16.04.2013 Views

310-320 - Universidade de Coimbra

310-320 - Universidade de Coimbra

310-320 - Universidade de Coimbra

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

(Litteratura e (Arte<br />

BACCHANTE<br />

Ao meu amigo Aarão<br />

Ferreira <strong>de</strong> Lacerda.<br />

—Aqui?. • .<br />

E fê-lo parar agarrando-o pelo<br />

hombro.<br />

Sem dar por elles, foi-se o rancho<br />

das bacchantes, <strong>de</strong>scendo a<br />

rir o caminho do monte, bordado<br />

<strong>de</strong> loireiros.<br />

Das árvores saltava a sombra<br />

que parecia tremer <strong>de</strong> vida, ao enroscar-se<br />

aos corpos d elias brancos<br />

<strong>de</strong> luar. Ao lado, a brincar, as panteras<br />

domesticadas cingiam o seu<br />

corpo á carne das bacchantes, procurando<br />

as mãos que ellas levantavam,<br />

furtando-se ás carícias, mor<strong>de</strong>ndo-lhes<br />

o seio nú e lambendo-lhes<br />

o pescoço, os <strong>de</strong>ntes mal<br />

fechados, sem mor<strong>de</strong>r, brancos,<br />

como os <strong>de</strong>ntes das bacchantes, a<br />

alvejar nos lábios entre-abertos num<br />

riso vermelho, cançado e perfumado,<br />

como um cravo a <strong>de</strong>sfolhar-se.<br />

Os corymbos d'ouro, mal seguros<br />

em braços cahidos <strong>de</strong> fadiga,<br />

iam <strong>de</strong> rastos, gritando, ao magoar-se<br />

nos rochedos nús, gritos<br />

breves que o musgo abafava.<br />

— Aqui ?...<br />

Tornou ella a dizer mais baixo,<br />

como se alguém os pu<strong>de</strong>sse ouvir.<br />

Ao longe morria o ultimo riso,<br />

e mal se ouviam, muito apagados,<br />

os gritos d'ouro dos corymbos,<br />

cheios da sauda<strong>de</strong> das últimas notas<br />

do final duma canção d'amôr...<br />

Na floresta silenciosa apenas se<br />

via a luzir a armadura <strong>de</strong> prata do<br />

Luar, <strong>de</strong>itado ao lado da Sombra.<br />

—Aqui?<br />

E <strong>de</strong>ixou cahir o corpo sobre a<br />

pelle negra dum leão.<br />

Elle <strong>de</strong>itou-se a mêdo.<br />

— Deita o teu pescoço no meu<br />

braço. Isso! Assim. Tens ainda o<br />

cabello como era d antes. Lembras-te<br />

? Foi aqui! Era dia <strong>de</strong> festa<br />

<strong>de</strong> Baccho. Tinha bebido toda<br />

a noite e viera <strong>de</strong>itar-me aqui á espera.<br />

De noite ainda, acor<strong>de</strong>i com<br />

frio e vi brilhar os teus olhos que<br />

me olhavam serenos... Nunca vi<br />

olhar assim senão ás vezes as<br />

estrellas num ceu puro d'inverno.<br />

Levantei os braços e a tua cabeça<br />

caiu-me sobre o peito. O teu<br />

hálito era quente e áspero, como o<br />

vento do <strong>de</strong>serto.<br />

— Sç. eu nunca amára...<br />

— Ardias !, De vinho espumavam<br />

os meus lábios, e,mal te beijei, encheu-se<br />

a minha bôcca do perfume<br />

dos teus beijos, são como o das<br />

hervas <strong>de</strong> serra pela madrugada a<br />

cheirar tam bem!<br />

O teu olhar mal se via, pequenino<br />

como a flôr da urze.<br />

Os teus beijos... Po<strong>de</strong>m lá esquecer-me<br />

!...<br />

Não sei bem, bem, como eram,<br />

mas nunca me esqueceram. Sei lá<br />

o que digo... Sei que me faltam.<br />

Nunca ninguém me <strong>de</strong>u beijos assim.<br />

O teu corpo era <strong>de</strong>lgado e dócil,<br />

como o vime, sempre a resistir á<br />

água que corre, sempre a fingir que<br />

se quer ir com o vento...<br />

— Amar-me-ías tu ?<br />

— Eu sei lá o que é amar! Tenho<br />

visto tanto amor... Mas nunca,<br />

nunca bebi beijos como os teus,<br />

dôces como o perfume da urze cuja<br />

flôr leva tanto tempo a <strong>de</strong>scobrir<br />

na serra, tam pequenina a cheirar<br />

tam bem!...<br />

Depois encontrava-te em toda a<br />

parte. O acaso...<br />

— O acaso !...<br />

— Sei que te via em toda a parte,<br />

e, quando te não via, cheirava<br />

as flôres sêccas que tu beijáras,<br />

olhava os sítios em que tu estiveras<br />

comigo, as prendas que tu me<br />

<strong>de</strong>ras...<br />

Por ti <strong>de</strong>ixei tudo. Lavínio o luctador...<br />

— Por mim! Mais te déi eu.<br />

Quando tç cançastç do meu amor,<br />

RESISTENCIA —Quinta feira, 24 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 1898<br />

