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Favela global : ambiguidades e tensões na ... - Revista Mutações

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desses campos sociais, exercendo graus variados de autonomia e<br />

escolhas, mas cada um deles tem um contexto material e <strong>na</strong> verdade,<br />

um espaço ou lugar, bem como um conjunto de recursos<br />

simbólicos. Sendo assim, diferentes contextos sociais fazem com<br />

que nos envolvamos em diferentes significados sociais. Em certo<br />

sentido, somos posicio<strong>na</strong>dos de acordo com os campos sociais<br />

em que estamos atuando.<br />

A grande identidade <strong>global</strong> ou os grandes questio<strong>na</strong>mentos<br />

totalizantes da ciência, passam agora a não serem visto mais<br />

como primordiais para se entender a sociedade, havendo assim<br />

um processo de “fragmentação” tanto da sociedade, quanto das<br />

metodologias e ciências utilizadas, havendo assim uma redefinição<br />

de projetos e objetos.<br />

Conceitos baseados <strong>na</strong> economia e <strong>na</strong> política que tentavam<br />

abarcar todas as espécies de manifestações huma<strong>na</strong>s são<br />

agora redefinidos por novos parâmetros ou paradigmas que vão<br />

privilegiar outros aspectos e novas vertentes do pensamento humano.<br />

Aquele homem total, ou totalizado, composto de uma substância<br />

comum em qualquer parte ou situação, cede agora o lugar<br />

a um processo de segmentação em que ao invés da unidade, temos<br />

agora como fio condutor à multiplicidade.<br />

A multiplicidade está ligada não mais somente a uma diversidade<br />

de interpretações acerca da realidade huma<strong>na</strong>, nem de<br />

suas diferenciações mais marcantes tais como: político, linguística,<br />

étnica e econômica, mas sim redefinida a partir da noção de<br />

“multiplicidade do eu” e de “ambiência comunitária”, ou seja,<br />

haveria o que Maffesoli (2000) denominou de “paradigma estético”<br />

no sentido da diferença estabelecida entre lógica individualista<br />

(apoiada em uma identidade separada e fechada sobre si<br />

mesma), e pessoa que só existiria, ao contrário da lógica individualista<br />

<strong>na</strong> relação deste com o outro. Tal diferenciação vai trabalhar<br />

e superar a dicotomia clássica entre sujeito e objeto, <strong>na</strong><br />

medida em que haveria uma mudança de ênfase apontando agora<br />

mais sobre o que une do que sobre o que separa.<br />

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