15.04.2013 Views

a aquisição da concordância nominal de número no ... - UFSC

a aquisição da concordância nominal de número no ... - UFSC

a aquisição da concordância nominal de número no ... - UFSC

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

i<strong>de</strong>alização não se sustenta em condições realistas, mas o fato é que pouco se sabe<br />

sobre o quanto é, <strong>de</strong> fato, necessário. Clahsen (1991) afirma que a criança precisa <strong>de</strong><br />

uma certa quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> evidência positiva antes <strong>de</strong> fixar o parâmetro; já Ran<strong>da</strong>ll (1992)<br />

pressupõe um “limiar <strong>de</strong> <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>amento”, isto é, a criança precisa <strong>de</strong> um <strong>número</strong><br />

suficiente <strong>de</strong> indícios. Lightfoot (1991), por sua vez, assume que os <strong>da</strong>dos acionadores<br />

<strong>de</strong>vem ser consistentes e freqüentes.<br />

Meisel (op. cit., p. 29) aponta que nem to<strong>da</strong> forma presente <strong>no</strong> input <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ia<br />

o parâmetro para o qual parece ser relevante; além disso, não há <strong>no</strong>s <strong>da</strong>dos infantis<br />

evidência <strong>de</strong> constante troca <strong>de</strong> parâmetros; e finalmente, a <strong>aquisição</strong> parametriza<strong>da</strong> é<br />

mais rápi<strong>da</strong> que a aprendizagem indutiva, mas também leva algum tempo. Ain<strong>da</strong><br />

segundo esse autor, não há critérios empíricos para <strong>de</strong>finir concretamente o que seria o<br />

limiar ou a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> evidência positiva necessária para que um parâmetro seja<br />

fixado, e na<strong>da</strong> <strong>no</strong>s obriga a aceitar critérios quantitativos. 26 A robustez ou consistência<br />

advoga<strong>da</strong> por Lightfoot (1991) não tem relação com freqüência, mas antes “o que<br />

realmente importa é que os fatores <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>antes não <strong>de</strong>veriam aparecer somente <strong>no</strong><br />

que Lightfoot (1991) chama <strong>de</strong> contextos ‘exóticos’” (Meisel, op. cit., p. 29); isto é, os<br />

<strong>da</strong>dos acionadores <strong>de</strong>vem ser plausivelmente acessíveis a to<strong>da</strong> criança. Ain<strong>da</strong> segundo o<br />

autor, “na atual estrutura teórica, sua <strong>de</strong>ficiência [dos <strong>da</strong>dos] com respeito à<br />

confiabili<strong>da</strong><strong>de</strong> não po<strong>de</strong> ser remedia<strong>da</strong> <strong>de</strong> modo satisfatório com requisitos <strong>de</strong><br />

freqüência” (ibi<strong>de</strong>m, p. 29).<br />

A solução mais plausível para manter a questão <strong>de</strong>ntro dos limites <strong>da</strong> gramática<br />

parece ser, então, <strong>de</strong>finir a acessibili<strong>da</strong><strong>de</strong> dos <strong>da</strong>dos em termos estruturais. Nesse<br />

sentido, a proposta <strong>de</strong> Lightfoot (1989; 1991) parece ser a mais difundi<strong>da</strong>. De acordo<br />

com Meisel (op. cit., p. 30), para este autor, é suficiente que a criança tenha acesso à<br />

oração principal mais a parte anterior <strong>da</strong> oração encaixa<strong>da</strong> (o complementizador e o<br />

26 Yang (1999, 2004) propõe um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> aprendizagem variacional <strong>no</strong> qual a freqüência <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminados<br />

tipos <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos <strong>no</strong> input é relevante, e o papel <strong>da</strong> GU é <strong>de</strong>terminar quais são esses <strong>da</strong>dos: “to be effective, a<br />

learning algorithm – or any algorithm – must have an appropriate representation of the relevant (learning)<br />

<strong>da</strong>ta. A classic argument for innateness comes from the fact that syntactic operations are <strong>de</strong>fined over specific<br />

types of representations – constituents and phrases – but <strong>no</strong>t over, say, linear strings of words, or numerous<br />

other logical possibilities. Although infants seem to keep track of statistical information, any conclusion drawn<br />

from such findings must presuppose that children k<strong>no</strong>w what kind of statistical information to keep track of.<br />

After all, an infinite range of statistical correlations exists” (Yang, 2004, p. 453).<br />

38

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!