quis pren<strong>de</strong>r-te e <strong>de</strong>i-te os meus<br />

<strong>de</strong>uses lares.. . Minha pobre mãe,<br />

tam boa ! Contara-me em menino<br />

que elles vigiavam sobre nós, e<br />

que já o pae d elia os beijava com<br />

respeito por os ter do avô...<br />

A Minerva...<br />

— Tam linda, toda <strong>de</strong> marfim e<br />

oiro.<br />

— E a Vénus? O corpo nú, quieto,<br />

<strong>de</strong> carne socegada...<br />

— Vendi-a...<br />

— Vendêste-a ?...<br />

— Eu não queria; mas Lisymacho...<br />

— Lisymacho ?<br />

— Sim! O mercador....<br />

— Um mercador...<br />

— Tinha-lhe vendido os beijos.<br />

Vendi-lhe a Vénus. Ven<strong>de</strong>u-a <strong>de</strong>pois!<br />

Ah! Se fôsse hoje ?...<br />

— Se fôsse hoje ?...<br />

— Havia <strong>de</strong> guardá-la, como as<br />

nódoas que me fizeste hontem nos<br />

braços, como as marcas dos teus<br />

beijos...<br />

— E o Mercúrio ?...<br />

— Um que era <strong>de</strong> barro <strong>de</strong> Tanagra<br />

?<br />

Com os braços assim erguidos a<br />

fugir do corpo, e o corpo a seguir<br />

os braços. Parado parecia voar.<br />

— Lembra-me tanto! Era o meu<br />

Deus <strong>de</strong> menino. Eu queria sér assim,<br />

e ter assim um Deus que an-<br />

dasse sempre commigo.. .<br />

— Quebrou - m'o Horácio uma<br />

noite que estava bêbado.<br />

— E tu?<br />

-—Eu continuei a chorar. Tinha-me<br />

já batido tanto... Mas para<br />

que has<strong>de</strong> tu fallar os outros. Diz<br />

porque fugiste, porque fugiste ao<br />

meu amôr ?<br />

— Uma manhã, cançado duma<br />

noite d'amôr... Chovia, eu ia <strong>de</strong>scendo<br />

êste monte. Passei por aqui.<br />

Ao longe o mar... Era d inverno!<br />

A relva húmida das chuvas fazia<br />

no campo, ao sol, charcos <strong>de</strong> luz<br />

ver<strong>de</strong>. Ospinhaes pareciam montes<br />

cobertos da urze triste. Fui andando.<br />

Custou-me a princípio, e <strong>de</strong><br />

repente, sem saber pprquê pareceume<br />

sentir voar do peito o pezar e<br />

fui andando mais alegre. Quando<br />

cheguei ao mar, custou-me muito<br />

a não voltar, mas fui...<br />

— Para on<strong>de</strong> ?<br />

— Eu sei lá!<br />

An<strong>de</strong>i, o corpo ao sol, as mãos<br />

sem pelle. De noite quando acordava<br />

ouvia gemer, e, lívida a vella<br />

parecia-me a aza da ave do agouro<br />

. mau...<br />

Fui luctador. As feras por fim<br />

beijavam-me...<br />

Todas as mulheres pediam o<br />

meu amor. Conheci todos os amores.<br />

De amor morreu por mim uma<br />

vestal.<br />

Quando aqui cheguei, todos fallavam<br />

<strong>de</strong> ti, da perfeição do teu<br />

corpo...<br />

-—Todos ? Todos...<br />

— E eu quiz ver-te. Olhas-me<br />

com o mesmo olhar. Ris-me com<br />

o mesmo rizo que eu amei. E não<br />

me amas. Não sei se me tiveste<br />

amôr alguma vez...<br />

—Amo-te, como nunca!<br />

—Como nunca! Nunca me amaste<br />

então!...<br />

Fugiu monte abaixo, emquanto<br />

sobre a pelle negra do leão <strong>de</strong> Numidia<br />

tremia o corpo todo d'ella,<br />

como se apodrecesse em beijos<br />

aquella carne toda.. .<br />

T. c.<br />

A explosão do Maine<br />

Sam variadas as versões que correm<br />

sobre a origem da horrível explosão<br />

d'êste couraçado. Consta a<br />

alguns jornaes que, por se constatar<br />

a existência dum rombo no<br />

casco do navio, a explosão se <strong>de</strong>ve<br />

attribuir a um crime em que a Hespanha<br />

não estaria <strong>de</strong> todo innocente.<br />

Esta impru<strong>de</strong>nte conclusão<br />

não foi contudo verificada pelos<br />

téchnicos encarregados <strong>de</strong> emittir<br />

parecer sobre o assumpto.<br />

O Affonso XII—torpedo ancorado<br />

a poucas braças do Maine—•<br />

não presentiu quaíquer coisa que<br />

<strong>de</strong>nunciasse o attentado; e por outro<br />

lado sondagens feitas na bahia<br />

da Havana não revelaram a existência<br />

<strong>de</strong> quaesquer cabos ou correntes<br />

eléctricas que podéssem ter<br />

originado a horrível catástrophe.<br />

Antes assim,<br />

MUSEU<br />

é<br />

No museu d'antiguida<strong>de</strong>s do Instituto<br />

déram entrada vários objectos<br />

do extincto museu municipal<br />

e outros dos extinctos conventos<br />

<strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>.<br />

De Sant'Anna veiu um retábulo<br />

<strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira dourada e lavráda, com<br />

