16.04.2013 Views

310-320 - Universidade de Coimbra

310-320 - Universidade de Coimbra

310-320 - Universidade de Coimbra

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Opposição monárchica<br />

Carta <strong>de</strong> Lisboa<br />

— impropérios estultos contra os baixas se não convençam do perigo<br />

discussão, entreter tempo, fazer õbs-<br />

republicanos que, não os imitando, que sobre Portugal impen<strong>de</strong>.<br />

trucionismo, com uma questão d'es-<br />

Procurando abafar os avisos dum<br />

tratam sómente <strong>de</strong> obter a nossa<br />

ta or<strong>de</strong>m que só podia ser posta e<br />

jornal supprimem-no, reduzindo o<br />

Nêste país <strong>de</strong> administração im- regeneração, combatendo <strong>de</strong>sinte-<br />

Summário:—O caso do dia.—<br />

discutida em levantados termos.<br />

jornalista á revoltante alternativa, O que dizem os jornaes sobre a con- E a comédia que se vetíi arras?<br />

moral, e <strong>de</strong> gravíssimas incúrias, em ressados, pela consagração duma <strong>de</strong> se transformar em bajulador ignóversão. — Exige-se que se incluam tando <strong>de</strong>s<strong>de</strong> mêses. O governo<br />

que tudo ou quasi tudo é ridículo I<strong>de</strong>ia, sympáthica e reclamada. bil ou <strong>de</strong> se sujeitar a um convívio mais seis mil contos em ouro na dí- começou por fazer distribuir na<br />

permanente com criminosos <strong>de</strong> offivida.— Títulos particulares como ti"<br />

e affrontoso, merecendo do extran- No <strong>de</strong>smantellado batalhão mo-<br />

cáma-ra um "projecto que tinira por<br />

cio, nos antros do Limoeiro. tulos do thesouro. — Preten<strong>de</strong>-se que<br />

geiro ou o mais significativo <strong>de</strong>snárchico, hoje já tam diminuído pe-<br />

a Allemanha e a França exerçam terminus do praso d*a conversão uma<br />

O jornalista, enten<strong>de</strong>-se o repu- fiscalização sobre Portugal — Os ex- data que já passára quando sé'fez<br />

prêzo, ou a mais infamante repullas vistas civilizadoras da Repúbliblicano; que os outros vivem a pedientes do governo. — Peor futuro a distribuição. Depois, pôsto o<br />

sa, causa dó vêr os governantes sica, agitam-se paixões, saltam os ca- vidairada que lhes firmem o seu que o da GréCia.^A Allemanha op- projecto em or<strong>de</strong>m do dia, apremulando<br />

atrapalhações, e provocanprichos, numa barulheira infernal<br />

servilismo e as suis protecções. pôe se d, conversão. —As fúrias sentou emendas . que nem sequer<br />

oontra a imprensa.—Três julga-<br />

Mas, não ha que vêr: é isto, e<br />

do <strong>de</strong>longas, pelo fútil pretexto <strong>de</strong> <strong>de</strong> doidos <strong>de</strong>spreoccupados. As paimentos<br />

num dia. — Suppressão do fôram lidas. Emendado o ptojectií,<br />

será sempre assim enquanto os « Pais » e suspensão da « Folha do entra em discussão outro, ém con-<br />

um obslrucionismo propositado, feixões sam sempre alimentadas pelos ministros não possuírem a sufi- Povo*.—Outros julgamentos em perdições <strong>de</strong> não ser discutido, por,<br />

to pela opposição monárchica. magnates do partido no po<strong>de</strong>r, e os ciente dignida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sujeitarem á spectiva — O que se preten<strong>de</strong>. — A segundo as <strong>de</strong>clarações officiaes,<br />

Agora, na conversão, como ou- caprichos constituem o motivo da<br />

apreciação do público os actos das liquidação. — Syndicatos extran-<br />

não representar o pensamento dò<br />

geiros com pretensões sobre Lourenço<br />

suas gerências.<br />

trora em todas as propostas <strong>de</strong> fa- opposição.<br />

Marques.—Sem rendimentos das al- respectivo ministro nem o da res-<br />

Aos con<strong>de</strong>mnados, o nosso voto fân<strong>de</strong>gas., sem caminhos <strong>de</strong> ferro e pectiva commissão. Finalmente volta<br />

zenda, que. os clamores vibrantes No parlamento cómico, a modos <strong>de</strong> louvor pela sua incontestável sem colónias. — As dívidas da á scena, d'assalto, sem que nin-<br />

da opinião pública, e a majestosa <strong>de</strong> circo, em que ludó está infecta- energia.<br />

