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Obra Completa - Universidade de Coimbra

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Editor<br />

MANUEL D'OLIVEIRA AMARAL<br />

CORREGEDORIA<br />

Protegidos pela inexpugnável<br />

indifferença em que este pôvo<br />

ha muito se fechou, passam sem<br />

um protesto justo e uma reacção<br />

condigna os mais monstruosos attentados.<br />

Ninguém lhes surprehen<strong>de</strong> o<br />

alcance, ninguém lhes pesa as consequências.<br />

E só mais tar<strong>de</strong>, quando começam<br />

<strong>de</strong> apparecer os seus fructos<br />

amargos, é que, num rebate alarmante,<br />

se presente a gravida<strong>de</strong> da<br />

situação creada, e se esboçam protestos<br />

què um geral esgotamento <strong>de</strong><br />

energias e uma maioria <strong>de</strong> lacaios<br />

regalóes, contentes <strong>de</strong> seus amos,<br />

não <strong>de</strong>ixam vingar.<br />

Nêste mesmo logar <strong>de</strong>ixámos<br />

já consignado o nosso protesto contra<br />

o monstruoso <strong>de</strong>creto <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong><br />

setembro do anno findo, por virtu<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> cujas disposições se attribue<br />

ao juís <strong>de</strong> Ínstrucção criminal a<br />

direcção das diligências e investigações<br />

ten<strong>de</strong>ntes á verificação dos<br />

crimes previstos em vários preceitos<br />

do Cod. Penal, e nas leis <strong>de</strong> 13<br />

<strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 96 e- 21 <strong>de</strong> julho<br />

<strong>de</strong> 99; e, nêsse momento, chamámos<br />

a attenção <strong>de</strong> todos os espíritos<br />

verda<strong>de</strong>iramente liberaes e <strong>de</strong><br />

todasjas consciências lidimamente<br />

honestas para o attentado extranho,<br />

audacioso, que vinha <strong>de</strong> perpetrar-se,<br />

no seguimento da obra liberticida<br />

que os governos da monarchia<br />

ha muito inauguraram.<br />

Sem motivos <strong>de</strong> successos excepcionaes<br />

que, indiciando alteração<br />

da or<strong>de</strong>m páblica, reclamassem<br />

medidas <strong>de</strong> particular repressão,<br />

que todavia jámais po<strong>de</strong>riam<br />

revestir o caracter odioso do diploma<br />

<strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 902;<br />

sem razão alguma que levasse a<br />

suppor a incompetência, a fraqueza,<br />

a negligência dos magistrados<br />

a quem, até aqui, o conhecimento<br />

<strong>de</strong> taes crimes estava affecto, justificando<br />

portanto a recente e violenta<br />

<strong>de</strong>stituição; numa epocha <strong>de</strong><br />

calmaria absoluta e num país on<strong>de</strong><br />

a propaganda libertária se confina<br />

em restrictissimo âmbito, o governo<br />

promulga uma medida revoltantíssima,<br />

que attingirido a in<strong>de</strong>pendência<br />

e a dignida<strong>de</strong> do corpo<br />

judicial, attenta por egual contra<br />

todas as garantias individuaes t<br />

sociaes!<br />

Mas o que mais extranho e<br />

doloroso é contastar é a indiffe*<br />

rença, o abandono, a ligeira <strong>de</strong>spreoccupação<br />

que acompanháram<br />

a publicação duma medida que, se<br />

não fôra o rebate <strong>de</strong> dois ou três<br />

jornaes, passaria embuÇadamente<br />

no 'Diário, só bem conhecida do<br />

juiz <strong>de</strong> ínstrucção criminai que não<br />

<strong>de</strong>ixaria <strong>de</strong> a evi<strong>de</strong>nciar, no momento<br />

