VJ FEV 091.p65 - Visão Judaica
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O LEITOR<br />
ESCREVE<br />
Situação em Israel hoje<br />
Caros editores,<br />
Como tantas vezes repeti, admiro<br />
sua determinação em manter seu jornal.<br />
Tenho por Curitiba, onde jamais<br />
vivi, carinho especial e saudades de<br />
algumas das mais queridas e inesquecíveis<br />
amizades. Mas sempre escrevo<br />
tendo em mente um publico que sente<br />
a necessidade de se informar para<br />
chegar às suas próprias conclusões.<br />
Meu empenho é o de ser o mais isento<br />
possível, não raramente, até mesmo<br />
didático.<br />
Nunca é tarefa simples a seleção<br />
dos fatos essenciais ao entendimento.<br />
Menos ainda no que se refere ao conflito<br />
israelense-palestino não só pela<br />
sua complexidade como pela óbvia<br />
razão de meu judaísmo. Daí não colaborar<br />
em publicações comunitárias<br />
pois bastaria tal fato para enfraquecer<br />
demais um estilo e uma posição<br />
profissional de toda uma vida.<br />
Posso, porém, tentar satisfazer sua<br />
insaciável curiosidade expressa nas<br />
perguntas que me chegam em suas<br />
mensagens quanto ao momento. E,<br />
devido à sua pressa, respondo antes de<br />
se saber qual será o governo resultante<br />
das eleições realizadas. Aquele que<br />
Shimon Peres convide tem até cerca<br />
de mês e meio para formar o novo<br />
Gabinete que será de coligação de<br />
partidos como sempre. A lei eleitoral<br />
tem o grave defeito de facilitar o registro<br />
de legendas de forma que impossibilita<br />
a realização de maioria absoluta<br />
por qualquer delas. As facções<br />
menores, na prática, muitos verdadeiros<br />
lobbies de estreitos interesses, não<br />
raro refletem reações do eleitorado a<br />
fatos do momento enfatizados por lideranças<br />
oportunistas. Por outro lado,<br />
dadas as características da demografia,<br />
tais como a existência de minorias<br />
étnicas como as de árabes-israelenses<br />
e segmentos ultra-religiosos, é garantia<br />
concreta de direitos democráticos.<br />
No quadro, como vocês sabem, partido<br />
algum obteve sequer um quarto das<br />
120 cadeiras do Parlamento. O Kadima,<br />
o maior partido, elegeu 28 parlamentares.<br />
Mas é improvável uma reforma<br />
da legislação pelo Knesset que<br />
se traduz por Assembléia.<br />
Barak Obama deixou claro que o<br />
Governo americano vai empenhar o<br />
maior esforço diplomático possível no<br />
sentido de uma solução do conflito israelense-palestino<br />
na base da hipótese<br />
da proclamação de um estado palestino<br />
ao lado de Israel. O enviado<br />
especial de Obama que visitou a região<br />
recolheu impressões e informações<br />
que serão as bases da estratégia<br />
do Departamento de Estado. Hillary<br />
Clinton virá em março para seus primeiros<br />
contatos. A disposição de Oba-<br />
ma de conversar como governo do Irã<br />
indica mudanças importantes na posição<br />
dos Estados Unidos face às questões<br />
do Oriente Médio. É até provável<br />
que estejam sendo estimuladas nos<br />
bastidores conversações que levem a<br />
um acordo entre facções para viabilizara<br />
reunificação dos palestinos e a<br />
realização da solução do conflito pela<br />
formula dos dois estados na mesma<br />
terra que só no seu fim o governo Bush<br />
tentou de fato implementar. Tudo indica<br />
que as chamadas relações especiais<br />
entre Israel e Estados Unidos, que<br />
implicam garantias implícitas à segurança<br />
do país, serão mantidas na sua<br />
essência, porém, o que vocês definiram<br />