Companhia dos Tabacos. — guém esperasse, o projecto da con-<br />

Quem foi escolhido para resolver o<br />

significação dos comícios republicado por essa immoralida<strong>de</strong> consenversão,<br />

mas logo no dia seguinte a<br />

caso.—Como se <strong>de</strong>monstra para que<br />

serve a arbitragem.<br />

câmara não reúne por falta <strong>de</strong><br />

nos fizeram cair immediatamente no tida, que corrompe e corróe quantos<br />

«O T A B O E N S E »<br />

número.<br />

mais merecido <strong>de</strong>sprêzo, o governo d'ella se approximam, a opposição<br />

11 <strong>de</strong> fevereiro. Muito mais grave, porém, o pri-<br />

progressista vem <strong>de</strong>sculpar-se da monárchica traduz-se em capricho- Na província, como na capital,<br />

meiro informe do Diário da Manhã.<br />

lambem é conhecida a lei das rolhas Interessantes notícias trazem hoje<br />

sua pusillanimida<strong>de</strong> com a opposisos volteios, ensaiados cá fóra, com<br />

Por elle se vê que na conversão<br />

como contendo correctivos applica- os jornaes ácêrca da conversão, a<br />

ção regeneradora, procurando pre- os <strong>de</strong>putados novéis, amestrados em<br />

entram não só os títulos emittidos<br />

veis a quem com energia, e sem disculir-se agora na câmara dos <strong>de</strong>- pelo thesouro português,mas entram<br />

textar qualquer futilida<strong>de</strong> — por alta eschola.<br />

timi<strong>de</strong>z, pugna pela moralida<strong>de</strong> e putados.<br />

ainda como taes, títulos emittidos<br />

menos attendivel que seja, a sua E é d'essa opposição, sem tena- pelo <strong>de</strong>ver cívico; e d'islo resullá- O Diário <strong>de</strong> Noticias, phonógra- por uma casa extrangeira. E a nossa<br />

ram duas querellas ao nosso collega pho do governo, affirma que a dis-<br />

falta <strong>de</strong> zêlo e <strong>de</strong> intelligéncia. cida<strong>de</strong> nem energia, que o governo<br />

dívida, já insupportavel, avoluma-se<br />

O Taboense.<br />

cussão durará muito.<br />

por êsse facto em nada menos <strong>de</strong><br />

E, contudo, é indubitável que os tem mêdo, ou com que ao menos Se o nosso collega se collocasse O Diário da Manhã noticia que seis mil contos.<br />

combates da opposição apenas obe- pretexta a sua imperícia tam digna á mercê dêsses inúteis, que por ahi a casa Baring, <strong>de</strong> Londres, é ap-<br />

Gravíssima a segunda informação,<br />

<strong>de</strong>cem a mesquinhos impulsos—<strong>de</strong> <strong>de</strong> reparo, a sua incúria criminosa fóra alaj<strong>de</strong>am uma in<strong>de</strong>pendência poiada pelo governo inglês na pre-<br />

dè todo o ponto verosímil, por não<br />

qu,è não possuem e uma dignida<strong>de</strong> tensão <strong>de</strong> fazer incluir na conver-<br />

protecção a amigos, ou da se<strong>de</strong> do a sua má fé intolerável, e a sua<br />

ser nova.<br />

<strong>de</strong> que nem vislumbres ao menos são os scrips queemittiuem tempo,<br />

po<strong>de</strong>r, quando não á mais requin- ignorância crassíssima?<br />

Justifica ella, pelo <strong>de</strong>poimento<br />

restam, tem com certeza uma vida correspon<strong>de</strong>ntes a dois terços do<br />

duma folha accentuadamenle contada<br />

hypocrisia em que os filhos Fraco apoio para <strong>de</strong>sculpar iné- regalada, sem dissabores nem que- coupon não pago — scrips cuja emisservadora,<br />

insuspeita por conse-<br />

dos Passos, <strong>de</strong> gravata vermelha, pcias: pois que um governo forte e rellas.são<br />

representa mais seis mil conguinte,<br />

a mais séria preoccupação <strong>de</strong><br />

Assim... sómente lhe resta o tos em ouro.<br />

meetingueiros d'ópera-buffa, se mos- enérgico, com a energia que a mo-<br />

quantos olham a pátria com amôr:<br />

appoio sincéro e merecido das con- Ainda o mesmo jornal affirma<br />

traram verda<strong>de</strong>iramente exímios. ralida<strong>de</strong> confere, e a rectidão altri-<br />