as armas do Bispo fundador.<br />

De Cellas um grupo representando<br />

a Virgem com o menino ao<br />

cóllò e enchendo <strong>de</strong> leite S. Bernardo,<br />

que está ajoelhado a seus<br />

pés. E • um grupo do século XVI<br />

muito interessante, conservando<br />

ainda a pintura primitiva e que<br />

vem enriquecer a collecção do Instituto,<br />

já tam notável pelos preciosos<br />

exemplares <strong>de</strong> esculptura do<br />

Renascimento que encerra.<br />

E também muito curioso, pelo<br />

lavôr <strong>de</strong>licado dos sebastos,um fragmento<br />

da estátua do bispo santo,<br />

e os restos dum altar pertencente<br />

ao claustro da Sé Velha, e que é<br />

talvez obra <strong>de</strong> João <strong>de</strong> Ruão.<br />

Estas esculpturas estavam <strong>de</strong> ha<br />

muito promettidas, mas não po<strong>de</strong>ram<br />

ser recebidas antes por ter levantado<br />

difficulda<strong>de</strong>s alguém, em<br />

quem não falamos para The não fazer<br />

reclamos inúteis.<br />

Do paço vieram fragmentos dum<br />

tecto manuelino muito curioso. Vieram<br />

só fragmentos, apesar <strong>de</strong> se ter<br />

em tempo competente chamado a<br />

attenção para elle, e <strong>de</strong> se haver<br />

recommendado ao cuidado <strong>de</strong> quem<br />

tinha obrigação <strong>de</strong> vigiar pela conservação<br />

dos objectos <strong>de</strong> valor artístico<br />

que o acáso e o triste fado<br />

lhe faziam passar pelas mãos.<br />

Emfim nós já em tempos dissemos<br />

da nossa justiça, e o tempo<br />

vai <strong>de</strong> penitência e perdão...<br />

Deus lhe perdoe!...<br />

•<br />

Noticiáram collegas que o veterinário<br />

da quinta agrícola preveniu<br />

o respectivo director <strong>de</strong> estarem<br />

atacadas <strong>de</strong> tuberculose umas vaccas<br />

<strong>de</strong> cujo leite era vendida manteiga<br />

na cida<strong>de</strong>. Segundo os mesmos<br />

collegas áquêlle sr. director<br />

não <strong>de</strong>u importância ao aviso, continuando<br />

a fazer-se a venda. Parece<br />

que o veterinário insistiu, sem<br />

resultado, pelo que pediu licença,<br />

que lhe foi negada, para ir a Lisbôa<br />

reclamar provi<strong>de</strong>ncias, partindo<br />

apesar da negativa. Após era o<br />

sr. director chamado telegráphicamente<br />

a Lisboa, vindo <strong>de</strong>pois uma<br />

commissão syndicar do caso.<br />

Outro collega informa <strong>de</strong> que a<br />

syndicancia não foi feita em virtu<strong>de</strong><br />

da queixa do veterinário, mas<br />

sim a requisição do proprio sr. director.<br />

Dum modo ou d'outro, o facto<br />

<strong>de</strong> as vaccas estarem atacadas,<br />

não se contesta. Resta averiguar<br />

se a venda do leite ou da manteiga<br />

se fez <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> reconhecida, quando<br />