opportuno <strong>de</strong> perseguições<br />

Convenientes.<br />

Nós estamos habituados a esta<br />

serenida<strong>de</strong> ignóbil que os governos<br />

aproveitam para consolidar a sua<br />

obra <strong>de</strong> tyrannia feroz; mas, como<br />

em todos nós perduram, atravez<br />

dos maiores <strong>de</strong>senganos, uns restos<br />

<strong>de</strong> ingénua confiança, e porque<br />

o attentado feria uma instituição<br />

cuja in<strong>de</strong>pendência é uso preconi<br />

m tiradas elogiosas, ejitei)<br />

TENGIA<br />

PUBLICA-SE AOS DOMINGOS E QUINTAS FEIRAS<br />

dêmos que o protesto não <strong>de</strong>ixaria<br />

<strong>de</strong> affirmar se e que o governo<br />

teria <strong>de</strong> rasgar o infamissimo documento.<br />

Verda<strong>de</strong> é que os factos não<br />

eram <strong>de</strong> mol<strong>de</strong> a alimentar a candida<br />

illusão. De longe, elles vinham<br />

<strong>de</strong>pondo que a invasão crescente<br />

do po<strong>de</strong>r judicial pelas investidas<br />

do executivo não topava resistências<br />

sérias, e que até, em dados<br />

momentos, aquelle auxiliava as extorsões<br />

dos governos, com a applicação<br />

<strong>de</strong> diplomas cujo repudio o<br />

seu vicio <strong>de</strong> inconstitucionalida<strong>de</strong><br />

bastava a justificar.<br />

Agora novamente se volta a<br />

fallar do documento extraordinário,<br />

cujas vantagens o insigne mariola<br />

das VNovida<strong>de</strong>s se esfalfa a<br />

proclamar, pedindo, com a audácia<br />

e o cinismo peculiáres, que se não<br />

sacrifiquem a exageros <strong>de</strong> sentimentalida<strong>de</strong><br />

a preexcellencia <strong>de</strong><br />

uma tal concentração <strong>de</strong> attribuições.<br />

Na câmara dos pares e <strong>de</strong>putados<br />

annunciáram interpellações<br />

sobre o assumpto, respectivamente<br />

os srs. Eduardo Coelho e Francisco<br />

Me<strong>de</strong>iros, e no Correio da Noite o<br />

sr. Navarro <strong>de</strong> Paiva veio protestar<br />

contra a nefanda medida, que reputa<br />

tám subversiva dos princípios da<br />

competência como infesta das garantias<br />

individuaes e sociaes.<br />

O protesto fica, talvez, por estas<br />

innoffensivas parlendas, breve<br />

apagadas e esquecidas na atmosphéra<br />

bocejante do parlamento e<br />

nas <strong>de</strong>clamações vagas da imprensa,<br />

que por ventura sobre o caso<br />

achar conveniente pronunciar-se.<br />

E por fim, a vonta<strong>de</strong> será feita<br />

a Navarro, repellidos os sentimentaes<br />

perigosos, <strong>de</strong> maneira que o<br />

bravo cão <strong>de</strong> guarda da monarchia<br />

possa dormir alfim sem a visão<br />

obsidiante dos comboios apedrejados.<br />

..<br />

Apezar <strong>de</strong> tudo, porém, entendêmos<br />

que era nosso <strong>de</strong>ver renovar,<br />

nêste instante, o nosso protesto,<br />

appelando mais uma vês para a<br />

concentração <strong>de</strong> todos os elementos<br />

genuinamente liberaes no sentido<br />

<strong>de</strong> frustar essa singularissima<br />

infâmia!<br />

De Silva Pinto, na sua Carta <strong>de</strong><br />

Lisboa, para a Vo\ Publica:<br />

«E que me dizem ao boato, que<br />

corre mundo, <strong>de</strong> vir a ser aposentado<br />

o director da Penitenciaria <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>,<br />

que só funccionário (elle) durante<br />

um anno... assignando todos os mêses<br />

o recibo do vencimento ? Isto crêse?<br />

Ora, porque se ha <strong>de</strong> duvidar <strong>de</strong><br />

um litro <strong>de</strong> agua no Oceano ?»<br />

Sim, porque se ha<strong>de</strong> duvidar?<br />

Hintze é gran<strong>de</strong>, e D. Pepe <strong>de</strong> Miranda<br />

seu propheta em <strong>Coimbra</strong>.<br />

E' dispersar! E' dispersar 1<br />

Noticia um collega:<br />

«O sr. dr. Pedro Ferrão vae requerer<br />

para tomar assento na câmara<br />

dos pares, por hereditarieda<strong>de</strong>, como<br />

filho do antigo par do reino e ministro<br />

<strong>de</strong> estado sr. dr. Francisco António<br />

Fernan<strong>de</strong>s da Silva Ferrão».<br />

Bella occasião para na câmara alta<br />

ser resolvida a crise vinícola.<br />

RejuMçw ps viticultorsj,<br />

Redacção e administração, ARCO D'ALMEDINA, 6, 2.° andar<br />

BRADOS DE JUSTIÇA<br />

Ao País e aos po<strong>de</strong>res legislativos<br />

Os caixeiros <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong><br />

Com o título acima distribuíram os<br />

caixeiros <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, um manifesto,<br />