—que as gran<strong>de</strong>s potências se presciências<br />

sãs.<br />

que na Allemanha e em França se<br />

param para fazer <strong>de</strong> Portugal uma<br />

Não é o bem geral da nação, nem bue, não receia cómicos saltos <strong>de</strong><br />

exerce pressão junto dos respecti-<br />

segunda Grécia, tutelada, escravi-<br />

nenhum sentimento, já não quere- espantalhos que só obe<strong>de</strong>cem a cavos<br />

governos para nos ser imposta<br />

zada pelo extrangeiro, convertido<br />

mos <strong>de</strong> patriotismo encendrado, mas prichos insinuados pelos mestres! U m balão colossal<br />

uma fiscalização internacional.<br />

em seu senhor.<br />

O Popular, referindo-se ao facto<br />

O Popular, mostrando a que<br />

ao menos <strong>de</strong> sensatêz mediana, que<br />

Os irmãos Montgolfiers <strong>de</strong>vem do governo só querer mostrar ao<br />

bandalheira d'expedientes chegou o<br />

<strong>de</strong>termina os partidos realistas a<br />

lá no outro mundo achar-se satis- sr. Hintze, em segredo, os docu-<br />

estado português, confirma o perigo<br />

collocarem-se, segundo as occasiões, "0 PAIZ,, EA "FOLHA DO POVO,, feitíssimos com os resultados maramentos relativos á conversão, con-<br />

<strong>de</strong> nos vêrmos reduzidos á mais<br />

vilhosos da sua genial <strong>de</strong>scoberta. clue que o segredo será a corres-<br />

nêste ou naquêlle campo.<br />

miserável situação — sem vonta<strong>de</strong>,<br />

Conta um jornal que numa cida<strong>de</strong> pondência com a Junta do Crédito<br />

sem autonomia, sem po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> nos<br />

Ou querem fazer tirocínio para Sam dois jornaes republicanos, americana se está proce<strong>de</strong>ndo á Público, que mostra ter-se esta op-<br />

governarmos.<br />

pizar <strong>de</strong> fronte erguida, em ares <strong>de</strong><br />

e por isso fôram querellados, por construcção <strong>de</strong> um enorme aerosposto a vários abusos e <strong>de</strong>smandos<br />

A Vanguarda finalmente mostra-<br />

apresentarem ao pôvo a verda<strong>de</strong> putato que <strong>de</strong>ve comportar mais <strong>de</strong> do governo, e ter-lhe participado<br />

quien todo lo manda, as alcatifadas<br />

nos a ameaça, já annunciada, <strong>de</strong><br />

ra e úuica sobre os horrores da nos- 100 pessoas e levá-las todas até á que não fóra acceito em Paris um<br />

salas dos reaes palácios, ou querem<br />

lermos todas as <strong>de</strong>svantagens da<br />

sa administração política.<br />

maior altura que possa ser attingida aviso <strong>de</strong> crédito do governo para<br />

conversão tal como ella se prepara,<br />

armar a uma popularida<strong>de</strong> momen- Republicanos e querellados, equi- por estes comboios aéreos! Na pri- pagamento do coupon <strong>de</strong> janeiro;<br />

sem a vantagem única que ella podia<br />

tânea, a troco das mais pequenas vale a con<strong>de</strong>mnados: a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> meira ascenção projectada <strong>de</strong>sse ba- ou serám os <strong>de</strong>spachos mandando<br />

ter em qualquer circunstância que<br />

imprensa em Portugal consiste nisto. lão, a qual é <strong>de</strong> crêr que risque da ven<strong>de</strong>r títulos <strong>de</strong> 3 % ao <strong>de</strong>sbara-<br />

promessas, dos mais illusórios ju-<br />

se fizesse —a <strong>de</strong> estarem d'accôrdo<br />

E a penas gravíssimas: o editor memória dos homens todas as mais to, ou mandando empenhar as tris-<br />

com o modus vivendi lodos os créramentos.<br />

<strong>de</strong> *0 Paiz» é con<strong>de</strong>mnado a 6 prodigiosas dos mais insignes voates obrigações do caminho <strong>de</strong> ferro.<br />

dôres.<br />

Umas vêzes a bajulação e o ser- mêzes <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>ia, 250$000 réis <strong>de</strong> dores, irám 80 indivíduos acom- E o mesmo jornal refere que ha-<br />

