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Jesus dos 13 aos 30 Anos - Loja Maçônica Acácia do Rio Abaixo Nº ...

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Francisco Klörs Werneck <strong>Jesus</strong> <strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>13</strong> <strong>aos</strong> <strong>30</strong> <strong>Anos</strong><br />

Pois bem, esse homem me contou que o Mestre, ainda criança, foi a Jerusalém<br />

pela Páscoa, e, ten<strong>do</strong> por acaso se intrometi<strong>do</strong> entre os <strong>do</strong>utores, a to<strong><strong>do</strong>s</strong> surpreendeu por<br />

suas dissertações e raciocínios, inconcebíveis na sua idade. Entre esses <strong>do</strong>utores,<br />

encontrava-se um velho rabino de Alexandria, abasta<strong>do</strong> e sábio homem, que se interessou<br />

pelo menino precoce e veio a proporcionar-lhe, mais tarde, uma viagem àquela cidade, a<br />

fim de instruir-se. A morte <strong>do</strong> velho o impediu de facultar a <strong>Jesus</strong> uma posição independente,<br />

mas, ainda, assim, ele viajou pela Índia e só regressou à Galiléia <strong>do</strong>is ou três anos antes<br />

de começar a sua predicação. Sen<strong>do</strong>, ao demais, muito discreto, nenhum <strong><strong>do</strong>s</strong> seus discípulos<br />

conhecia os pormenores da sua vida, nesse perío<strong>do</strong> que passou longe da pátria.<br />

Sua mãe, essa não o poderia ignorar, mas a verdade é que também se conservou<br />

muda a respeito”.<br />

Esta narrativa, que concorda com as anteriores, concorda ainda com as que se seguem.<br />

(Nota n° 1, da obra “La sorcellerie des<br />

campagnées”, de Charles Lancelin, autor de<br />

“L’Occultisme et la Science” e “La Vie Posthume”)<br />

O próprio <strong>Jesus</strong> foi um inicia<strong>do</strong> nos Mistérios <strong>do</strong> Egito. Encontro uma prova inegável<br />

disto em um erro de tradução, evidentemente proposital, que fizeram, sucessivamente, to<strong><strong>do</strong>s</strong> os<br />

tradutores oficiais <strong>do</strong> evangelho de Mateus. Ei-lo: o versículo 46 <strong>do</strong> Capítulo XXVII, deste autor,<br />

está assim: “E, pela nona hora, <strong>Jesus</strong> deu um grande bra<strong>do</strong>, dizen<strong>do</strong>: ‘Eli, Eli, lamma<br />

sabachthani!’, isto é, “Meu Deus, meu Deus, por que me aban<strong>do</strong>nastes?”<br />

To<strong><strong>do</strong>s</strong> os manuscritos gregos transcrevem como seguem estas quatro palavras hebraicas:<br />

Eli, Eli, lamma sabachthani! Esta transcrição é unânime, pode-se, portanto, considerá-la como<br />

absolutamente exata. Ela deve ser tanto mais exata porque não apresenta nenhuma dificuldade e<br />

ser, por sua vez, substituída pelo hebraico em que, letra por letra, escreve-se (o hebreu não tem<br />

vogal) desta maneira: “LI, LI, LHM ShBHh ThNI”. Ora, a tradução desta frase não é “Meu Deus,<br />

meu Deus, por que me aban<strong>do</strong>nastes?” e sim “Meu Deus, meu Deus, quanto me glorificais!”<br />

E esta frase era precisamente (com a única diferença proveniente da adaptação da idéia<br />

a uma outra língua) a fórmula que terminava nos mistérios <strong>do</strong> Egito a prece de ação de graças <strong>do</strong><br />

inicia<strong>do</strong>: numa palavra, ela era sacramental e fazia parte de ritos misteriosos.<br />

Vejo na tradução oficial um contra-senso proposital, porque as edições que contêm esta<br />

passagem não deixam de enviar o leitor ao Salmo XII (XXI de certas traduções), vers. I, que é: “Oh,<br />

meu Deus! Oh, meu Deus! por que me aban<strong>do</strong>nastes?”<br />

A tradução deste versículo <strong>do</strong> salmo é, com efeito, exata, porém o texto é muito diferente<br />

<strong>do</strong> de Mateus; traz “LI, LI LMHHhZHTh-Ni” (ou acrescentan<strong>do</strong> a transcrição <strong><strong>do</strong>s</strong> pontos<br />

massoréticos: hazabattva-ni), fazen<strong>do</strong> o leitor observar que não se deve confundir o Hh, <strong>do</strong> primeiro<br />

texto, com o Hh, <strong>do</strong> segun<strong>do</strong>, pois, no primeiro caso, é um Hheth, aspiração gutural muito forte<br />

que o grego substituiu por Chi, quan<strong>do</strong> no segun<strong>do</strong> texto é um Agin, outra aspiração muito forte.<br />

Para representar estes sons guturais das línguas semíticas, o alfabeto latino oferece uma só letra:<br />

o H, para as aspirações fracas e Hh para as aspirações fortes.<br />

Ora, a que homem de bom senso pode-se fazer crer que, entre to<strong><strong>do</strong>s</strong> os hebraizantes<br />

oficiais que estudaram estes textos, não houvesse um só para fazer o simplicíssimo trabalho que<br />

acabo de apresentar ao leitor e, por conseguinte, desvendar o erro? Donde deriva ele?<br />

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