17/10/2001 - Câmara dos Deputados

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CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ COM REDAÇÃO FINAL Nome: Comissão de Finanças e Tributação Número: 001143/01 Data: 17/10/01 A administração do Presidente Fernando Henrique introduziu mudanças expressivas na gestão do Banco do Nordeste. Esse 1% de tomadores que estaria no relatório do Ministério da Integração precisa ser analisado fazendo-se uma distinção entre os dois períodos, para efetiva compreensão do que de fato está acontecendo ou já aconteceu. Estamos lidando com fatos existentes. Muito obrigado, mais uma vez, pelas perguntas. O SR. PRESIDENTE (Deputado Jorge Tadeu Mudalen) – Peço aos Deputados que sejam mais sucintos, porque pretendo encerrar a exposição do Dr. Fábio por volta de 11h30min, para podermos dar início à pauta do dia. Precisamos discutir hoje as propostas do Orçamento, uma vez que a reunião prevista para a quarta-feira da próxima semana deverá ser prejudicada em virtude da realização do seminário “O Brasil e a ALCA”. Passo a palavra ao Deputado Luiz Carlos Hauly. O SR. DEPUTADO LUIZ CARLOS HAULY – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, em primeiro lugar eu gostaria de parabenizar o Dr. Fábio pela exposição, que atende aos requisitos da Comissão, ao pleito do Deputado José Pimentel de ampla transparência de todas as informações referentes ao saneamento das instituições federais. Estamos participando do PROER e das discussões sobre os bancos federais. Ainda faltam os estaduais. Sabemos que a engenharia montada para o saneamento das instituições federais chegou a algo em torno de 75 bilhões, pelo que pude somar. Imaginando que o PROER custou cerca de 20 ou 22 bilhões, o problema das instituições federais é muito maior, até pela dimensão dos bancos. O Banco do Brasil é o maior do País, e ainda temos a Caixa Econômica. 23
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ COM REDAÇÃO FINAL Nome: Comissão de Finanças e Tributação Número: 001143/01 Data: 17/10/01 O mesmo problema que afetou os bancos particulares e estaduais afetou também os bancos federais. Com o fim da inflação, os bancos tiveram de reaprender a ganhar dinheiro, economizando e vendendo com crédito garantido, antes camuflado pelo processo inflacionário. O Banco do Nordeste, referido pelo Deputado Pimentel, parece-me que é quase 100% do Governo Federal, salvo engano, como é a Caixa Econômica Federal. O Banco do Brasil é uma sociedade anônima, com ações no mercado, e acredito que o BASA também seja um banco 100% estatal. Portanto não há a quem fraudar, a não ser operações irregulares, fraudulentas, que estão sob permanente fiscalização do Banco Central e do Congresso Nacional, através de suas comissões de fiscalização, como é o caso desta, e das CPIs, como as que investigam FINOR e FINAM. Com relação à saúde da empresa, a engenharia que os senhores criaram adapta o sistema financeiro federal àquilo de que o Brasil precisa. Coloca as instituições em situação positiva, para benefício do Brasil e de todos aqueles que nelas trabalham. O Governo Federal está atento. Essa engenharia é difícil, mas foi elaborada para resolver todo o problema das instituições financeiras. Acredito que a avaliação de desempenho é hoje a tônica central dos quadros de funcionários dessas instituições. Cada gerente, cada administrador tem seu contrato de gestão. A melhoria é evidente, mas é um processo. Por que não foi feito antes? Tudo poderia ter sido feito antes, desde Cabral, mas vem sendo feito aos poucos, de acordo com a demanda. São muitos os problemas de um país em desenvolvimento e formação. 24
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