O Empreza Automobilista Portugueza o . i C/2 'c3 fe é m co q? 1=3 co O o MOTOR "DARRAGQ,, (§aa peneira (Borges—COIMBRA RESISTENCIA — Quinta-feira, 8 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 1903 o oJ RP s te* Automóveis Darracq: — Nas corridas Figueira Lisboa (270 kilometros), 2 Darracqs sahiram da Figueira; 2 Darracqs chegaram a Lisboa; ganhando os primeiros prémios; dos outros constructores sahiram 5 automóveis da Figueira, chegando apenas um a Lisboa. IMotocyclettes Werner: — Detentora do record Porto Lisboa em 11 horas, 2Ò m. e i5 s. — i. 4 nas corridas Paris-Berlim, Paris-Vienna, etc. L. M. LILLY, Engenheiro Machinas agrícolas <strong>de</strong> toda a qualida<strong>de</strong>. Machinas para fiação e tecelagem para todos os tecidos. Machinas para fazer soda-water, gazosas, gêlo, etc. Machinas para fazer papel continuo, cartão, etc. Machinas para lavar, engommar e <strong>de</strong>sinfectar roupa. Machinas <strong>de</strong> vapor e <strong>de</strong> gaz, cal<strong>de</strong>iras e bombas. Machinas <strong>de</strong> escrever, <strong>de</strong> systema 1TOST. Correias <strong>de</strong> pêllo, <strong>de</strong> couro, <strong>de</strong> borracha, empanques, etc. Matérias primas <strong>de</strong> todas as qualida<strong>de</strong>s. Installaçoes5 <strong>de</strong>senhos, montagens» Facilitam-se pagamentos» REPRESENTANTE JOÃO GOMES MOREIRA COIMBRA Nova Havaneza [Rua <strong>de</strong> Ferreira Borges n.° 176 Papelaria, Tabacaria, Perfumaria. Carteiras, malas, caixas <strong>de</strong> charão, e todos os objectos <strong>de</strong> escriptorio. Àutomoveis em segunda, mão (Em perfeito estado <strong>de</strong> conservação) Um "Benz,, <strong>de</strong> 7 logares. Uma "Vitoirete Richard,, 3 ou 4 logares. Empreza Automobilista Portugueza C O Í M B a A c o Liquidação <strong>de</strong> Penhores em Leilão O o Anno a® 700 Semestre i$i5o A casa penhorista <strong>de</strong> Alipio Augus- Trimestre 68o to dos Santos, fará leilão <strong>de</strong> todos os penhores em <strong>de</strong>bito <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 3 me- Sem estampilha', zes <strong>de</strong> juros. Anno 23&400 oAlipio oAugusto dos Santos Consultorio <strong>de</strong>ntário COIMBRA O Rua Ferreira Borges gerculano
Editor MANDEL D'OLIVEIRA AMARAL ULTIMATUM Foi ha annos já, e nós, que eslecemos tam <strong>de</strong>pressa em Portuil, sentimos ainda hoje o insulto, iltante como o das vergonhas que :am por vingar. Quando se soube a triste nova, iu o pôvo para a rua, e havia nas ais pequenas terras <strong>de</strong> Portugal n movimento <strong>de</strong>susado <strong>de</strong> gente iste, calada, como se andasse á pera dum enterro. De repente tudo se animou e a ultidão, que enchia as praças e as ias, começou a gritar <strong>de</strong> dôr e a amar imprecações, em que refera, numa on<strong>de</strong> forte, o ódio coni uma nação que nos espoliava is<strong>de</strong> que por uma alliança <strong>de</strong> reis inseguira relações <strong>de</strong> amisa<strong>de</strong> >m Portugal. Tudo pos havia roubado aquelnação que se dizia nossa amiga, que ao publicar o documento que >s cobria <strong>de</strong> ignominia, tinha ainphrases da mais refalsada hipoisia e do mais baixo e torpe cismo para lastimar ver~se forçada medida tam violenta com o mais :lho dos seus alliados. Lembrou-nos então todo o nospassado <strong>de</strong> alliança franca eleal, íe aquelle pôvo <strong>de</strong> aventureiros e ratas explorára para se fazer forte temido, para adquirir um novo iperio, que nos roubou e on<strong>de</strong> ibstituiu a cavalheiresca heroicii<strong>de</strong> portúguêsa pela guerra da iséria, pelo dominio da fome. Como irmãos d'armas, elles que rio contam na história uma bataa gloriosa, nem uma <strong>de</strong>rrota helica, cobriram-se sempre com a jragem