que eles sigam uma outra rota, um outro tempo, uma nova esperança, pois este é um evento que acabou de escapar... 13
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COHEN, Jean. Sociedade civil e teor
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LIPOVETSKY, Gilles (1983) A era do
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SILVA, José Carlos Gomes. Rap na c
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