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Tv Tupi: Uma Linda História De - Coleção Aplauso - Imprensa Oficial

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Capítulo 28<br />

O Cinema<br />

<strong>De</strong>sde o começo, e sempre, o cinema ajudou a televisão. Muita gente<br />

até hoje faz da TV o seu cinema em casa. E os programadores sabem<br />

disso. Reservam sempre vários horários para os longas-metragens. Sem<br />

contar que há redes de canais a cabo especializadas só nisso. É um filme<br />

atrás do outro, nas 24 horas do dia.<br />

Mas a colaboração que o cinema deu, nos primórdios da televisão,<br />

não se restringia apenas a isso. Era o celulóide, a película mesmo, que<br />

fazia grande parcela da programação, principalmente no que tangia<br />

ao telejornal. <strong>De</strong>vemos lembrar que não havia videoteipe e que toda<br />

a externa tinha que ser filmada.<br />

Antonio Vituzzo era garotão em 1950. Paulistano, nascido e criado<br />

no bairro do Cambuci, vivenciou bem esse fato, pois ele era o diretor<br />

da empresa Saturno, que era constituída por cinco rapazes, que,<br />

como ele, estavam com 20 anos. <strong>De</strong>sde os seus 16 anos, Vituzzo já<br />

possuía sua máquina e seu projetor de filmes. E quando, em 1950,<br />

ficou sabendo que a televisão ia ser inaugurada em São Paulo, procurou<br />

os diretores da TV <strong>Tupi</strong> e se colocou à disposição deles, para<br />

o fornecimento de filmes virgens, rolos de filmes, que eram depois<br />

rebobinados e usados em reportagens. E assim ele era o grande<br />

fornecedor da emissora. Fez amizade com Wilson Menin, Armando<br />

Cavalier, Antonio Giurno, João Gimenez, e José Alfredo Machado de<br />

Assis, posteriormente.<br />

E seu grande orgulho é seu profissionalismo: Nunca deixei faltar um<br />

metro de filme. Quando percebia que os importadores estavam se<br />

atrasando, eu mesmo mantinha contato com os americanos, e fazia a<br />

importação do celulóide. Comprava da Kodak, da Dupont, da Gevaert.<br />

Na emissora o cinegrafista recebia o filme, fazia a reportagem, voltava ,<br />

entregava o material para a edição. Esses filmes, já editados, iam para o<br />

telecine, que recebia a imagem ótica e mandava eletronicamente para<br />

a saída de TV, e aí já ia para todos os lares. Passava para o processo<br />

eletrônico, disse Antonio Vituzzo.<br />

Você vendia também filmes artísticos?<br />

– Alugava. E achei um sistema prático e camarada. <strong>De</strong>ixava o meu<br />

material na emissora, eles usavam o que queriam e no fim do mês me<br />

relatavam o que tinham usado. E aí fazíamos a prestação de contas.<br />

Trabalhava em consignação?<br />

– Acordo de cavalheiros. Camaradagem. Eu também fazia parte daquela<br />

grande família.<br />

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