310-320 - Universidade de Coimbra
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Opposição monárchica<br />
Carta <strong>de</strong> Lisboa<br />
— impropérios estultos contra os baixas se não convençam do perigo<br />
discussão, entreter tempo, fazer õbs-<br />
republicanos que, não os imitando, que sobre Portugal impen<strong>de</strong>.<br />
trucionismo, com uma questão d'es-<br />
Procurando abafar os avisos dum<br />
tratam sómente <strong>de</strong> obter a nossa<br />
ta or<strong>de</strong>m que só podia ser posta e<br />
jornal supprimem-no, reduzindo o<br />
Nêste país <strong>de</strong> administração im- regeneração, combatendo <strong>de</strong>sinte-<br />
Summário:—O caso do dia.—<br />
discutida em levantados termos.<br />
jornalista á revoltante alternativa, O que dizem os jornaes sobre a con- E a comédia que se vetíi arras?<br />
moral, e <strong>de</strong> gravíssimas incúrias, em ressados, pela consagração duma <strong>de</strong> se transformar em bajulador ignóversão. — Exige-se que se incluam tando <strong>de</strong>s<strong>de</strong> mêses. O governo<br />
que tudo ou quasi tudo é ridículo I<strong>de</strong>ia, sympáthica e reclamada. bil ou <strong>de</strong> se sujeitar a um convívio mais seis mil contos em ouro na dí- começou por fazer distribuir na<br />
permanente com criminosos <strong>de</strong> offivida.— Títulos particulares como ti"<br />
e affrontoso, merecendo do extran- No <strong>de</strong>smantellado batalhão mo-<br />
cáma-ra um "projecto que tinira por<br />
cio, nos antros do Limoeiro. tulos do thesouro. — Preten<strong>de</strong>-se que<br />
geiro ou o mais significativo <strong>de</strong>snárchico, hoje já tam diminuído pe-<br />
a Allemanha e a França exerçam terminus do praso d*a conversão uma<br />
O jornalista, enten<strong>de</strong>-se o repu- fiscalização sobre Portugal — Os ex- data que já passára quando sé'fez<br />
prêzo, ou a mais infamante repullas vistas civilizadoras da Repúbliblicano; que os outros vivem a pedientes do governo. — Peor futuro a distribuição. Depois, pôsto o<br />
sa, causa dó vêr os governantes sica, agitam-se paixões, saltam os ca- vidairada que lhes firmem o seu que o da GréCia.^A Allemanha op- projecto em or<strong>de</strong>m do dia, apremulando<br />
atrapalhações, e provocanprichos, numa barulheira infernal<br />
servilismo e as suis protecções. pôe se d, conversão. —As fúrias sentou emendas . que nem sequer<br />
oontra a imprensa.—Três julga-<br />
Mas, não ha que vêr: é isto, e<br />
do <strong>de</strong>longas, pelo fútil pretexto <strong>de</strong> <strong>de</strong> doidos <strong>de</strong>spreoccupados. As paimentos<br />
num dia. — Suppressão do fôram lidas. Emendado o ptojectií,<br />
será sempre assim enquanto os « Pais » e suspensão da « Folha do entra em discussão outro, ém con-<br />
um obslrucionismo propositado, feixões sam sempre alimentadas pelos ministros não possuírem a sufi- Povo*.—Outros julgamentos em perdições <strong>de</strong> não ser discutido, por,<br />
to pela opposição monárchica. magnates do partido no po<strong>de</strong>r, e os ciente dignida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sujeitarem á spectiva — O que se preten<strong>de</strong>. — A segundo as <strong>de</strong>clarações officiaes,<br />
Agora, na conversão, como ou- caprichos constituem o motivo da<br />
apreciação do público os actos das liquidação. — Syndicatos extran-<br />
não representar o pensamento dò<br />
geiros com pretensões sobre Lourenço<br />
suas gerências.<br />
trora em todas as propostas <strong>de</strong> fa- opposição.<br />
Marques.—Sem rendimentos das al- respectivo ministro nem o da res-<br />
Aos con<strong>de</strong>mnados, o nosso voto fân<strong>de</strong>gas., sem caminhos <strong>de</strong> ferro e pectiva commissão. Finalmente volta<br />
zenda, que. os clamores vibrantes No parlamento cómico, a modos <strong>de</strong> louvor pela sua incontestável sem colónias. — As dívidas da á scena, d'assalto, sem que nin-<br />
da opinião pública, e a majestosa <strong>de</strong> circo, em que ludó está infecta- energia.<br />
Companhia dos Tabacos. — guém esperasse, o projecto da con-<br />
Quem foi escolhido para resolver o<br />
significação dos comícios republicado por essa immoralida<strong>de</strong> consenversão,<br />
mas logo no dia seguinte a<br />
caso.—Como se <strong>de</strong>monstra para que<br />