<strong>de</strong>via ter sido sustada á mais<br />

leve suspeita.<br />

Não é sabido o resultado da anályse<br />

a que os syndicantes proce<strong>de</strong>ram,<br />

mas visto que a anályse tinha<br />

<strong>de</strong> ser feita, necessáriamente se<br />

suspen<strong>de</strong>ria a venda, que <strong>de</strong> modo<br />

algum pô<strong>de</strong> ter sido já novamente<br />

autorisada.<br />

O facto reveste a maior gravida<strong>de</strong><br />

e importa tremendas responsabilida<strong>de</strong>s<br />

para o sr. director, a<br />

provar-se que <strong>de</strong>sprezou o aviso<br />

do veterinário, responsabilida<strong>de</strong>s a<br />

que já não pô<strong>de</strong> eximir-se pela incúria<br />

que <strong>de</strong>certo teve, visto como<br />

se não constata ainda a particularida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> haver prohibido a venda,<br />

immediatamente a conhecer-se o<br />

estado das vaccas.<br />

— • — —<br />

LUTUOSA<br />

E dolorosamente impressionádos<br />

que noticiamos o fallecimento da<br />

sr. a D. Rita Moreira, interessante<br />

e gentilíssima filha do nosso amigo<br />

sr. Arthur <strong>de</strong> Sousa Moreira, senhora<br />

dum bello espírito culto e<br />

intelligente e duma afabilida<strong>de</strong><br />

atrahente e captivante.<br />

Sentindo do coração a morte<br />

duma senhora a quem os vinte annos<br />

ainda sorriam, acompanhámos<br />

seu pae, <strong>de</strong>solado, na sua enorme<br />

e absorvente dôr. A elle, pois, e<br />

aos nossos amigos srs. Manuel Augusto<br />

Rodrigues da Silva e dr.<br />

Francisco Rodrigues dos Santos<br />

Nazareth, a expressão mais sentida<br />

do nosso pesar.<br />

*<br />

Falleceu no Porto o estudante<br />

do i.° anno <strong>de</strong> direito Antonio Pereira<br />

Dias, filho do illustrado exgovernador-civil<br />

d'êste districto e<br />

actual reitor da <strong>Universida<strong>de</strong></strong>, sr.<br />

dr. Manuel Pereira Dias.<br />

O conselho <strong>de</strong> <strong>de</strong>canos, hontem<br />

reunido, lançou na acta, por unânime<br />

consenso, um voto <strong>de</strong> sentimento<br />

pelo fallecimento do malogrado<br />

moço.<br />

Á familia enlutada, o nosso pêsame.<br />

*<br />

Morreu em S. Petersburgo o<br />

bacharel em filosofia sr. Henrique<br />

dos Santos Reis, filho do nosso<br />

amigo e correligionário sr. dr. José<br />

Ventura dos Santos Reis. O illustre<br />

extincto que foi um estudante<br />

muito consi<strong>de</strong>rado da nossa <strong>Universida<strong>de</strong></strong>,<br />

estava para vir fazer<br />

acto <strong>de</strong> licenceado.<br />

Enviamos a sua familia sentidos<br />

pézames.<br />

— • — •<br />

Recebemos nesta redacção a visita<br />

do sr. António Bernal y Palma,<br />

representante da importante folha<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>senhos para bordar La Giralda.<br />

