16.04.2013 Views

310-320 - Universidade de Coimbra

310-320 - Universidade de Coimbra

310-320 - Universidade de Coimbra

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

o<br />

N.° 318 COIMBRA—Quinta feira, 10 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 1898 4." ANNO<br />

Partido republicano<br />

COMÍCIO<br />

A Commis«ã« Executiva do<br />

partido republicano do Porto,<br />

<strong>de</strong>cidiu, <strong>de</strong> accôrdo com a<br />

Commissão Municipal, secundando<br />

o movimento iniciado<br />

pelo Directório, convocar para<br />

domingo, trêxe, um comício<br />

para apreciar a marcba<br />

politica e financeira do governo<br />

e protestar, principalmente,<br />

contra o projecto <strong>de</strong> conversão.<br />

Convida, portanto, por<br />

esta forma, a fazerem-se representar<br />

no referido comício:<br />

A Commissão consultiva.<br />

A Commissão administrativa.<br />

As Commissõcs municipaes.<br />

As Commissõcs parocliiaes.<br />

Os Centros republicanos.<br />

A Imprensa republicana.<br />

O Grupo republicano <strong>de</strong> estudos<br />

sociaes, e todas as aggremiações<br />

<strong>de</strong>mocráticas do<br />

paiz.<br />

Porto, 5 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 1898.<br />

F. X. Est-eves—presi<strong>de</strong>nte<br />

João <strong>de</strong> Meneces—secretario<br />

Manuel Maria Coelho e<br />

Paulo José Falcão—vogaes.<br />

A commissão executiva pe<strong>de</strong><br />

que as respostas ao seu convite<br />

sejam enviadas ao secretario<br />

João <strong>de</strong> Menezes, redacção<br />

da «Voz Publica» Travessa<br />

<strong>de</strong> Passos Manuel.<br />

Instrucção<br />

Depois <strong>de</strong> por tanto tempo<br />

termos combatido • nêste? mesmo<br />

logar as causas humilhantes da<br />

profunda <strong>de</strong>cadência política e<br />

social a que chegámos, mercê<br />

da acção funesta do regimen<br />

odioso que ha tantos annos<br />

subjuga todas as manifestações<br />

da activida<strong>de</strong> nacional, damos<br />

hôje tréguas ao nosso ru<strong>de</strong> e<br />

incessante combate para tratarmos<br />

dum assumpto bem mais<br />

grato e fecundo, porque d'elle<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá, prepon<strong>de</strong>rantemente,<br />

a regeneração do país.<br />

Acaba <strong>de</strong> se encerrar no Porto<br />

um congresso que foi a todos<br />

os respeitos notavelr organizado<br />

e levado a fim pelo professorado<br />

livre <strong>de</strong> instrucção secundária,<br />

congresso que se distinguiu<br />

pela elevação mental e <strong>de</strong>dicação<br />

patriótica com que tratou<br />

das questões mais vitaes da instrucção<br />

portuguêsa. E para<br />

nós é tanto mais grato celebrar<br />

êste congresso, quanto nelle se<br />

affirmou eminente em tam complexos<br />

assumptos da instrucção<br />

secundária o chefe republicano<br />

sr. Bazílio Telles, que, sendo já<br />

reconhecido como homem <strong>de</strong><br />

excepcionaes faculda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> intelligéncia<br />

