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a aquisição da concordância nominal de número no ... - UFSC

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opção permiti<strong>da</strong> pela GU seja fixa<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> forma num<br />

estado precoce <strong>da</strong> <strong>aquisição</strong> e a escolha seja inverti<strong>da</strong> num estado<br />

posterior, com base em evidência não disponível ou não utiliza<strong>da</strong><br />

<strong>no</strong> estado anterior. Estas possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s não são em si mesmas<br />

inconsistentes com a hipótese empírica <strong>de</strong> que o estado estável<br />

atingido é, <strong>de</strong> facto, idêntico ao resultado <strong>da</strong> aplicação<br />

“instantânea” dos princípios <strong>de</strong> E 0 à evidência E disponível [...].<br />

Aquilo que é afirmado na hipótese empírica é que, a não<br />

consi<strong>de</strong>rarmos as questões <strong>da</strong> maturação, <strong>da</strong> or<strong>de</strong>m <strong>da</strong><br />

apresentação ou <strong>da</strong> acessibili<strong>da</strong><strong>de</strong> selectiva <strong>da</strong> evidência, o<br />

resultado <strong>da</strong> <strong>aquisição</strong> <strong>da</strong> linguagem é como se fosse instantâneo:<br />

em particular, os estados intermédios atingidos não alteram os<br />

princípios disponíveis para a interpretação dos <strong>da</strong>dos <strong>no</strong>s estados<br />

posteriores <strong>de</strong> um modo que afecte o estado atingido.<br />

Se certos princípios operarem apenas em estados mais tardios <strong>de</strong><br />

maturação, não fica provado que eles não <strong>de</strong>vam ser atribuídos ao<br />

estado inicial E 0. O processo <strong>de</strong> maturação é geneticamente<br />

<strong>de</strong>terminado, embora seja influenciado em vários aspectos pelo<br />

<strong>de</strong>correr <strong>da</strong> experiência. [...] É evi<strong>de</strong>nte que os factores<br />

geneticamente <strong>de</strong>terminados <strong>no</strong> <strong>de</strong>senvolvimento não <strong>de</strong>vem ser<br />

i<strong>de</strong>ntificados com os que são operativos <strong>no</strong> nascimento.<br />

Há boas razões para se acreditar que a facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> linguagem<br />

sofre um processo <strong>de</strong> maturação – <strong>de</strong> facto, a or<strong>de</strong>m e o tempo<br />

<strong>de</strong>sta maturação parecem ser bastante uniformes, apesar <strong>de</strong> existir<br />

uma variação consi<strong>de</strong>rável <strong>de</strong> experiências e <strong>de</strong> outras facul<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

cognitivas – mas tal não vai contra a correcção <strong>da</strong> assunção<br />

empírica conti<strong>da</strong> na idéia <strong>de</strong> aprendizagem instantânea, que parece<br />

ser, pelo me<strong>no</strong>s, uma boa primeira aproximação aos factos [...]<br />

(Chomsky, 1994, p. 69-70).<br />

Essas possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s representam algumas idéias <strong>da</strong>s duas hipóteses <strong>de</strong><br />

aprendizagem mais difundi<strong>da</strong>s: a hipótese maturacional e a hipótese continuísta, sobre<br />

as quais trataremos brevemente a partir <strong>de</strong> agora.<br />

1.3.1 A HIPÓTESE MATURACIONAL<br />

A hipótese maturacional explica o processo <strong>de</strong> <strong>aquisição</strong> <strong>da</strong> linguagem como<br />

sendo vinculado a um calendário maturacional. Segundo Lopes (2001a, p. 116), existem<br />

duas interpretações possíveis para tal afirmação, ca<strong>da</strong> uma <strong>de</strong>las correspon<strong>de</strong>ndo a uma<br />

versão <strong>da</strong> hipótese. A versão forte, também chama<strong>da</strong> <strong>de</strong> Hipótese <strong>da</strong> Descontinui<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

lança<strong>da</strong> por Felix (1984), afirma que nem todos os princípios se encontram prontos na<br />

GU. Isto significa que as crianças em fase inicial <strong>de</strong> <strong>aquisição</strong> po<strong>de</strong>m produzir estruturas<br />

que violam as restrições <strong>da</strong> GU, enfraquecendo o papel <strong>da</strong> mesma. Já a versão fraca vem<br />

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