E, pois, bem evi<strong>de</strong>nte que atravilismo<br />

para com o rei, outras ve-<br />

multa, e o jornal a suppressão <strong>de</strong>fipanhados <strong>de</strong> viveres e munições nevemos <strong>de</strong> sentir a sorte da Grécia,<br />

vessámos uma hora <strong>de</strong> tormentosos<br />

nitiva; O sr. Baptista Machado, aucessárias para 365 dias 1!!<br />

senão peor.<br />

zes a hypocrisia e o cynismo com o<br />

perigos.<br />

ctor dos humorísticos Ridículos dia- Se assim fôr...<br />

A Vanguarda noticia que o go-<br />

seu estendal <strong>de</strong> sujeições e <strong>de</strong> vileriamente publicados na Folha do<br />

Jogam-se mais do que nunca a<br />

verno allemão se oppõe tenazmente<br />

zas; e num caso, como noutro, sem- Pôvo, a 20 dias <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>ia, 30$000<br />

honra e a in<strong>de</strong>pendência da nação.<br />

á conversão tal como ella foi propre<br />

o mais <strong>de</strong>senfreado egoismo, o<br />

réis <strong>de</strong> multa e sêllos e custas do<br />

Todavia, que socego, que calmaposta<br />

e que já entrou no ministério<br />

processo; o editor dêste último diá-<br />

«O SÉCULO»<br />

ria por êsse país fóra...<br />

dos negócios extrangeiros um me-<br />

interesse mais especulador.<br />

rio, conjunctamente com o sr. Ma- O supplemento illustrado do morandum sobre o assumpto. Ac-<br />

No bem da pátria, no levantanuel Augusto Pinlo, auctor <strong>de</strong> dois Século continúa vindo cheio <strong>de</strong> crescenta o mesmo jornal que os Enquanto perigos <strong>de</strong> toda a<br />

mento da nossa nacionalida<strong>de</strong>, amor- artigos incriminados, a 6 mêses <strong>de</strong> espírito e <strong>de</strong> verbe, aproveitando-se credores allemães só acceitam a or<strong>de</strong>m nos ameaçam, enquanto se<br />

prisão, 250$000 réis <strong>de</strong> multa, sustecida<br />

pelo indifferentismo, e esma-<br />

com a maior felicida<strong>de</strong> dos aconte- conversão havendo augmento <strong>de</strong> assiste como que ao <strong>de</strong>smoronar<br />

pensão do jornal por 20 dias, e cimentos mais importantes da se- juro.<br />

gada pelo mais asqueroso <strong>de</strong>sprê-<br />

duma nacionalida<strong>de</strong>, o po<strong>de</strong>r, res-<br />

custas e sêllos do processo.<br />

mana, e conseguindo encontrar-lhes Todas estas informações e cada ponsável por essa situação, expan<strong>de</strong><br />

zo, nem sequer se pensa, como se Tudo isto pelo gravíssimo atten- sempre o lado ridículo e pittoresco. uma d'ellas não fazem senão con- ódios, executa vinganças, algema ou<br />

fôsse occupação secundária <strong>de</strong> um tado <strong>de</strong> avisarem o pôvo, fazendo-o O último número apresenta a firmar a tristíssima gravida<strong>de</strong> da procura algemar os que, no cum-<br />

estadista apreciar e julgar o que <strong>de</strong> precaver contra os êrros nefastos página central allusiva aos aconte- situação, em vésperas <strong>de</strong> irremeprimento dum <strong>de</strong>ver, procuram le-<br />

duma gerência <strong>de</strong>sgraçada, que nos cimentos <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, a qual por certo diável.<br />

mais sacrosanto ha para um portuvantar<br />

as consciências, acordar uma<br />

ha <strong>de</strong> arrastar ao abysmo mais pro- fez passar um amargo quarto d'hora A própria nota do Noticias tem pátria adormecida.<br />

guês. E do seu cérebro resequido só fundo <strong>de</strong> miséria e <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação, ao commissário <strong>de</strong> polícia d'esla a sua significação. Por ella se vê É a imprensa republicana em<br />

resaltam quando—que nâo sempre <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o momento em que as classes cida<strong>de</strong>,<br />

que é o governo que quer alongar a cheque.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!