e <strong>de</strong> estudo, revelou<br />

agora o seu elevado mérito em<br />

matéria <strong>de</strong> pedagogia, que é um<br />

dos ramos da activida<strong>de</strong> nacional<br />

que mais urgentemente precisam<br />

<strong>de</strong> reformas radicaes,<br />

scientíficamente estudadas e racionalmente<br />

comprehendidas.<br />

Sem querermos entrar, por<br />

enquanto, na discussão do seu<br />

projecto <strong>de</strong> reforma da instrucção<br />

secundária, que não pô<strong>de</strong><br />

ser discutido sem primeiramente<br />

se conhecerem bem quaes os<br />

princípios em que o nosso talentoso<br />

correligionário o fundamenta,<br />

mas que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> logo<br />

revela uma orientação mo<strong>de</strong>rna<br />

<strong>de</strong> nacionalisação do ensino,<br />

que é irrecusável nas suas linhas<br />

geraes, Orgulhâmo-nos por<br />

vêr os conceitos que se formaram<br />

sobre a attitu<strong>de</strong> do erudito<br />

republicano, em que é feita justiça,<br />

mesmo pelos nossos adversários<br />

políticos, ao talento incontestado<br />

<strong>de</strong> Bazílio Telles, á<br />

vasta erudição do seu espírito<br />

mo<strong>de</strong>rno e á eloquencia caudalosa,<br />

fluente e dominadora da<br />

sua palavra.<br />

O Primeiro <strong>de</strong> Janeiro, o Diário<br />

<strong>de</strong> Notícias, o Jornal <strong>de</strong> Noticias,<br />

jornaes <strong>de</strong> todas as parcialida<strong>de</strong>s<br />

políticas, sam unânimes<br />

em affirmar que o trabalho<br />

do illustre republicano é notável<br />

sob o ponto <strong>de</strong> vista da,<br />

fórma brilhante como foi tra-.<br />

tado, da eloquência primorósa<br />

e vehemènté com que foi exposto<br />

e dos largos intuitos sociaes<br />

que a elle se ligam. Propôs-se<br />

o nosso eminente correligionário<br />

fazer um estudo fecundo<br />

para a pátria portuguêsa,<br />

na patriótica intenção <strong>de</strong><br />

formar homens úteis ao país,<br />

dando-lhes a orientação scientífica<br />

indispensável a um pôvo<br />

progressivo, que tem <strong>de</strong> viver<br />

no futuro da consciência do<br />

^seu próprio valor, e da activida<strong>de</strong><br />

das suas energias próprias.<br />

Encerrou-se já o congresso,<br />

em que tomou parte tam notável<br />

o prestigioso chefe republicano.<br />

Ha <strong>de</strong> ficar muito do<br />

seu trabalho, <strong>de</strong>sinteressado,<br />

patriótico e honrado, que é já<br />

uma garantia para o país <strong>de</strong><br />

que ha <strong>de</strong> ter em futuro, porventura<br />

não muito distante,<br />

quem saiba congregar exforços<br />

e dirigir activida<strong>de</strong>s no sentido<br />

<strong>de</strong> dar ao pôvo um plano<br />

<strong>de</strong> instrucção profícuo, sensato,<br />

racional e scientifico.<br />

E o partido republicano, e o<br />

país inteiro, ficam <strong>de</strong>vendo ao<br />

sr. Bazílio Telles um dos. mais<br />

assignalados e relevantes serviços,<br />

porque o nosso illustre<br />

correligionário levantou bem<br />

alto, numa assembleia <strong>de</strong> homens<br />

cultos, perante espíritos<br />

<strong>de</strong> larga illustração e perante<br />

todo o país, o prestigio do seu<br />

nome e o valor do seu espírito,<br />

que sam motivos <strong>de</strong> honra e <strong>de</strong><br />

orgulho para o partido, que o<br />

tem á sua frente como um dos<br />

seus chefes mais eminentes.<br />

Comício republicano<br />

É no próximo domingo que <strong>de</strong>finitivamente<br />

terá logar no Porto o<br />

comício <strong>de</strong> protesto contra a conversão,<br />

promovido pela commissão<br />

executiva do partido republicano<br />

d'aquella cida<strong>de</strong>, e que em virtu<strong>de</strong><br />

do mau tempo se não pou<strong>de</strong> realizar<br />

no domingo passado.<br />

José Luciano <strong>de</strong>clarou que não<br />

tinha dado or<strong>de</strong>ns á polícia para<br />

intervir na reunião do centro socialista<br />

lisbonense.<br />

Está fazendo jôgo <strong>de</strong> empurra<br />

com o juiz Veiga.<br />

O que não quer dizer que não<br />

sejam amigoSi<br />

Afflrmação política<br />

Enten<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>ver registar no<br />

