Obra Completa - Universidade de Coimbra

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A MODA ILLUSTRADA SO réis No acto da entreg» Directora: VÍRGINÍÂ DÁ FONSECA 92 RESISTENCIA - Quinta-feira, 19 de Março de 1903 ÍOO réis No acto da entrega Jornal das familias Publicação semanal Por contracto feito em Paris, sairá todas as segundas-fetrasa MODA TI I IISTRADA contendo em magnificas gravuras a preto e coloridas, todas as novidades em chapéos, toilettes, phantasias e confecções, tanto para senhoras c o m o para creanças. Moldes cortados, tamanho natural. Bordados de todos os feitios, acompanhados das reape.ct.vas descnpçoes. Conterá uma Revista da Moda, onde todas as semanas indicará aos seus leitores, os factos mais importantes que se derem durante aquelle espaço de tempo, e que se relacionem com o seu titulo. Correspondência: Secçao de, tinada a responder a todas as pessoas que se dirijam A MODA ILLUSTRADA sobre assumptos de interesse apropriado. Artigos diversos, sobre assumptosT interesse feminino? Receita, necessárias a todas as famílias T etc. Secção litteraria, constará de romances, contos, histórias e poesias. A MODA ILLUSTRADA fica sendo o melhor e ixiars barato jornal de modas que se publica em Paris na l.ngua portuguesa e pela clarêsa, utilidade e variedade dos seus artigos torna se Indispensável em todas as casas de familia A MODA ILLUSTRADA publicará por anno 52 números de 16 paginas, com 56 columnas em grande formato, 2:480 gravuras em preto e coloridas, 52 moldes cortados, tamanho natural. 1/ ANNO. —52 números com 1:800 gravuras em preto e coloridas, 52 moldes cortados, tamanho natural, 52 números com 1.040 gravuras de bordados, 5í6ooo réis. SEMESTRE. —26 números com 990 gravuras em preto e coloridas, 26 moldes cortados, tamanho natural, 26 números com 520 gravuras de bordados, a$5oo réis. TRIMESTRE. — i3 números com 45o gravuras em preto e coloridas, i3 moldes cortados, tamanho natural, ii números com 260 gravuras de bordados, i$3oo réis. COBDIÇÕES DE ASSIGNATURA 2. 1 edição ANNO. —52 números com 1:800 gravuras em preto e coloridas, 52 moldes cortados tamanho natural, 4^000 réis. SEMESTRE. —26 números com 900 gravuras ém preto e coloridas, 26 moldes cortados em tamanho natural, 226100 réis. TRIMESTRE. —i3 números com 45o gravuras em preto e coloridas, i3 moldes cortados em tamanho natural, i$ioo réis. LISBOA, PORTO e COIMBRA Um número contendo 3o gravuras Um púmero contendo 3o gravuras em preto e coloridas, um molde corta- em preto e coloridas, um molde cortado, tamanho natural, e um número com 14 gravuras de bordados. No acto da entrega 100 réis do, tamanho natural. No acto da entrega 80 réis Cada número, da MODA ILLUSTRADA é acompanhado d um numero do Petit Echo de la Broderie, jornal especial de bordados em todos os generos, roucas do corpo, de mesa, enxovaes para creança, tapessanas, crochet, ponto de agulha, obra de phantasia, rendas, passamentaria etc., etc.;, encontra-se na MODA ILLUSTRADA, a traducção em português d aquelle jornal. Assigaa-se em todas as livrarias do Reino/Ilhas e Brazil e na do editor Antiga Casa Bertrand—JOSÉ BASTOS LISBOA-73, Rua Grax-rett, 75-LISBOA L. M. LILLY, Engenheiro Machinas agrícolas de toda a qualidade. Machinas para fiação e tecelagem para todos os tecidos. Machinas para fazer soda-water, gazosas, gêlo, etc. Machinas para fazer papel continuo, cartão, etc. Machinas para lavar, engommar e desinfectar roupa. Machinas de vapor e de gaz, caldeiras e bombas. , Machinas de escrever, de systema YOST. Correias de pêllo, de couro, de borracha, empanques, etc. Matérias primas de todas as qualidades. InstallaçSes, desenhos, montagens. Facilitam-se pagamentos. REPRESENTANTE J0Ã6 BOMES ISilISâ COIMBRA FABRICA DE TELHÕES E MANILHAS Premiada na Exposição «le Ceramica Portugueza. no Porto, em 1882. com diploma de mérito x 6 medalha de cobre na Exposição matricial de Coimbra, de 1884 —anim» — Esta fabrica a mais acreditada em Coimbra, em construcção e solidez de telhões manilhas para encanar agua, siphões para retretes, vasos para jardins e platibandas, balaustres, tijolo para ladrilhos de fornos, tijolos grossos para construcções e para chaminés, tachos para cosinha á imitação dos de Lisboa, etc. — Todos estes artigos são de boa construcção e por P R E Ç O S E C O N O M I C O S o o o Pedro da Silva Pinho Coimbra o o o o 9 í R l i a ao J o ã o Cabreira, 31 — COIMBRA "RESISTENCIA,, CONDIÇÕES D'ASSIGNATURA (PAGA ADIANTADA) C«m estampilha, no reino: Anno Semestre Trimestre 2$ 700 i 35o 68o Sem estampilha: Anno 2í>4oo Semestre i$2oo Trimestre 6oo —3WW&- Brazil e Africa, anno... 3£>6oo réis Ilhas adjacentes, ANNUNCIOS 3í£6ooo » Cada linha, 3o réis; repetições, 20 réis; para os senhores assignantes, desconto de 5o %• Communicados, 40 réis a linha. Réclames, 60 » » Annunciam-se gratuitamente todas as publicações com cuja remessa este jornal fôr honrado. Avulso -4rO réi» Na rua da Sophia n. 8 167, ha para vender dois bilhares, um de pau preto, novo, outro de mogno, usado. Ha também algumas oleografias. 0 0 0 0 « g, < O N CS O irt o 9 o rt a o •a 3 © « i a § 1 1 * s p, s w < fl n 50 3 b ú o W>3 3 C3 _ . co «J u o o is 4) o *-• rr. CS cS - £ N •S" S ^ O T3 co «8 «3 | 5 g-o 3 © bt cs 3 íá Co cr os S «•> co & d S ti H es 2 «•> cã co es P< .Ss & 8 V - f X XI M es C es «0 CS n\9 cs «5 cs to 8 cT) O 0 o
Editor MANUEL D'OLIVEIRA AMARAL 785 Assombra os mais indiffereates o cynico descaro com que se sacrifica, impudentemente, o país, sem a mais leve sombra da pudor ou de decôro. E' precisamente nas mais angustiosas situações que progressistas e regeneradores se dam as mãos; para bem mostrarem a todos que para elles o país é nada perante os graves problemas da nossa regeneração economica e financeira, ao mesmo tempo que é tudo para os loucos esbanjamentos do poder. Temos visto como os vendilhões da pátria se alliam e congregam para os criminosos assaltos á fortuna individual, não poupando nem o duro pão do pobre, para a bácchica orgia em que lautamente vivem as clientellas políticas que sárti a força dos partidos; temos assistido, attónitos de que como tal se consegui?, ás verdadeiras conspirações, tramadas entre os partidos da rotsçãò para seu augmento e garantíeis de toda a ordem, á custa da nação por elles empobrecida e aviltada; ha annos, e sobretudo ha mêses, temos observado como em ignóbil onnul ia se têam fundido essas grandes quadrilhas políticas, no intbito único de garantirem a sua vida torpe de especulação política, que parece destinada a nâo durar muito; como os farçantes dum e outro partido, ajoujados de responsabilidades.'tremendas, criminosos, até perante a consciência pública, se uniram na defêsa tenãz dos seus estomagos vorazes, não vá escapar-se-lhes para sempre êsse poder supremo a que conseguiram deitar a mão e que não querem largar nunca. .. E é presentemente, nesta hora de suprema desolação nacional, em que o povo bem alto brada já, por toda a parte, contra a rapacidade incontinente do regimen; em que a nossa situação financeira é mais grave do que a aguda crise pavorosa de ha dez annos; em que o pais se encontra numa incertêsa lúgubre sobre o que será o dia de ámanhã; é presentemente que a politica dominante e a monarchia 1 — que tám bera se irmanam e confundem—arremessam, num desafio brutal, á face da nação essas espaventosas festas dum país rico, que nada justificam perante a nossa miséria Nao ha nêste país ninguém, que não seja profundamente imbecil ou escandalosamente velhaco, que não veja e não affirme que a situação do presente é absolutamente insustentável, pelas criminosas administrações do passado. Estâmos indubitavelmente vivendo -de expedientes, pobres, miseráveis, como uma divida fluctuante de mais de sessenta mil contos, cujos juros absorvem uma grandíssima parte das nossas receitas; os