portuguesa, que exploram a séculos em proveito próprio, e, jando os inimigos téem para os lidados portuguêses só palavras s respeito, louvando a sua coraem e a sua lealda<strong>de</strong> com os vendos, elles, os nossos alliados avoimam a grandêsa das suas forças em relações históricas riem ironiimente da nossa coragem. E roubam-nos a glória, como DS haviam roubado já o mais rico DS nossos impérios. O seu maior título <strong>de</strong> orgulho, <strong>de</strong> imperador das índias, é a affiração da sua <strong>de</strong>slealda<strong>de</strong> para com mais velho e mais <strong>de</strong>dicado dos lus alliados. Eram estas as vozes que se ou- iam. Nem uma só se levantou a jusficar a villêsa <strong>de</strong> tal acção, nem lesmo a <strong>de</strong> aquelles que fazem da lentira a sua força. Todos queriam luctar contra o limigo forte que os tinha <strong>de</strong>baixo o joelho sob a ameaça <strong>de</strong> novas xpoliações e <strong>de</strong> novos insultos. E não houve em todo o mundo tna só palavra <strong>de</strong> ironia contra s vozes quê gritavamos chamando lucta e ao combate sem tréguas sem fim, aquelle povo forte. O ridículo dos nossos esforços tara nos libertarmos da garra que IOS tinha bem seguros, não encon- -PM et» todo 0 í»Ui*k> sefllo pala- PUBLICA-SE AOS DOMINGOS E QUINTAS FEIRAS vras <strong>de</strong> sympathia, vozes carinhosas <strong>de</strong> fraternida<strong>de</strong>. Era <strong>de</strong> esperar que Portugal, que <strong>de</strong>ra sempre tam nobres exemplos <strong>de</strong> heroicida<strong>de</strong>, não esqueceàse nunca o odio que <strong>de</strong>via ao povo que lhe atirára aquelle insulto infame. Pouco a pouco foi-se diluindo o odio e começou a apparecer em jornaes portuguêses a i<strong>de</strong>ia da fatalida<strong>de</strong> que prendia indissoluvelmente o nosso <strong>de</strong>stino ao daquelle povo que se fizera nosso alliado, e se enriquecera pelas complacências monarchicas. E a própria Inglaterra veiu annunciar á Europa que em Portugal haveria seguro um throno, emquanto se mantivesse a alliança antiga. E hoje o nome português acorrentado ao da Inglaterra é escarnecido e villipendiado no mundo, ouve-se no meio <strong>de</strong> vaias <strong>de</strong> odio. Como os fracos, que tem ido envillecendo pela vida continuada <strong>de</strong> miséria e <strong>de</strong> ignominia, Portugal finge tirar da sua alliança com a Inglaterra o seu melhor titulo <strong>de</strong> gloria, a affirmação da sua força. Portugal ergue a voz para clamar a sua amiza<strong>de</strong> á Inglaterra, como o ocioso arruinado se vê forçado a sentar á sua méza como amigo a creatura vil que o tem sob a ameaça da agiotagem e da ruina. Tudo fingimos esquecer, com a esperança <strong>de</strong> enganar os outros, imaginando que elles não verão a nossa ignominia. Mais uma vez apparece a vergonha como titulo <strong>de</strong> gloria no brazão <strong>de</strong> Portugal. Houve em Portugal um rei que ficou na historia como o symbolo da inépcia e da baixeza. A sua vida publica é a affirmação da cobardia e da falta <strong>de</strong> dignida<strong>de</strong>. A sua vida particular, que corre apenas na tradição oral, é tudo o que ha <strong>de</strong> mais grosseiramente baixo. Chamava-se o monarcha D. João VI. E' conhecido o typo dêste rei sem dignida<strong>de</strong> na sua vida particular, sem brio na vida pública, que a fatalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reinar lhe tornou difficil e aventurosa. A mulher é citada por todos como um typo baixo <strong>de</strong> prostituta coroada, viciosa e cinica, sem grandêsa, nem paixão. Não ha homem ignorante que não saiba histórias da prostituição villã <strong>de</strong> D. Carlota Joaquina. Nos campos, contam-se casos <strong>de</strong> amor com os jornaleiros das quintas reaes; nas casernas ouvem-se a rir as aventuras, que se lhe attribuem, com os soldados <strong>de</strong> guarda <strong>de</strong> honra ao paço. E é tám gran<strong>de</strong> o crédito popular na ignomínia daquella mu> lher vergonhosa, que ha gente ingénua, que attribua ao acaso <strong>de</strong> aventuras damor com cornetas e Redacção e administração, ARCO D'ALMEDINA, 6, 2.