nosso jornal as francas <strong>de</strong>clarações<br />

que êste illustre homem público<br />

ez no comício realizado em Lis-<br />

30a no domingo último ácerca da<br />

impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> salvar o país<br />

enquanto subsistam as actuaes condições<br />

políticas. Para <strong>de</strong>sejar seria<br />

que os políticos que teem servido<br />

a monarchia e que no meio da corrupção<br />

em que esta vive téeift conseguido<br />

manter um nome 'impolluto<br />

como o do sr. dr. BeriArdino<br />

Machado, seguissem o mesmo caminho<br />

que elle, atten<strong>de</strong>ndo só aos<br />

interesses superiore's do paft.<br />

Eis as <strong>de</strong>clarações a que nos referimos<br />

e que transcrevemos do<br />

nosso prezado collega cA 'Vanguarda<br />

:<br />

conversão, verberando por vêzes<br />

acremente o procedimento inaudito<br />

dos regimens constitucionaes. Apenas<br />

mostrou uma gran<strong>de</strong> sympathia<br />

pelos actos do ministério Dias<br />

"erreira — o que aliás era <strong>de</strong> prevêr,<br />

pois que nem as féras engo-<br />

"em os seus filhos. ..<br />

Entretanto o pôvo vai, cada vez<br />

em maior número, assignando o<br />

Drotesto contra a conversão, affirmando<br />

a sua attitu<strong>de</strong> contra essa<br />

obra <strong>de</strong> ruína e <strong>de</strong> <strong>de</strong>rrocada.<br />

Notas a lápis<br />

Em Lourenço Marques<br />

Sejamos francos", claros, e <strong>de</strong>cisivos.<br />

Ten<strong>de</strong>s visto como tpdas ás atattenções<br />

se voltam para o exército<br />

quando a pátria periga, ou seja<br />

que a ameace a ruína pelos esban-<br />

1 amentos do regimen, ou seja que<br />

conspirem <strong>de</strong> fóra as causas d'êsse<br />

perigo. Para o exército, como<br />

supremo recurso em lances d'afflicção,<br />

é que a pátria se volta — e<br />

está bem. Porque o exército é salva-guarda<br />

e <strong>de</strong>fensor nato dá or-<br />

Augmenta dia a dia a população<br />

<strong>de</strong>m, da libérda<strong>de</strong> e dos interes-<br />

<strong>de</strong> Lourenço Marques, e primeiro<br />

ses nacionaes.<br />

ue todas a portuguesa. Em 3i <strong>de</strong><br />

3ezembro <strong>de</strong> 1897 havia: 3:6o5 por- Embora fôsse possível a um pôvo<br />

tuguêses, i:633 dos quaes <strong>de</strong> san- manter a sua honra e a sua in<strong>de</strong>-<br />

«Diz que entrou no po<strong>de</strong>r esperançado ;ue europeu (e entre elles 282 inpendência unicamente pela sabedo-<br />

<strong>de</strong> po<strong>de</strong>r realisar os seus projectos goverivíduos do sexo feminino); 663 ria das instituições que se outhornativos;<br />

.quando viu que nada podia fazer súbditos britânicos a maior parte gou e pela sua constante e gradual<br />

<strong>de</strong>mittiu-sé. Saiu <strong>de</strong> lá tão honrado como<br />

entrára. Se alguém po<strong>de</strong> apontar-lhe uma negociantes árabes, e apenas 179 elevação ao nivel das salutares con-<br />

só mancha que seja, ou na sua vida par- <strong>de</strong> sangue europeu; 156 chinêses, quistas da liberda<strong>de</strong> e do progresticular<br />

ou na sua vida pública, êsse al- não sendo nenhum do sexo femiso, é todavia certo que, ainda em<br />

guém que fale ! Não se penitencia por nino; 86 italianos; 73 francêses; 61 face da civilização actual, se não<br />

que não tem <strong>de</strong> que. Julgou possível<br />

a regeneração nacional allemães; 36 hollandêses; e 2 trans- pô<strong>de</strong> prescindir da força armada<br />

com o que estã. Illudiu-se. waalianos, sendo um d'elles cáfre. como meio <strong>de</strong> inspirar respeito a<br />

Mais nada. Hoje reconhece e A população é <strong>de</strong> 2:242 europeus, quem quer que contra êsse pôvo<br />

confessa-o sinceramente, que gi3 asiáticos, 1:747 indígenas, to- conspira, ou a quem quer que o<br />

emquanto subsistam as<br />

actuaes circunstâncias polítital, 4:902.<br />

ameace na sua própria dignida<strong>de</strong> e<br />

em seus mais caros interesses.<br />

cas, a salvação não é possível. Durante o anno <strong>de</strong> 1897 a po-<br />