como “política de atender a tudo<br />
de Bush”, que, aliás, nunca existiu, não<br />
será a de Obama.<br />
Diante do que me informo é tudo o<br />
que tenho a lhe dizer hoje, domingo,<br />
15 de fevereiro.<br />
Uma boa semana.<br />
Nahum Sirotsky - Tel Aviv - Israel<br />
Horror em Gaza<br />
Srs. Diretores:<br />
Eu tinha 6 anos e levei um tapa bem<br />
dado da minha mãe, pois estava incomodando<br />
os outros. Foi a primeira vez<br />
que apanhei, e nunca mais esqueci. Foi<br />
um tapa desproporcional à idade, mas<br />
me corrigiu a vida. Dia desses dei um<br />
beliscão no meu filho caçula, que não<br />
parava de correr pela churrascaria, incomodando<br />
os outros. Foi um beliscão<br />
desproporcional à idade, mas surtiu<br />
efeito. Pessoas inocentes são assaltadas<br />
e mortas em plena luz do dia no<br />
Rio ou qualquer cidade grande. Uma<br />
covardia urbana desproporcional. Policiais<br />
sobem o morro atrás de bandidos<br />
e matam inocentes, que, por vezes,<br />
são usados como escudos pelos<br />
bandidos. É uma guerra suja e desproporcional.<br />
Vidas se perdem nas filas<br />
dos hospitais. Um abominável abandono<br />
político-social desproporcional do<br />
indefeso cidadão contra o poder. Pode<br />
ser que esses exemplos - desproporcionais<br />
não cheguem nem de perto ao que<br />
está acontecendo em Gaza. Por uma<br />
mística imutável e universal, o povo<br />
judeu foi e será sempre perseguido. A<br />
ele cabe se defender. Mas há um - realista<br />
- dado milenar que resiste: Não<br />
cutuque a onça com vara curta!<br />
Carlos Mossy - Rio de Janeiro - RJ<br />
Israel x Palestina<br />
À seção de cartas:<br />
"Todos concordam com o fato de<br />
que a questão entre judeus e palestinos<br />
é de quase impossível solução, pois<br />
a guerra entre estes dois povos nasceu<br />
no momento mesmo em que a<br />
ONU, em 1948, deixou de chamar as<br />
duas partes interessadas na questão<br />
para sentarem-se à mesa de negociações<br />
a fim de que os direitos de ambos<br />
os lados fossem tecnicamente delimitados<br />
e garantidos por uma fronteira<br />
justa e aceitável. Como isso não<br />
foi feito, e simplesmente redesenharam<br />
o mapa, à partir daí todos têm razão<br />
e ninguém tem razão.<br />
Cenas horripilantes de morticínio são<br />
incessantemente veiculadas de um<br />
lado e de outro, pois se hoje assistimos<br />
emocionados à morte até de<br />
crianças palestinas, não podemos esquecer<br />
as cenas de sangue e horror dos<br />
ataques de homens e mulheres-bombas<br />
palestinos em mercados, restaurantes<br />
e ônibus em pleno centro das cidades<br />
judaicas. É sangue derramado da população<br />
civil de todo lado. Choram mães<br />
judias e palestinas pelos filhos mortos,<br />
com a exceção das mães dos assim considerados<br />
mártires de Alá, que se estouram<br />
em público levando consigo muitas<br />
outras vidas. Estas mães invariavelmente<br />
aparecem segurando ao peito a<br />
foto de seus filhos terroristas, orgulhosas<br />
de seus feitos assassinos. É, isso tem<br />
que ser dito também.<br />
Mas o que mais me espanta é o apoio<br />
unilateral do PT à causa palestina. E não<br />
só do PT, mas da mídia mundial. Parece<br />
até um movimento orquestrado pela<br />
esquerda internacional - que namora<br />
todos os líderes muçulmanos radicais -<br />
para desqualificar a legitimidade da<br />
existência do Estado de Israel e demonizar<br />
a todos os judeus".<br />
Mara Montezuma Assaaf - São Paulo - SP<br />
VISÃO JUDAICA fevereiro de 2009 Shevat / Adar 5769<br />
Contra a civilização<br />