orçamentos do estado, apezar de cuidadosamente falsificados, mostrara a PUBLICA-SE AOS DOMINGOS E QUINTAS FEIRAS ruína eminente; em menos dum anno viagens régiaá dè custo fabuloso se teem realizado,'para lisoagearias realengas de cortesãos pervertidos . . . Pois, apezar de tudo isto, significativo da mais profunda depressão moral, ajustam-se e acceitam-ss visitas reaes, que não sám feitas á nação, digam o que disserem, mas simplesmente a amigos pessoaes, da nação de todos divorciados! Pois que temos nós todos, qus vamos arrastando uma vida de diffi culdades e da misérias intimas e internacionaes, com ,as amizades particulares do rei de Portugal, com o seu parente rei dTçtglaterra? Dado, porém, que a nação deva intervir em recepções officiaes, que ella é só chamada a pagar, porque interesses rotativos políticos a tanto aconselhem — êsses interesses dynáaticos que não sám os do povo, — que loucura é esta de tal visita ser fuita nas agruras actuaes? Dizem que se vám gastar tre lentos contos nestas festas. Já ninguém Sc; illude com estas Contas de festas da realeza. Mas sejam trezentos contos. Com que direito t-xpoíia o governo o país de mais esta quantia, q; a) io acabam de se extorquir dnlhftifipta contos de reis aos pobres e de fazer cortes no orçamento em verbas destinadas a urgentes e necessários serviços de e&tado? E para isto, para esta comédia 'repugnante se unem os dois partidos dá rotação! Os rotativos, tám conhecidos e desconceituados, que sám uma vergonha nacional que é urgente suprimir. . . < D.; O Século, descrevendo o banquete dado cm honra do esculptor Calmeis : «Novamente se levantou Jorge Colaçd, pedindo licença para brindar a sua magestade el-rei, não como monarcha, porque então deveria ser esse o primeiro brinde, mas como artista e notável artista que é.» Como rei, o primeiro, mas como artista— Não é nada má. . . O sr. Tavares Bello, inspector superior de fazenda, acha se em Coim bra a sindicar dos factos que deram logar aos últimos tumultos. Só depois deste uhímo inquérito e de completo o processo, é que o sr. Hintze Ribeiro tomará conta dos acontecimentos^ providenciará sobre? elles. Deve enião estar já longe El Rei Eduardo VII de Inglaterra. O sr. Emygdio Pinheiro Borges, director das obras publicas de Coimbra, requereu uma sindicância aos seus actos, e a publicação delia, visto o sr. Ornellas ter feito um aviso prévio ao ministro das obras publicas, accusando o de faltas graves no exercício do seu cargo. Diz-se; que s. ex. 4 vae deixar Coimbra por troca combinada com o director de obras publicas dc Aveiro. Redacção e administração, RUA DE FERREIRA BORGES, 89, 2.° andar Offlcina typográphica 12-RUA DA MOEDA —14 COIMBRA—Domingo, 29 de Março de 1903 e.° A N N O TO r E'-nos grato vêr o movimento, que còíifíécou a kv?n-;ar-se pelo país e que dève levar á organização dò pàrudc republicano, augmèniando a sua força pela união de todos, a quem apenas , liga o interesse da pátria. O V^orte, "a quem agradecemos a^ palavras de favor com que honra a Resistencia, occupa-se da organização do partido republic no num brilhant artigo editorial, de que transcrevemoso final, com que concordámos p ! ena mente: «Os avisos que toda a imprensa monarchica tem feito aos usufructuarios do poder; as exhortações de moralidade e prudência dirigidas ao cego egoismo dos bandos, na intenção de obter, err vês da preconisada moralidade, uma concentração mais effkaz de forças oppressivas; a critica á insuíficienoia de exercito e consequentes conselhode- augmentar lhe os effectivos e cuidar do municionsmento;—iodo está alvo roço assustado e so mesmo tempo astutamente previdente, vem demons tar que no campo dos nossos adversa rios se reconhece com nltidês a neces sidade de uma r organização do pai t do republicano, a altissima importancia que elle tomará no movimento evolutivo da3 aspirações n-cion
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