® andar Offlcina typográphica 12 —RUA DA MOEDA —14 COIMBRA—Domingo, 11 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 1903 8.° ANNO hortelões o ter tido filhos, em que o povo reconheceu energia que nunca vira ao rei. Nunca os ru<strong>de</strong>s homens do campo, que não conhecem os pormenores <strong>de</strong> alcova das côrtes, podéram admittir que D. João VI tivésse um filho robusto e forte. Sabendo da infi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> da esposa, portou-se aquelle rei como o mais ridículo marido <strong>de</strong> comédia burlesca: queixou-se á familia <strong>de</strong>lia, e abandonou o leito para que ninguém pu<strong>de</strong>sse ignorar em Portugal, a infâmia da mulher, que sentava ao lado no throno. A vergonha daquelle reinado affirma-se em cada facto. Anda nas moedas correntes. Foi êste monarcha covar<strong>de</strong>, êsse homem que fugiu vergonhosamente ao inimigo, que mandou collocar nas moedas do seu reinado, a esphera armillar, que outro rei mais venturoso tomára por empresa para affirmar publicamente as heróicas façanhas, as nobres <strong>de</strong>scobertas dos marinheiros portuguêses. E a esphera armillar^ que attestava o passado glorioso do povo português, foi orgulhosamente arvorada por um rei imbecil, que se cobrira <strong>de</strong> vergonha numa fuga vergonhosa pór aquelle mâr, que tanto tempo cantára a nossa glória. No pataco a moeda symbólica daquelle reinado, e que ficou, na linguagem corrente, como o preço <strong>de</strong> tudo o que é baixo e vil, appareceu esver<strong>de</strong>ada do toque immundo do vicio a esphera armillar o titulo glorioso da conquista marítima, a assignalar o reinado <strong>de</strong> um rei que nos cobrira <strong>de</strong> vergonha sobre o mar. Era a esphera armillar cantando a nossa glória antiga <strong>de</strong> marinheiros que se fazia vêr a todos para fazer esquecer o <strong>de</strong>sattre recente, e a fuga vergonhosa pelo mar fóra. Hoje, como entám, lembrámos o passado, e fingimos esquecer o insulto do presente. A alliança inglêsa vale bem, como vergonha a esphera armillar do pataco <strong>de</strong> D. João VI. T. C. O próximo numero da BESISTENCIA será unicamente <strong>de</strong>dicado á memória <strong>de</strong> José Falcão. O numero do último do corrente mès será <strong>de</strong> homenagem aos vencidos <strong>de</strong> trinta e um <strong>de</strong> janeiro. A ssim commemorará, a BESISTENCIA os dois mais tristes anniversários da história da republica em Portugal. Ao nosso presado collega Justiça, agra<strong>de</strong>cemos as palavras <strong>de</strong> alto e immerecido louvor com que nos distingue, a propósito dos boatos espalhados sobre o <strong>de</strong>sapparecimento do nosso jornal. Os mesmos agra<strong>de</strong>cimentos á Folha <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>,< que tem sido comnosco sempre <strong>de</strong> uma amabilida<strong>de</strong> nada João Franco, um inimigo terrível <strong>de</strong> quem temos tanto medo coroo da sarna.». Contra a imprensa Depois dum breve armistício, o sr. Hintze Ribeiro recomeçou as suas perseguições á imprensa. O Liberal e o Mundo, jornaes da sua mui especial predilecção, foram já apprehendidos, pelo crime infando <strong>de</strong> darem o compte-rendu da reunião dos progressistas em que José Luciano parece ter dito profundas verda<strong>de</strong>s sobre a influência do po<strong>de</strong>r pessoal na vida dos