Senhores:<br />
Muçulmanos e neocomunistas estão<br />
unidos, trabalhando incansavelmente<br />
e sincronizadamente, numa frente global.<br />
O objetivo é a aniquilação da civilização<br />
ocidental judaico-cristã. Exemplo<br />
muito ilustrativo é o comportamento<br />
da mídia de massa, absolutamente<br />
engajada e parcial. Quanto à mídia radical<br />
um exemplo é o site do PC do B<br />
mapelidado de vermelho.<br />
Fernando (sem sobrenome) - Por e-mail<br />
Os verdadeiros culpados<br />
Ao <strong>VJ</strong>,<br />
Venho através desse querido jornal<br />
da nossa comunidade expressar minha<br />
indignação contra a opinião pública<br />
que taxa a nossa defesa como extermínio<br />
do povo palestino. Eles se esquecem<br />
que o famigerado terrorista,<br />
o Hamas é um dos piores grupos de<br />
terrorismo na atualidade. O Hamas<br />
sim é o grande responsável por esta<br />
guerra, e também o grande responsável<br />
pela morte de seu povo. Israel tem<br />
que se defender pois o nosso Estado<br />
está cercado por inimigos que não<br />
conseguem viver em paz com ninguém.<br />
Israel é apenas uma desculpa<br />
para eles fazerem o que querem. O<br />
Hamas e outros tantos grupos quando<br />
não usam a desculpa de Israel brigam<br />
entre si. E o mundo fica contra Israel<br />
quando esses grupo covarde se esconde<br />
atrás do povo palestino.<br />
Luiz Plucinick - Por e-mail<br />
Para escrever ao jornal <strong>Visão</strong> <strong>Judaica</strong><br />
basta passar um fax pelo telefone: 0**41 3018-8018 ou e-mail para<br />
visaojudaica@visaojudaica.com.br<br />
Hamas rouba produtos da ajuda<br />
Humanitária fornecida pela ONU<br />
A Agência das Nações Unidas para os Refugiados<br />
Palestinos (UNRWA) afirmou que a<br />
polícia do grupo radical palestino Hamas confiscou<br />
a ajuda humanitária em um de seus<br />
centros de distribuição em Gaza.<br />
O Hamas, que controla Gaza desde junho<br />
de 2007, justificou a medida com a alegação<br />
de que a ajuda deveria ser distribuída<br />
a todos os palestinos, não apenas aos<br />
refugiados.<br />
Segundo a UNRWA, os policiais do Hamas<br />
confiscaram mais de 3.500 cobertores e 406<br />
pacotes de alimentos em um centro de distribuição<br />
do campo de Chati, em Gaza.<br />
A ajuda foi confiscada depois que os funcionários<br />
da UNRWA se recusaram a entregála<br />
ao Ministério de Assuntos Sociais do governo<br />
do Hamas, segundo a agência.<br />
"A polícia invadiu o armazém e se apropriou<br />
da ajuda pela força", acrescenta um<br />
comunicado da UNRWA, que condena "nos<br />
termos mais duros o confisco da ajuda" e<br />
21<br />
exige a "restituição imediata".<br />
O ministro de Assuntos Sociais do governo<br />
do Hamas, Ahmed al-Kurd, confirmou implicitamente<br />
o confisco da ajuda, ao argumentar<br />
que deveria ser distribuída a uma parte<br />
mais ampla da população de Gaza e não apenas<br />
aos que têm status de refugiados e se<br />
beneficiam da assistência da UNRWA.<br />
"O governo do Hamas é o principal responsável<br />
pela distribuição e supervisão das<br />
ajudas de forma equitativa. Somos responsáveis<br />
por 1,5 milhão de palestinos na Faixa de<br />
Gaza. Rejeitamos qualquer distinção discriminatória",<br />
disse.<br />
A UNRWA anunciou no fim de janeiro que<br />
aumentou a ajuda humanitária para a Faixa<br />
de Gaza, que distribui auxílio entre 900.000<br />
palestinos, em uma população total de 1,5<br />
milhão de pessoas.<br />
A medida foi adotada depois da ofensiva<br />
armada israelense de 22 dias que matou mais<br />
de 1.330 palestinos.