(Prolongada e calorosa ovação].» pulação portuguêsa europêa au- O exército não é apenas mantegmentou<br />

em 571 pessoas e a innedor da or<strong>de</strong>m pública; o exérciglêsa<br />

<strong>de</strong> 19 sómente. A população to é reivíndicador <strong>de</strong> todo o ultra-<br />

Congresso d'instrucção secundária geral, no <strong>de</strong>curso do referido anno, ge ou injúria feita á nação <strong>de</strong> que<br />

Encerrou-se hontem no Porto o augmentou em 1:213 indivíduos. elle é salva-guarda ,e respeitável<br />

congresso que ali se tem estado<br />

garantia.<br />

Em contrário do que se dizia<br />

reâhsando com o fim <strong>de</strong> protestar ácerca da nossa percentagem na O exército não é apenas conser-<br />

contra a actual lei organicá do en- população <strong>de</strong> Lourenço Marques, vador d'instituições; á sombra d'elle .<br />

sino secundário e apresentar um aciíaníõs satisfactórícr a "que os <strong>de</strong>- <strong>de</strong>vem prosperar as liberda<strong>de</strong>s cí-<br />

plano dé reforma d êsse ramo do feridos números nos dam.<br />

vicas e. çs interesses nacionaes.<br />

ensino.<br />

E toda a vez que as liberda<strong>de</strong>s<br />

As últimas sessões foram con-<br />

e os interesses da nação se enconcorridas<br />

por uma enorme quantitrem<br />

em litígio com as instituições,<br />

O FIM<br />

da<strong>de</strong> <strong>de</strong> pessoas, que alli fôram<br />

cumpre ao exército <strong>de</strong>rimir o plei-<br />

chamadas pela eloquência brilhan- Foi votada na câmara dos <strong>de</strong>to quando o pôvo se manifesta e<br />

te do nòsso prestantíssimo correliputados a approvação do projecto pronuncia.<br />

gionário e notável professor dr. <strong>de</strong> lei em que o governo preten- Não é do regimen o exército,<br />

Basílio Telles, como relator da ter<strong>de</strong> amortalhar o país, tendo sido, mas da nação. Não é do rei, é do<br />

ceira commissão nomeada pelo con- pois, approvado o projecto mais pe- pôvof E, sobre tudo, não se criou<br />

gresso»rigoso<br />

para a integrida<strong>de</strong> da sobe- para <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r facções, mas para<br />

•<br />

rania nacional, apesar da opposi- <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r a pátria <strong>de</strong> quaesquer<br />

Contra a conversão ção violenta manifestada pelo país inimigos, internos ou externos.<br />

inteiro ao projecto da conversão. Julgar alguém que o exército<br />

Não se realizou no domingo pas- Acabou, assim, a- discussão na <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>rá o regimen quando êste<br />

sado o comício republicano, contra câmara dos <strong>de</strong>putados, tendo o sr. se oppônha ao bem-estar da na-<br />

esta perniciosa operação financei- <strong>de</strong>putado Laranjo, o lea<strong>de</strong>r da ção, e fazer-lhe a injúria <strong>de</strong> o supra,<br />

que se projectava fazer na ci- maioria, cumprido honrosamente pôr traidor ao juramento prestado<br />

da<strong>de</strong> do Porto. Deve realizar-se no as funcções do seu cargo. Em se- sobre o altar da pátria.<br />

próximo domingo.<br />

guida a qualquer discurso mais Não. O exército saberá cumprir<br />

Notícias vindas daquella cida<strong>de</strong> violento, o sr. lea<strong>de</strong>r corria im- o seu <strong>de</strong>ver quando a hora chegar<br />

affirmam que, apesar da chuva, o mediatamente ao mais acêso da <strong>de</strong> vingar injúrias.<br />

pôvo affluiu em número consi<strong>de</strong>rá- refréga... pedindo que se <strong>de</strong>sse por Tenhamos nêlle confiança.<br />

vel ao local do comício, mostran- discutido o assumpto!<br />

A confiança no exército é condido-se<br />

assim que não é, nem quer E lá vai continuando na sua honção sine qua non da dignida<strong>de</strong> na-<br />

