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Tv Tupi: Uma Linda História De - Coleção Aplauso - Imprensa Oficial

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Os Primeiros Repórteres e Locutores<br />

José Carlos de Moraes, desde logo, ganhou o apelido de Tico-Tico.<br />

Nasci do na cidade de Angatuba, interior de São Paulo, perdeu o pai<br />

quando tinha 13 anos, e foi criado pela mãe, a professora Maria Zoraide<br />

de Ca margo. O rapaz passou a ser o chefe da família. <strong>De</strong>cidido,<br />

levado , alegre, brincalhão, era conhecido como Zé do Né, que era o<br />

apelido de seu pai.<br />

Seu primeiro contato com o jornalismo foi com José de Freitas Nobre,<br />

uma figura impoluta da política brasileira. Logo Zé Carlos disse que<br />

gostaria de falar em microfone. O que atrapalhava era o sotaque caipira<br />

. E ele então começou a trabalhar na Agência Nacional e berrava as<br />

notícias ao telefone, pois aí o sotaque não atrapalhava. E assim foi sendo<br />

conhecido nos jornais do interior, que anotavam seus telefonemas<br />

e os publicavam.<br />

José Carlos de Moraes foi aluno da famosa deputada Chiquinha Rodrigues.<br />

<strong>De</strong> um lado Freitas Nobre e de outro, Chiquinha Rodrigues,<br />

iam lapidando o rapazinho falante, que queria ser locutor, repórter,<br />

cantor , qualquer coisa servia. Acabou por entrar também na Faculdade<br />

de Direito do Largo São Francisco e lá se deu muito bem. Não nos<br />

estudos , mas nas Caravanas Artísticas. Em menino tinha participado do<br />

programa de Sylvia Autuori, a Tia Chiquinha, que logo implicou com<br />

seu sotaque, com seu r caipira. E ele então começou a cantar, e todos<br />

perce beram que o garoto era mesmo um Tico-Tico, que pulava de cá<br />

para lá. Nas Caravanas do Centro XI de Agosto cantava emboladas,<br />

sempre saltitante. Quanto à faculdade, é bem verdade que demorou,<br />

mas acabou se transferindo para Niterói, onde se formou – Apenas<br />

para dar esse presente para minha mãe.<br />

Começou, finalmente, a trabalhar em emissoras de rádio. Rádio Educadora<br />

Paulista, Rádio São Paulo, Rádio Bandeirantes, Rádio Paname ricana<br />

e depois a TV <strong>Tupi</strong> de São Paulo.<br />

Era um caminhão enorme. E era com ele que eu fazia as reportagens. E<br />

eu ia para todos os lugares. No começo só em São Paulo, depois no Vale<br />

do Paraíba, depois no Rio de Janeiro. O Jorge Edo ia bolando e eu ia fazendo.<br />

Eu me empolgava. E depois fui pelo mundo. Estados Unidos , toda<br />

a Europa, União Soviética, tudo. Eu estive em tudo. Estive em todos os<br />

cantos da vida, em todas as esquinas, em todos os bares do mundo.<br />

Baixinho, cara-de-pau, olheiro, foi em dos maiores repórteres do Brasil .<br />

Entrevistou o presidente John Kennedy, Carmem Miranda, Getúlio Vargas,<br />

Fidel Castro, Oliveira Salazar, o presidente Eisenhower e todos os papas de<br />

sua época. Foi repórter por 55 anos consecutivos. Chamado de Tico-Tico<br />

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