Capítulo 5 Capital Humano e Bem-Estar Social em Moçambique
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Pobreza e <strong>B<strong>em</strong></strong>-<strong>Estar</strong> <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong>: 1996-97<br />
resultado positivo dada a uma variação de uma unidade na variável correspondente. Por<br />
ex<strong>em</strong>plo, a primeira coluna da tabela indica que na zona urbana, ter um chefe do AF letrado<br />
aumenta a probabilidade da criança ter frequentado a escola <strong>em</strong> 29.2 porcento.<br />
Todas as variáveis de educação do AF, <strong>em</strong> todas as regiões, são determinantes altamente<br />
(estatísticamente) significantes da probabilidade da criança ter frequentado a escola. Nas aréas<br />
urbanas, os grandes aumentos da probabilidade de ter frequentado ocorr<strong>em</strong> quando os chefes dos<br />
AFs são letrados (29.2 porcento), enquanto nas aréas rurais, os grandes aumentos estão<br />
associados com o factor ter chefe de AF com EP2 (29.1 porcento) completo.<br />
Exist<strong>em</strong> diferenças importantes no impacto das outras características entre as aréas<br />
urbanas e rurais. Nas aréas urbanas, o b<strong>em</strong>-estar do AF (medido através do consumo) é um<br />
determinante importante de ter entrado na escola---na coluna 1, o aumento de 1 porcento no<br />
consumo per capita aumenta a probabilidade de ter frequentado a escola <strong>em</strong> 16.8 por cento. A<br />
idade da criança é também muito importante nas aréas urbanas pois, a probabilidade de ter<br />
frequentado a escola aumenta até 10 anos e depois decresce. Contudo, nas aréas rurais, n<strong>em</strong> os<br />
rendimentos n<strong>em</strong> a idade são determinantes importantes de entrada na escola. A característica<br />
mais importante nestas aréas é o sexo, com a probabilidade dos rapazes frequentar<strong>em</strong> a escola<br />
ser 10 porcento acima da probabilidade das raparigas.<br />
5.5.4. Probabilidade de se matrícular<br />
As estimativas da probabilidade de se matricular numa escola, actualmente, são<br />
resumidas na Tabela 5.13 e os resultados são quase idênticos aos da Tabela 5.12. Em qualquer<br />
definição de educação do AF utilizada, níveis mais altos aumentam significativamente a<br />
probabilidade da criança estar matriculada na escola. Nas aréas urbanas, o grande aumento na<br />
probabilidade de se matricular está associado ao factor ter chefes de AFs letrados, enquanto nas<br />
aréas rurais o grande aumento ocorre quando a mulher no AF t<strong>em</strong> o EP2 completo.<br />
Como foi referido anteriormente, o consumo do AF e a idade da criança tend<strong>em</strong> a ser<br />
determinantes significantes da probabilidade de estar matrículado actualmente para as aréas<br />
urbanas mas não para as aréas rurais. Nas areas rurais, é o sexo da criança o factor mais<br />
importante para a determinação da probabilidade de estar matrículado . Os rapazes nas aréas<br />
rurais t<strong>em</strong> <strong>em</strong> média 11 por cento mais de probabilidade de se matrícular<strong>em</strong> do que as raparigas.<br />
Em resumo, tal como foi verificado para a saúde infantil, a educação do AF é um<br />
determinante extr<strong>em</strong>amente importante para o ensino primário da criança. Nas aréas rurais,<br />
a educação dum adulto do AF é o determinante mais importante para a criança matrícular-se<br />
numa escola primária, seguida do género. Por outro lado, nas aréas urbanas, tanto a educação<br />
como o b<strong>em</strong>-estar familiar são determinantes importantes da decisão de matrícular a criança no<br />
ensino primário. É de referir que o índice de desistências nas escolas primárias aumenta<br />
dramáticamente aos 10 anos de idade.<br />
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