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Tv Tupi: Uma Linda História De - Coleção Aplauso - Imprensa Oficial

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Capítulo 61<br />

Eu, dentro disso Tudo<br />

<strong>Uma</strong> história vivida. <strong>Uma</strong> linda história de amor, vivida por mim. Está na<br />

hora de encaixar um capítulo inteiramente meu, dentro deste livro .<br />

E é complicado porque, neste livro, misturo, e o faço conscientemente ,<br />

eu e a <strong>Tupi</strong>, minhas memórias e dados recolhidos. É o meu e o nosso.<br />

A minha pessoa e a coletividade em que vivi.<br />

Faço-o deliberadamente. Volto a repetir: este é um livro de memórias,<br />

que contém dados históricos. Não sou uma historiadora. Sou, ou quero<br />

ser, uma cronista da vida vivida.<br />

Minha <strong>História</strong><br />

Entrei para as Emissoras Associadas em 1947. Vinha de várias emissoras<br />

de rádio. Meu primeiro contato com microfone foi em 1938, tendo<br />

sido entrevistada por Nicolau Tuma, num programa dele, na Rádio<br />

Educadora Paulista.<br />

Em seguida, ainda em 1938, minha mãe, Amélia, me levou à Rádio<br />

<strong>Tupi</strong>, que funcionava na Rua 7 de Abril, centro de São Paulo. Havia<br />

o Programa da Tia Chiquinha, que era a Sílvia Autuori, onde crianças<br />

cantavam. Eu imitava Carmem Miranda e fui logo aceita. Lembro-me de<br />

que o pianista era o Heitor dos Prazeres. Via pelos corredores, passando,<br />

Aracy de Almeida, Francisco Alves. Eles eram adultos e importantes.<br />

Eu era menina e assustada.<br />

Não demorou muito e fui para a Rádio Difusora. Essa era distante, quase<br />

no fim do mundo, num bairro novo chamado Sumaré. A garagem do<br />

ônibus era na avenida Dr. Arnaldo, onde hoje é a Igreja Nossa Senhora<br />

de Fátima. Alguns quarteirões depois, era a Rádio Difusora.<br />

Foi então que conheci o Homero Silva, moço novo, moreno, formado<br />

em Direito que, parece incrível, era chamado por todos nós de papai-<br />

noel. É que ele organizava e apresentava o programa homônimo. O<br />

maestro era o Francisco Dorce, um santo, porque, ao se medir por<br />

mim, os cantores mirins nada tinham de geniais. Com exceções, é claro ,<br />

como do Erlon Chaves, que tinha 4 anos e cantava em dupla com uma<br />

loirinha, e eles cantavam muito bem.<br />

Não ganhávamos nada, mas amávamos o que fazíamos e o público<br />

nos amava também. Era rádio, não se esqueçam, mas tínhamos fãs. Eu<br />

estava com 11 anos. Era grandinha. Minha irmã, Helle Alves, sempre<br />

muito inteligente, declamava, escrevia, ajudava o Homero Silva.<br />

O Clube do Papai-Noel foi o celeiro de muitos artistas, que ali começaram<br />

suas carreiras.<br />

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