appelando qara os po<strong>de</strong>res públicos no<br />

sentido <strong>de</strong> ser concedido aos caixeiros<br />

portugueses o <strong>de</strong>scanço dominical.<br />

Com gran<strong>de</strong> surprêsa nossa fomos<br />

informados <strong>de</strong> que conjunctamente com<br />

o nosso número anterior,—commemorativo<br />

da morte do nosso saudoso chefe<br />

dr. José Falcão, — fôra distribuído<br />

êsse manifesto.<br />

Sem querer discutir no presente<br />

momento a justiça que assiste aos caixeiros<br />

<strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, na sua reclamação,<br />

e apezar <strong>de</strong> estarmos sempre ao lado<br />

dos opprimidos e dos humil<strong>de</strong>s na <strong>de</strong>feza<br />

íntegra das suas reclamações legítimas<br />

e reivindicações a que têem direito,<br />

protestámos contra o facto <strong>de</strong>,<br />

sem nossa prévia auctorização, alrasivamente)<br />

se ter introduzido<br />

êsse documento, a <strong>de</strong>ntro do nosso<br />

jornal.<br />

E representando êsse estranho abuso<br />

muita estupi<strong>de</strong>z e muita velhacaria,<br />

e não querendo nós acreditar que elle<br />

fosse praticado pelos promotores do<br />

manifesto, seria justo e correcto que<br />

êsses senhores viessem <strong>de</strong>clinar as responsabilida<strong>de</strong>s<br />

dêsse acto irregular e<br />

in<strong>de</strong>cente em quem realmente caibam,<br />

afim <strong>de</strong> evitar equívocos e más interpretações<br />

no nosso modo <strong>de</strong> proce<strong>de</strong>r<br />

para com indivíduos e classes com<br />

quem primámos em manter uma camaradagem<br />

leal.<br />

Ficam, pois, ao seu dispor as columnas<br />

do nosso jornal.<br />

Noticias da cârte<br />

Villa Viçosa, 14, ás 10 33 m.—<br />

El-rei, o príncipe e convidados foram<br />

<strong>de</strong> manhã e <strong>de</strong> tar<strong>de</strong> para a tapada.<br />

De tar<strong>de</strong> foram também a rainha e<br />

o infante. Mataram <strong>de</strong> manha 58 coelhos,<br />

ii perdizes, 2 galinholas, e 7 tordos,<br />

2 gamos e 2 corças.<br />

Está-se preparando o palacio <strong>de</strong><br />

Belem para hospedar o rei <strong>de</strong> Hespanha.<br />

As obras <strong>de</strong>vem importar em cem<br />

contos.<br />

Vfytas — A conta do thesouro com<br />

o Banco <strong>de</strong> Portugal augmentou na<br />

semana ultima cm 319 contos. A circulação<br />

fidúciaria elevou-se em mais<br />

400 contos.<br />

Os povos <strong>de</strong> Sabrosa, Vieira e<br />

outras povoações sublevam se contra o<br />

excessivo aggravamento das contribuições.<br />

Está em <strong>Coimbra</strong> o bispo <strong>de</strong> Bra<br />

gança.<br />

Paiz <strong>de</strong> Bemaventurados<br />

O Bispo <strong>de</strong> Bethsaida, que já está<br />

aposentado como lente da faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Direito, requereu a sua aposentação <strong>de</strong><br />

commissario da Bulla da Santa Cruzada.<br />

Consta que sua eminência vae ser<br />

nomeado para a diocese da Guarda.<br />

Aproveite-se eminencia, emquanto<br />

é teff>j?0.<br />

Ufana-te, eleitor!<br />

O eleitor regenerador do circulo <strong>de</strong><br />

<strong>Coimbra</strong> <strong>de</strong>ve estar satisfeito, pois que<br />

o seu representante em cortes o sr. dr.<br />

Luciano *da Silva, sympathico e talentoso<br />

cathedratico da faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> mathematica,<br />

e até ao presente consi<strong>de</strong>rado<br />

como <strong>de</strong>putado viuva, fez na quarta-feira<br />

a sua estreia parlamentar.<br />

Foi tar<strong>de</strong> —é verda<strong>de</strong>. Mas, vale<br />

mais tar<strong>de</strong> do que nunca, e a estreia<br />

<strong>de</strong> sua excellencia foi uma revelação.<br />

Ninguém era capaz <strong>de</strong> suppôr, por<br />

muita amisa<strong>de</strong> que lhe tivesse, estar<br />

alli um- orador <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s recursos.<br />