Mostrou-nos um número d'esta<br />

curiosa revista hespanhola, que annunciamos<br />

na secção respectiva, c<br />

em que se nota além duma nítida<br />

impressão, uma collaboração litterária<br />

muito distincta.<br />

Recommendamol-a, por isso, ás<br />

nossas leitoras.<br />

Folhetim<br />

Começaremos no proximo numero<br />

a publicar em folhetim um<br />

interessante romance, cheio <strong>de</strong> situações<br />

emocionantes, <strong>de</strong> Arsine<br />

Hourraye, um dos mais brilhantes<br />

romancistas da França.<br />

Estamos certos <strong>de</strong> que, com a<br />

escolha que fizemos d'este romance,<br />

proposcionarêmos aos leitores do<br />

nosso jornal horas <strong>de</strong> intessantissima<br />

leitura.<br />

PUBLICAÇÕES<br />

Gazeta das Al<strong>de</strong>ias.—Publicouse<br />

o n.° 112 do 3.° anno d'êste importantíssimo<br />

semanário illustrado, <strong>de</strong> propaganda<br />

agrícola e vulgarização <strong>de</strong> conhecimentos<br />

úteis.<br />

Dirigida pelo nosso distincto collega<br />

sr. Júlio Gama, a Gaveta das Al<strong>de</strong>ias caminha<br />

energicamente na realização do<br />

seu trabalho <strong>de</strong> propaganda, tam útil e<br />

tam necessário.<br />

Eis o summário do número que temos<br />

presente:<br />

Transportes agrícolas, Júlio Gama. —<br />

Ampelographia: as melhores castas <strong>de</strong><br />

vi<strong>de</strong>iras, M. Rodrigues <strong>de</strong> Moraes.—Medicina<br />

prática, dr. R. Broquere.—Economia<br />

doméstica, Marietta.—Conselhos <strong>de</strong><br />

veterinária, Osvaldo Eletti. — Consultas,<br />

M. Rodrigues <strong>de</strong> Moraes. — Folhetim:<br />

A formosa-Niverneza, <strong>de</strong> Alphonse Dau<strong>de</strong>t,<br />

trad. Júlio Gama.—Secções e artigos<br />

diversos: A vida agrícola, emprego e escolha<br />

dos adubos, material agrícola, processos<br />

e receitas úteis, publicações, cnrónica<br />

dos acontecimentos.<br />

Educação Macional. — Recebemos<br />

o n.° 7°3 do 2.° anno d'esta revista<br />

<strong>de</strong>' ensino primário e secundário. Vem,<br />

como sempre muito bem collaborada, inserindo<br />

artigos <strong>de</strong> alto valor pedagógico.<br />

Em supplemento publica os estatutos<br />

da Associacão <strong>de</strong> Soccorros Mútuos do<br />

professoraao primário português.<br />

Arte Iilvre.—Iniciou a sua segunda<br />

série esta brilhante revista litterária bracarense.<br />

Adornada com uma lista <strong>de</strong> distinctos<br />

collaboradores, homens <strong>de</strong> lettras <strong>de</strong> reputação<br />

