15.04.2013 Views

Capítulo 5 Capital Humano e Bem-Estar Social em Moçambique

Capítulo 5 Capital Humano e Bem-Estar Social em Moçambique

Capítulo 5 Capital Humano e Bem-Estar Social em Moçambique

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

7<br />

Pobreza e <strong>B<strong>em</strong></strong>-<strong>Estar</strong> <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong>: 1996-97<br />

7<br />

mais velha no agregado é que foi usada para a análise . Nestas estimativas , o sexo da criança,<br />

a idade <strong>em</strong> meses, a idade ao quadrado e a idade ao cubo foram também inclusas para permitir<br />

analisar o crescimento rápido e as diferenças sexuais no padrão de crescimento (ou diferente<br />

tratamento entre as crianças por sexo).<br />

A altura da criança indicada no levantamento foi padronizada, de acordo com as<br />

recomendações de WHO, usando a mediana e o desvio padrão da altura da população de<br />

crianças com a mesma característica <strong>em</strong> termos de sexo e idade. Seguindo as tais<br />

recomendações, as crianças cujos z-scores encontrados eram inferiores a 5 desvios padrões<br />

abaixo da mediana ou maior do que 3 desvios padrões abaixo da mediana foram excluídas da<br />

análise . 8<br />

A Tabela 5.9 fornece as estimativas da associação entre a educação materna e o z-scores<br />

de altura para idade, feitas pelo metódo de quadrados mínimos. Em todo o <strong>Moçambique</strong> (coluna<br />

1), ter uma mãe letrada t<strong>em</strong> um impacto positivo na altura da criança enquanto que ter uma mãe<br />

com o EP2 completo para além de ter um impacto positivo é forte e estatísticamente<br />

significante. A associação positiva entre a educação materna e o estado nutricional a longo<br />

prazo, é forte particularmente nas aréas rurais. A criança cuja mãe pode ler ou escrever t<strong>em</strong><br />

z-scores de 0.304 desvios padrões acima daquela cuja mãe é iletrada; as crianças cujas mães<br />

t<strong>em</strong> o EP2 t<strong>em</strong> um desvio padrão inacreditável de 0.624 acima (da média) do que as crianças<br />

cujas mães não completaram o EP2 nas zonas rurais. Por outro lado, nas aréas urbanas, o impacto<br />

da educação materna não é estatísticamente significante.<br />

Estas associações estimadas entre a educação e a altura são o impacto líquido do<br />

rendimeto ou b<strong>em</strong>-estar do AF, desde que o consumo per-capita esteja incluso nas regressões.<br />

Contudo, o b<strong>em</strong>-estar do AF é um determinante muito importante da altura da criança,<br />

sobretudo nas aréas urbanas onde o incr<strong>em</strong>ento de 1 porcento no consumo per capita diário vai<br />

aumentar a altura <strong>em</strong> 0.0046 desvios padrões. Nas aréas rurais, um aumento de 1 porcento<br />

aumenta a altura <strong>em</strong> apenas 0.0017 desvios padrões.<br />

Para concluír, a educação materna possue uma associação extr<strong>em</strong>amente forte com a<br />

mal-nutrição nas aréas rurais de <strong>Moçambique</strong>, pois nestas aréas existe uma forte correlação<br />

entre o EP2 e a altura enquanto que nas aréas urbanas isso não se verifica. Os rendimentos ou<br />

o b<strong>em</strong>-estar do AF são importantes tanto para a aréa rural assim como para a urbana. Contudo,<br />

essa correlação é muito mais forte nas aréas urbanas do que <strong>em</strong> aréas rurais. É de recordar que<br />

na análise acima efectuada, a educação da mulher adulta nas aréas rurais tinha uma forte<br />

associação com o b<strong>em</strong>-estar material do AF.<br />

Sete 7 porcento de crianças com idade pré-escolar, usadas neste estudo, responderam que não viv<strong>em</strong><br />

com a mãe, na altura <strong>em</strong> que se efectuou o levantamento.<br />

8<br />

Não foi possível calcular os z-scores para aproximadamente 2300 das 7000 crianças de idade préescolar<br />

contidas no levantamento. Essas crianças tend<strong>em</strong> a pertencer a agregados pobres e viv<strong>em</strong> <strong>em</strong> aréas<br />

rurais.<br />

286

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!