Capítulo 5 Capital Humano e Bem-Estar Social em Moçambique
Capítulo 5 Capital Humano e Bem-Estar Social em Moçambique
Capítulo 5 Capital Humano e Bem-Estar Social em Moçambique
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
12<br />
Pobreza e <strong>B<strong>em</strong></strong>-<strong>Estar</strong> <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong>: 1996-97<br />
as que irão determinar o t<strong>em</strong>po ou custo oportunidade de estudar.<br />
A educação a nível do AF foi medida <strong>em</strong> 4 maneiras diferentes. Primeiro, usou-se a<br />
educação do chefe como um meio para descrever as suas características portanto, se ele ou ela<br />
é letrado/a ou se ele ou ela completou a 7ª classe (EP2). O terceiro indicador usado foi, se algum<br />
adulto no AF t<strong>em</strong> algum nível de EP2 e o quarto indicador, se alguma mulher adulta t<strong>em</strong> o nível<br />
de EP1 (5ª classe). O EP1 é usado para as mulheres porque muito poucas mulheres adultas <strong>em</strong><br />
<strong>Moçambique</strong> completaram mais do que este nível.<br />
5.5.2. Os Indicadores da Escolaridade da Criança<br />
Várias dimensões de decisões sobre a escolaridade foram analizados porque cada<br />
dimensão implica um grupo alvo diferente e diferentes intervenções políticas. Iníciou-se com<br />
as matrículas no ensino primário e analisou-se o impacto da educação do adulto na probabilidade<br />
das crianças do ensino primário (com idade entre 7-11 anos ) ter<strong>em</strong> se matrículado numa escola<br />
ou estar<strong>em</strong> actualm<strong>em</strong>ente a frequentá-la. Este estágio é tal vez , o mais importante na carreira<br />
escolar das crianças mais novas. É b<strong>em</strong> sabido que as crianças que atrasam entrar para a escola<br />
pela primeira vez, muitas vezes, não chegam a matrícular-se e que as d<strong>em</strong>oras e os atrasos no<br />
início da carreira da criança representam t<strong>em</strong>po jamais recuperado pela criança. Dado o baixo<br />
nível do estoque actual de capital humano <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong>, uma das preocupações imediatas<br />
consiste <strong>em</strong> incr<strong>em</strong>entar os ingressos á t<strong>em</strong>po das crianças no ensino primário. (Recorde que<br />
a Tabela 3 indicou que a taxa de ingressos nas escolas primárias é apenas de 49%).<br />
Uma vez que o estudante está matrículado numa escola, o desafio a seguir é continuar<br />
com os estudos atingíndo o nível mais alto possível. Para entender os determinantes desta<br />
escolha, observou-se a classe mais alta atingida pelas crianças de 7-17 anos de idade que já<br />
entraram no sist<strong>em</strong>a, excluíndo as que ainda não completaram o ensino porque para eles, o seu<br />
nível mais alto ainda não se conhece.<br />
Uma questão preocupante no sector da educação é a eficiência do sist<strong>em</strong>a de educação,<br />
medida pelo t<strong>em</strong>po que a criança leva para completar um dado nível escolar. Para o grupo de<br />
crianças que tenham entrado no sist<strong>em</strong>a e que completaram a sua formação, foram estimados os<br />
12<br />
determinantes de eficiência usando a definição de eficiência da Secção 3. Foram excluídas<br />
da análise as crianças de idades 7 e 8 anos, porque a eficiência destas poucas crianças que<br />
alguma vez frequentaram mas já não estão matriculadas é de 100%.<br />
5.5.3. Probabilidade de ter frequentado a escola<br />
As estimativas da variável ter frequentado a escola, por região, estão apresentadas na<br />
Tabela 5.12. Os coeficientes apresentados na Tabela 5.12 apresentam a variação percentual dum<br />
A eficiência é definida como a classe completada dividida pela classe que deveria ter completado<br />
<strong>em</strong> função da idade da criança. Na análise da regressão este indicador é medido <strong>em</strong> percentag<strong>em</strong>.<br />
289