confirmada, está <strong>de</strong>stinada esta<br />

publicação a uma vida brilhante e duradoura.<br />

A doutrina e prática do espiritismo.—Temos<br />

presente o n.° 45<br />

da excellente e baratíssima publicação O<br />

Jornal dos Romances, que insere o primeiro<br />

duma série <strong>de</strong> artigos sobre A doutrina<br />

e a prática da espiritismo, escriptos<br />

num fim vulgarizador e que sam assás interessantes.<br />

Além d'isso continúa a dramática narrativa<br />

Joinninha, a costureira, O romance<br />

dum soldado, que é uma apologia ar<strong>de</strong>nte<br />

do Patriotismo; A cida<strong>de</strong> Aérae, a<br />

interessante novella <strong>de</strong> aventuras em que<br />

se <strong>de</strong>screvem os costumes norte-americanos;<br />

uma cuidada Secção recreativa,<br />

etc.<br />

Recommendâmos aos nossos leitores<br />

êste jornal que, contendo gran<strong>de</strong> porção<br />

<strong>de</strong> leitura, custa sómente 20 réis por semana<br />

e se encontra á venda em todas as<br />

livrarias e kiosques e na sé<strong>de</strong> da Empreza,<br />

rua <strong>de</strong> D. Pedro, 178—Porto,<br />

AO SEXO AMAVEL<br />

Extremamente penhorada, com<br />

a alegria daquêlles que recuperam<br />

uma vida reputada perdida, venho<br />

á imprensa provar com mais esta<br />

<strong>de</strong>claração, a justa fama das pílulas<br />

ferruginosas do dr. Heinzelmann.<br />

Fraca, abatida, durante dois meses<br />

no leito, sentindo fugir dia a<br />

dia minhas poucas forças, soffrendo<br />

tanto que não sabia dar nome<br />

aos vários incómmodos, tive a suprema<br />

felicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tomar as pílulas<br />

ferruginosas, e a ellas, abaixo<br />

<strong>de</strong> Deus, <strong>de</strong>vo a minha salvação.<br />

Para todas as pessoas fracas,<br />

pobres <strong>de</strong> sangue, julgo prestar<br />

serviço, indicando remédio tam efficaz.-—Maria<br />

A. Justina Silveira.<br />

(Firma reconhecida).<br />

Sempre bem acceito pelo estômago,<br />

é or<strong>de</strong>nado constantemente<br />

ás senhoras casadas e ás solteiras,<br />

ás crianças débeis e pállidas e sem<br />

appetite.<br />

Frasco, 600 réis. Em <strong>Coimbra</strong>:<br />

pharmacia Nazareth.<br />

A GIRALDA<br />

Ciran<strong>de</strong> Revista Hespanhola <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senhos para bordar e mais<br />

primores <strong>de</strong> Senhoras<br />

Publica-se quinzenalmente nm número<br />

on sejam 24 ao anno<br />

Preço i $800 réis ao annp; 6 mêses<br />

i$ooo réis.<br />

(PAGAMENTO ADIANTADO)<br />

Nas povoações on<strong>de</strong> temos correspon<strong>de</strong>ntes<br />

levam-se ao domicílio<br />

os números avulsos ao preço,<br />

<strong>de</strong> 100 réis.<br />

Administração: Rua da Bolsa,<br />

12, Sevilha (Hespanha), para on<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ve ser dirigida toda a correspondência.<br />

F. Fernan<strong>de</strong>s Costa<br />

E<br />

ANTÓNIO THOMÉ<br />

ADVOGADOS<br />

Rua do Viscon<strong>de</strong> da Luz, 50<br />

Vinagreiras<br />

Ven<strong>de</strong>m-se duas, cada uma das<br />

quaes leva 40 a 48 almu<strong>de</strong>s, tendo<br />

cada uma mais <strong>de</strong> 6 almu<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

sarra <strong>de</strong> vinagre.<br />

Quem preten<strong>de</strong>r dirija-se a Alípio<br />

Leite.<br />

SANTOS JACOB<br />

MÉDICO<br />

Consultas, das 10 horas da manhã<br />

ás 9 da noite.<br />

Consultório: Rua Ferreira Borges,<br />

3c)—1.° andar.<br />

Residência: Arco d'Almedina, i5.<br />

Compêndio <strong>de</strong> Theologia Moral<br />

Elaborado sob o plano<br />

DO<br />

REVERENDO P. GURY<br />

PELO<br />

Cónego Marculino Pacheco do Amaral<br />

Penitenciário da cathedral <strong>de</strong> Olinda<br />

e Reitor do Seminário<br />

E' uma obra completa, escripta<br />

em três grossos volumes na lingua<br />

portuguêsa. Publicada em 1888,<br />

pô<strong>de</strong> sem auctor enriquecê-la com<br />

a doutrina dos mais mo<strong>de</strong>rnos moralistas<br />

e com a legislação canónica<br />

e civil correlativa, que até então<br />

fôra publicada. Quem a possuir<br />

po<strong>de</strong>rá prescindir <strong>de</strong> outros auctores<br />

moralistas. Seu auctor segue<br />

os gran<strong>de</strong>s mestres <strong>de</strong> Theologia<br />

Moral, S. Affonso, Gury, Scavini<br />

e Del Vecchio.<br />

Preço dos 3 vol. 7^500 réis. Enca<strong>de</strong>rnados<br />

e francos <strong>de</strong> porte.<br />

Ven<strong>de</strong>-se em <strong>Coimbra</strong>, na<br />

Livraria França Amado.<br />

Aos professores primários<br />

Na livraria França Amado, em<br />

<strong>Coimbra</strong>, ven<strong>de</strong>m-se todos os mo<strong>de</strong>los<br />

impressos para uso dp pro»<br />

fessor primário.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!