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a aquisição da concordância nominal de número no ... - UFSC

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exter<strong>no</strong>s, mas antes <strong>da</strong>r-se-ia <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro para fora (ou seja, a maturação e conseqüente<br />

emergência <strong>de</strong> <strong>no</strong>vos princípios provocariam uma reacomo<strong>da</strong>ção dos <strong>da</strong>dos).<br />

Segundo Lopes (op. cit., p. 117), os trabalhos maturacionistas passaram ca<strong>da</strong> vez<br />

mais a adotar a perspectiva <strong>da</strong> parametrização liga<strong>da</strong> às categorias funcionais. Com isso,<br />

admite-se que haja uma fase pré-sintática na fala <strong>da</strong>s crianças, durante a qual estas não<br />

contam com as categorias funcionais. Há várias explicações possíveis para isso: Meisel<br />

(1994), por exemplo, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que as crianças, nessa fase, utilizem o módulo pragmático<br />

<strong>da</strong> linguagem; Bickerton (1989, 1990), por sua vez, aproxima a linguagem inicial <strong>da</strong><br />

criança a um pidgin; já Radford (1990) e Guilfoyle & Noonan (1988) apresentam a<br />

chama<strong>da</strong> fase léxico-temática, semelhante à tese do truncamento <strong>de</strong> Rizzi (1993,<br />

1994). 39 O próprio Radford, em seu trabalho <strong>de</strong> 1990, não chega a se posicionar<br />

claramente a respeito <strong>da</strong> corrente adota<strong>da</strong>, mas se coloca mais próximo <strong>da</strong> maturação;<br />

já em seu trabalho <strong>de</strong> 1997, após sofrer várias críticas, promove uma pequena<br />

reformulação <strong>de</strong> modo a possibilitar a inserção <strong>de</strong> seu trabalho sob o rótulo do<br />

continuísmo. Guilfoyle & Noonan (1988), por sua vez, apresentam seu mo<strong>de</strong>lo (a<br />

Hipótese <strong>da</strong> Construção <strong>de</strong> Estrutura) como uma terceira hipótese.<br />

As críticas mais freqüentes à hipótese maturacional são reporta<strong>da</strong>s por Lopes (op.<br />

cit., p. 119-120) e po<strong>de</strong>m ser resumi<strong>da</strong>s em três pontos principais: a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

violação <strong>de</strong> GU, o fato <strong>de</strong> que <strong>de</strong>terminados princípios maturam antes <strong>de</strong> outros em<br />

línguas diferentes, e a vinculação biológica do mo<strong>de</strong>lo. Quanto ao primeiro problema,<br />

Guilfoyle & Noonan (1988, p. 5) afirmam que admitir a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> gramáticas não<br />

pertencentes às línguas humanas possíveis reduz a importância <strong>de</strong> GU e o po<strong>de</strong>r<br />

explicativo <strong>da</strong> teoria, uma vez que se torna necessária a presença <strong>de</strong> um mecanismo<br />

adicional superior a ela, que seria o calendário maturacional. Além disso, a hipótese não<br />

esclarece como a criança li<strong>da</strong> com o imenso <strong>número</strong> <strong>de</strong> hipóteses presente sem a aju<strong>da</strong><br />

<strong>da</strong>s restrições. Nas palavras <strong>de</strong> Lopes, isso “coloca um fardo bem maior sobre o processo<br />

39<br />

Embora para Rizzi a hipótese seja bem mais fraca, pois uma <strong>da</strong><strong>da</strong> categoria po<strong>de</strong> ou não estar presente, mas<br />

não estará se estiver em primeira posição na estrutura.<br />

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