partidos. Faltam-nos já forças para esse protesto <strong>de</strong> dia a dia, banal, improfícuo, irritante nas suas bellas phrases <strong>de</strong> estylo, com que vêem commentar-se, patetamente, as mais sórdidas violências e os mais perigosos attentados. O regimen odiosíssimo a que a imprensa está <strong>de</strong> ha muito sujeita, seria <strong>de</strong> mol<strong>de</strong> a suscitar um protesto em forma, amplo e vigoroso, que fosse um correctivo severo e uma útil prevenção a futuras investidas, se neste país ha muito se não tivessem apagado os últimos lampejos <strong>de</strong> brio, <strong>de</strong> in<strong>de</strong>pendência, e <strong>de</strong> pratriotismo. Do <strong>de</strong>coro, da solidarieda<strong>de</strong>, da nobresa da classe jornalística, é bom que nos dispensemos <strong>de</strong> fallar, para não abrir a repressão <strong>de</strong> amargas e duras reflexões. A sua attitu<strong>de</strong>, nesta questão primacial, é tristemente <strong>de</strong>plorável, <strong>de</strong>gradante. Que contra os attentados do governo protestámos como a mais sincera e vehemente indignação, não já por rnéra cortezia, mas pelo culto que temos por todos os princípios <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> e <strong>de</strong> justiça, escusámos <strong>de</strong> estar todos os dias a repetil-o, inutilmente, em phra ses consagradas, pois que a linha <strong>de</strong> conducta por nós sempre mantida não auctoriza outro juizo. Somente nos dispensamos <strong>de</strong> matracar o velho estribilho inútil, afirmando <strong>de</strong> resto a nossa completa dis posição para uma campanha a sério, a valer, pelos direitos que nos assistem. E por aqui nos ficámos. Correm por <strong>Coimbra</strong> boatos surdos <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> novida<strong>de</strong> no nosso pequeno meio politico provincial. Como do costume, tudo se resume em nomeações <strong>de</strong> empregados públicos. Tornp a fallar se com issístencia em que, pela reforma do sr. Espregueira, será nomeado director da penitenciaria <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong> o sr. D. José Miranda. Para o lugar <strong>de</strong> administrador do concelho, que fica vago pela sua nomeação e acesso, será nomeado uma personagem que se tem assignalado pelo seu zelo em trabalho eleitoraes. Não ha hoje melhor recommendação., E uma surpresa que tem sido muito annunciada; mas que parece ter havido até hoje dificulda<strong>de</strong> em realizar. O partido progressista <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, que tem ajudado a vida difficil da mesquinha hoste hintzacea, que para ahi anda cheia da importancia que arranja ao espelho em attitu<strong>de</strong>s rígidas, <strong>de</strong> muita compustura e autorida<strong>de</strong>, parece pouco resolvido a <strong>de</strong>ixar preterir, sem um protesto, correligionários a que <strong>de</strong>ve numa vida ícnga <strong>de</strong> abnegação e serviços políticos nunca recompensados. Os srs. João <strong>de</strong> Barros e Alvaro <strong>de</strong> Castro acabaram a traducção <strong>de</strong> uma bella comédia da litteratura espanhola contemporânea, que <strong>de</strong>stinam ao theátro <strong>de</strong> D. Maria. Mayer Garção apresentou já uma traducção em verso dum original francês, que os artistas consi<strong>de</strong>ram pela belleza dos versos superior á tám applaudida traducção <strong>de</strong> Os Romanescos. E' uma peça <strong>de</strong> dois personagens apenas, que será representada por Ferreira da Silva e pela Virgínia na festa <strong>de</strong>sta gloriosa actrj*. Partido republicano Não ha, sobre o assumpto, opiniões divergentes. Não podia havel-as. Seria estultícia 01^, traição negar a urgência dum forte refundimento partidário que traga ao meio do