Curvemo-nos, no entretanto, á reaida<strong>de</strong>,<br />

pois assim lh'o chama a inex-<br />

»otavel Correspondência <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>,<br />

que accrescenta:<br />

«O illustre <strong>de</strong>putado fez uma<br />

luminosa synthese do ensino secundário<br />

no estrangeiro..<br />

Luminosa ? — é o termo !<br />

Officina typográphica<br />

12 —RUA DA MOEDA —14<br />

Partido republicano<br />

Do nosso illustre collega<br />

Vanguarda transcrevemos o artigo<br />

que segue, e em que se appoia,<br />

com judiciosas consi<strong>de</strong>rações,<br />

a campanha que <strong>de</strong> ha tempos<br />

vimos sustentando nas columnas<br />

<strong>de</strong>ste jornal.<br />

A Resistência rejubila com as<br />

manifestações <strong>de</strong> interesse que<br />

estes assumpto importantissirúo<br />

está provocando, e dos homens<br />

eminentes da <strong>de</strong>mocracia portugueza<br />

confia a realísação da tareurgente,<br />

nobre e patriótica qttè<br />

vem preconisandò.<br />

No momento amaríssimo que<br />

o paiz atravessa, a ninguçm, mais<br />

que ao partido republicano, cumpre<br />

incutir alentos e esperanças<br />

no esmorecido espirito público,<br />

congregando bem estreitamente<br />

todas a? energias.-para o Jesi<strong>de</strong>ratum<br />

salvador que todas as consciências<br />

honestas reclamam * >2 « s<br />

O nosso presado collega Resistencia<br />

<strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, vem pugnando, em magníficos<br />

artigos, pela reorganisaÇão do<br />

A junta <strong>de</strong> lançamento da contri-<br />

partido republicano, que julga <strong>de</strong>ver ser<br />

buição industrial e <strong>de</strong> <strong>de</strong>cima <strong>de</strong> juros<br />

discutida e assente em um congresso<br />

icon constituída pelos srs. José Anto<br />

para esse fim convocado.<br />

nio Lucas, Antonio José <strong>de</strong> Moura<br />

A necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssa reorganisação<br />

Bastos, Adriano da Silva Ferreira, Mi-<br />

tem sido <strong>de</strong>fendida pela Vo\ Publica,<br />

guel José da Costa Braga e Victor Fei-<br />

Norte, Voz da Justiça, Mundo, P0V0<br />

tor.<br />

do Norte, Folha da Tar<strong>de</strong> i Jornal <strong>de</strong><br />

Parabéns ao contribuinte.<br />

Abrantes. Em differentes cida<strong>de</strong>s on<strong>de</strong><br />

o partido republicano tem núcleos organisados,<br />

essa i<strong>de</strong>ia está noanimo dos<br />

nossos correlionarios, que se vám refor-<br />

Qji Or<strong>de</strong>m, com os olhos inchados çando com novos elementos <strong>de</strong> força<br />

e lágrimas enternecidas, — informa: politica, e dispondo para qualquer trabalho<br />

<strong>de</strong> maior vulto.<br />

«Não se realisa êste anno nesta<br />

cida<strong>de</strong> a procissão da Cinza».<br />

Está, pois, aberta uma discussão<br />

interessantima para o partido republi-<br />

Tem razão em se lastimar a pobrecano e para o paiz, a que a Vanguarda<br />

sinha cathólica: — lá se nos vae o único não pô<strong>de</strong> ser indiíferente, porque este<br />

uúmero regular do carnaval em Coim jornal, mespao sob a fórma in<strong>de</strong>pen-<br />

jra, caracteristicamente sensaborão. A <strong>de</strong>nte que adoptou, justificada pelo em-<br />

Or<strong>de</strong>m é incansavel em divertir o pubate das paixões que tanto teem influíblico.<br />

.. Não ha duvida.<br />

do nas organisações <strong>de</strong>mocráticas, jamais<br />

<strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> se interessar pelos progressos<br />

e boa fortuna do partido on<strong>de</strong><br />

o seu director se filiou ao alvorecer da<br />

O nosso presado collega O Conim- sua intelligencia para as pugnas politibricense,<br />

informa:<br />

cas, on<strong>de</strong> luctou com a fé <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>iro<br />

crente, on<strong>de</strong> viu nascer os melhores<br />

«Mais tim. — Continuam sem dos seus affectos por homens e por<br />

interrupção os atropelamentos <strong>de</strong>vidos princípios, on<strong>de</strong>, emfim se sentiu enve-<br />