ser connivente com os traidores rada, nobre e patriótica faina. cional.<br />

dos mais sagrados direitos <strong>de</strong> au- Feita a approvação na câmara Vê<strong>de</strong> a França como lhe sacritonomia<br />

e liberda<strong>de</strong> que á nossa baixa (e bem baixa é ella!), tem fica os fóros <strong>de</strong> nação livre e ge-<br />

pátria assistem. E está por conse- <strong>de</strong> tractar o governo <strong>de</strong> consumnerosa entre todas do mundo. . .<br />

guinte realizado um bello precemar a sua obra, fazendo-a appro- É que a França espera do seu<br />

<strong>de</strong>nte para salientar a imponência var na câmara dos pares.<br />

exército a reivindicação <strong>de</strong> direitos<br />

do comício republicano.<br />

E, em consequência, vai ser prostergados por collossaes affron-<br />

Em Lisbôa, a convite dum gru concedida a fornada. Isto é, a cotas do extrangeiro. Lembra a Al-<br />

po <strong>de</strong> patriotas, realizou-se um corôa, o rei, vai cooperar patrióticasácia e a Lorêna, lembra Sèdan e<br />

mício extra-partidário contra êsse mente na obra <strong>de</strong> maior vilipêndio Paris...<br />

nefando projecto. Discursaram, en- nacional, dando ao governo os A menos que o exército antetre<br />

outros, os srs. dr. Bqpnardino meios constitucionaes <strong>de</strong> levar o pusesse á honra a vilania d'atrai-<br />

Machado, que presidiu á eloquente país á gargalheira dos extrangeiçoar a pátria a que pertence; a me-<br />

manifestação, Augusto Fuschini, ros.nos<br />

que o exército se corrompesse<br />

Gomes da Silva, Faustino da Fon- E o rei bem sabe que forte mo- ao ponto <strong>de</strong> alugar-se ao regimen<br />

seca, etc.<br />

vimento <strong>de</strong> reação lavra por todo para combater o pôvo; a menos —<br />

Era notável a affluencia dos cir- o reino...<br />

impossível! — que o exército porcunstantes,<br />

sendo vivamente ap- E o rei bem conhece que o puntuguês renegasse, louco, as tradiplaudidas<br />

todas as phrases que di donor nacional soffre o mais rú<strong>de</strong> ções gloriosas do seu passado ho-<br />

recta ou indirectamente atacavam golpe que até hôje tem soffrido... mérico; a menos que renegasse a<br />

os vilipendiosos processos do nosso Mas o rei sabe também que a glória <strong>de</strong> ter vencido sempre quan-<br />

actual regimen.<br />

administração extrangeira, se ha do saiu a luctar pela liberda<strong>de</strong> e<br />

Por cima <strong>de</strong> tudo O Correio da <strong>de</strong> ser a ruína económica e finan- justiça, é <strong>de</strong>ver nosso, digo, <strong>de</strong>po-<br />

Noite arrepela-se, mas não quer ceira do país, ha <strong>de</strong> ser também sitar'nêlle confiança para o extrê-<br />

vêr a significativa importância do a garantia mais sólida da lista cimo perigo.<br />

movimento, fá não só contra a convil! Aguardae, aguardae o <strong>de</strong>cisivo<br />

versão da dívida, mas ainda contra<br />

o governo e contra o regimen <strong>de</strong><br />

que, á última hora, nos saiu acir<br />

rado <strong>de</strong>fensor.<br />

#<br />

O sr. Fuschini fez segunda-feira<br />

uma conferência também contra a<br />

Que é o que importa ao rei — a momento, que não obe<strong>de</strong>ce a ca-<br />

lista civil.<br />

prichos, mas que a fatalida<strong>de</strong> mar-<br />

Assim como o que importa á ca como <strong>de</strong>senlace preciso, inadia-<br />

oligarchia monárchica é a monarvel, dêste lento conspirar do Eschia.tado<br />

contra o pôvo; em que não<br />

E o país... Para que lhes ser ha governo que queira ser sincero<br />

virá o país ?!...<br />

[ e patriótico, em que não ha po<strong>de</strong>r

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!