geral <strong>de</strong>salento nacional uma era nova <strong>de</strong> esperanças fortificantes. Na campanha que ha muito vem sustentando, a Resistencia julga ter sobejamente fundamentado as suas asserções, sobre os erros e as responsabilida<strong>de</strong>s do passado como sobre as indispensáveis tentativas do futuro. Com leal franqueza disse aos homens do partido republicano o que era <strong>de</strong> irreductivel necessida<strong>de</strong> dizerlhes; e, cheia <strong>de</strong> confiança, aguarda que êsses homens, na comprehensão intelligente e austéra dum alto <strong>de</strong>ver, tomem a direcção dêste movimento <strong>de</strong> esperançosa reconstituição partidária. E' preciso não parar. Insistir, insistir sempre, pertinazmente, audaciosamente — eis o caminho. Com sincero jubilo temos aqui re gistado as adhesões valiosas <strong>de</strong> vários collegas e correligionários prestantissimos, que mais vem animar nos no proseguimento dos nossos <strong>de</strong>sinteressados intentos. Pelo partido republicano, que não por nós, esperamos que todos continuem a prestar-nos a sua adhesão, dando por sua auctorida<strong>de</strong> um relevo brilhante a esta justíssima campanha. Succe<strong>de</strong>m-se os attentados. Cada vês se compromette mais o futuro <strong>de</strong>sta <strong>de</strong>sgraçada terra. Os governos fazem o silêncio, reprimindo, assaltando, calando brutalmente, sem pretexto nem explicações, todas as vozes da opinião. Mais: os governos fazem a treva, fechando associações que beneméritamente mantinham escolas para o povo. A situação é insustentável. Asphixia, humilha, vexa, este silêncio, esta resignação ignominiosa com que recebemos todos os attentados, todas as expoliações, todos os crimes, sem um grito <strong>de</strong> cólera, sem um gesto <strong>de</strong> revolta fremente, <strong>de</strong> cabeça baixa, <strong>de</strong> braços pendidos, numa attitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> escravos abjectos. Que melhor ensejo para nos levantarmos, e unir-nos, e seguir para a frente, compenetrados dos nossos <strong>de</strong>veres e das nossas responsabilida<strong>de</strong>s ? Fallemos uns aos outros a inteira verda<strong>de</strong>. E' preferível que cada um annuncie a tempo a sua ruína do que <strong>de</strong>ixe, por incorrectos brios, aggraval-a inevitavelmente. Pó<strong>de</strong>m dizer nos que êste silêncio nos arraiaes <strong>de</strong>mocráticos, esta dispersão, êste caminhar <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nado, esta frouxa vida, provem immediatamente do regimen <strong>de</strong> repressão odiosa com que os governos contém todas as manifestações <strong>de</strong>sapprovadoras da camada livre do país. Mas quem creou um tal regimen ? Nós, os republicanos, <strong>de</strong>ixando que todos os governos da monarchia apertassem, sem resistencia alguma, mais e mais, o laço, á volta das nossas ultimas regalias. Nós, que ás primeiras investidas dos tyrannetes do Terreiro do Paço, dispersámos <strong>de</strong>salentados, como se cá não houvéra força para fazer voar os <strong>de</strong>ntes aos rábidos molossos que a monarchia nos açulava. Ah! sim, um tal regimen é uma creação nossa. A sua força é um producto lógico da nossa fraqueza. Valentes, talvez, os quadrilheiros do regimen, porque nós os temos auxiliado com o <strong>de</strong>safogo que lhes dá a nossa covardia. Como pô<strong>de</strong> fazer respeitar os direitos e as liberda<strong>de</strong>s dum povo, constuir-se sentinella <strong>de</strong>sses bens, quem não tem sabido <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r-se a si próprio dos repetidos attentados do po<strong>de</strong>r, e <strong>de</strong>ixa pacientemente que o dispam das ultimas regalias ? NS© pô<strong>de</strong> sçf, uíq pô<strong>de</strong> «r,