ás correrias injustificadas e a que a lhecer sem que no seu espirito esmo-<br />

policia não põe cobro, dos srs. cyclisrecessem as convicções, que sempre<br />

tas. Na quinta feira foi atropellada, o alentam para novas pugnas.<br />

ficando bastante molestada, a tia do<br />

nosso amigo sr. José Albino da Con-<br />

Repetimos! a questão suscitada é<br />

ceição Alves, consi<strong>de</strong>rado officiaf maior<br />

interessantíssima, <strong>de</strong>ve ser discutida,<br />

<strong>de</strong>ve ser resolvida.<br />

da <strong>Universida<strong>de</strong></strong>.<br />

Pedir providências é presentemente<br />

Não somos <strong>de</strong> opinião que o partido<br />

inutilida<strong>de</strong>; apontamos apenas os factos<br />

republicano esteja <strong>de</strong>sorganisado. De<br />

para <strong>de</strong>scargo <strong>de</strong> consciência».<br />

fórma alguma. O congresso <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong><br />

foi uma assembleia com todas as<br />

Accrescente lhe o contrapeso dos fórmas regulares, e nelle foram eleitos<br />

incansaveis chaufeurs — e estamos <strong>de</strong> corpos directores e approvado um novo<br />

accordo. Toque.<br />

estatuto que não consi<strong>de</strong>ramos letra<br />

morta.<br />

A nova lei está em via <strong>de</strong> execução;<br />

mas se em volta <strong>de</strong>lia se levantam dis-<br />

Parte hoje para Lisboa, no comboio<br />

sidências, fácil se nos afigura a substi-<br />

rápido das 6 horas da tar<strong>de</strong>, afim <strong>de</strong><br />

tuição por outra que regularmente pos-<br />

seguir para Moçambique, o nosso presa<br />

ser acceite pelo partido republicano.<br />

sado amigo e patrício sr. Manuel Joa<br />

E' para essa remo<strong>de</strong>lação que se alvi*<br />

quim <strong>de</strong> Nazareth, digno tenente-phar-<br />

tra a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> um novo congresso, que<br />

maceutico do exército do Ultramar. a Vanguarda applaudirá se em tão im-<br />

Feliz viagem.<br />

portante assembleia ficarem assentes<br />

as bases <strong>de</strong> uma nova activida<strong>de</strong> politica<br />

que se torna urgente a bem da<br />

A câmara dos pares conce<strong>de</strong>u au- patria.<br />

ctorisação ao srs. drs. Pereira Dias, A esse congresso que regularmente<br />

reitor da <strong>Universida<strong>de</strong></strong>, Fre<strong>de</strong>rico La- pô<strong>de</strong> ser convocado, certamente não<br />

ranjo e Fernan<strong>de</strong>s Vaz, professores <strong>de</strong> faltarão os principaes homens do parti-<br />

Direito, para exercerem as suas fundo republicano, e isso bastará como gacções<br />

naquelle estabelecimento <strong>de</strong> enrantia da uniformida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acção e <strong>de</strong><br />

sino.<br />

processos.<br />

Ao partido republicano não falta<br />

numero <strong>de</strong> correligionários, è maior é<br />

Da inexgotarel Correspondência: ainda o numero <strong>de</strong> adherentes pelo espirito,<br />

mas que não entram ostensiva-<br />

«E* indispensável que se tomem a<br />

mente nas pugnas partidarias.<br />

serio as medidas <strong>de</strong> repressão contra<br />

A opinião publica é favoravel ás pra-<br />

a caça, que tanto escasseia nesta região<br />

ticas <strong>de</strong>mocráticas; a opinião do paiz é<br />

<strong>de</strong>salentando os amadores que em bre-<br />

republicana. Se não se manisfesta por<br />

ve pouco terão que caçar, sobretudo actos positivos é porque não o permitte<br />

perdizes».<br />

o regimen do po<strong>de</strong>i- pessoal em que<br />

Tanto sobresalto com a rareza da vivemos.<br />

caça, revelia quanto intensivo é lá por Um tal regimen, porém tem <strong>de</strong> ca-<br />

caça o appetite por bons petiseoa. i. hir gastô pelo cançasso, ou impedi pela<br />

Sobretudo ferdisçs, Jicin? força das cjrçuowtanjáas, para jsgv

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