serve a arbitragem.<br />
câmara não reúne por falta <strong>de</strong><br />
nos fizeram cair immediatamente no tida, que corrompe e corróe quantos<br />
«O T A B O E N S E »<br />
número.<br />
mais merecido <strong>de</strong>sprêzo, o governo d'ella se approximam, a opposição<br />
11 <strong>de</strong> fevereiro. Muito mais grave, porém, o pri-<br />
progressista vem <strong>de</strong>sculpar-se da monárchica traduz-se em capricho- Na província, como na capital,<br />
meiro informe do Diário da Manhã.<br />
lambem é conhecida a lei das rolhas Interessantes notícias trazem hoje<br />
sua pusillanimida<strong>de</strong> com a opposisos volteios, ensaiados cá fóra, com<br />
Por elle se vê que na conversão<br />
como contendo correctivos applica- os jornaes ácêrca da conversão, a<br />
ção regeneradora, procurando pre- os <strong>de</strong>putados novéis, amestrados em<br />
entram não só os títulos emittidos<br />
veis a quem com energia, e sem disculir-se agora na câmara dos <strong>de</strong>- pelo thesouro português,mas entram<br />
textar qualquer futilida<strong>de</strong> — por alta eschola.<br />
timi<strong>de</strong>z, pugna pela moralida<strong>de</strong> e putados.<br />
ainda como taes, títulos emittidos<br />
menos attendivel que seja, a sua E é d'essa opposição, sem tena- pelo <strong>de</strong>ver cívico; e d'islo resullá- O Diário <strong>de</strong> Noticias, phonógra- por uma casa extrangeira. E a nossa<br />
ram duas querellas ao nosso collega pho do governo, affirma que a dis-<br />
falta <strong>de</strong> zêlo e <strong>de</strong> intelligéncia. cida<strong>de</strong> nem energia, que o governo<br />
dívida, já insupportavel, avoluma-se<br />
O Taboense.<br />
cussão durará muito.<br />
por êsse facto em nada menos <strong>de</strong><br />
E, contudo, é indubitável que os tem mêdo, ou com que ao menos Se o nosso collega se collocasse O Diário da Manhã noticia que seis mil contos.<br />
combates da opposição apenas obe- pretexta a sua imperícia tam digna á mercê dêsses inúteis, que por ahi a casa Baring, <strong>de</strong> Londres, é ap-<br />
Gravíssima a segunda informação,<br />
<strong>de</strong>cem a mesquinhos impulsos—<strong>de</strong> <strong>de</strong> reparo, a sua incúria criminosa fóra alaj<strong>de</strong>am uma in<strong>de</strong>pendência poiada pelo governo inglês na pre-<br />
dè todo o ponto verosímil, por não<br />
qu,è não possuem e uma dignida<strong>de</strong> tensão <strong>de</strong> fazer incluir na conver-<br />
protecção a amigos, ou da se<strong>de</strong> do a sua má fé intolerável, e a sua<br />
ser nova.<br />
<strong>de</strong> que nem vislumbres ao menos são os scrips queemittiuem tempo,<br />
po<strong>de</strong>r, quando não á mais requin- ignorância crassíssima?<br />
Justifica ella, pelo <strong>de</strong>poimento<br />
restam, tem com certeza uma vida correspon<strong>de</strong>ntes a dois terços do<br />
duma folha accentuadamenle contada<br />
hypocrisia em que os filhos Fraco apoio para <strong>de</strong>sculpar iné- regalada, sem dissabores nem que- coupon não pago — scrips cuja emisservadora,<br />
insuspeita por conse-<br />
dos Passos, <strong>de</strong> gravata vermelha, pcias: pois que um governo forte e rellas.são<br />
representa mais seis mil conguinte,<br />
a mais séria preoccupação <strong>de</strong><br />
Assim... sómente lhe resta o tos em ouro.<br />
meetingueiros d'ópera-buffa, se mos- enérgico, com a energia que a mo-<br />
quantos olham a pátria com amôr:<br />
appoio sincéro e merecido das con- Ainda o mesmo jornal affirma<br />
traram verda<strong>de</strong>iramente exímios. ralida<strong>de</strong> confere, e a rectidão altri-<br />
—que as gran<strong>de</strong>s potências se presciências<br />
sãs.<br />
que na Allemanha e em França se<br />
param para fazer <strong>de</strong> Portugal uma<br />
Não é o bem geral da nação, nem bue, não receia cómicos saltos <strong>de</strong><br />
exerce pressão junto dos respecti-<br />
segunda Grécia, tutelada, escravi-<br />
nenhum sentimento, já não quere- espantalhos que só obe<strong>de</strong>cem a cavos<br />
governos para nos ser imposta<br />
zada pelo extrangeiro, convertido<br />
mos <strong>de</strong> patriotismo encendrado, mas prichos insinuados pelos mestres! U m balão colossal<br />
uma fiscalização internacional.<br />
em seu senhor.<br />
O Popular, referindo-se ao facto<br />
O Popular, mostrando a que<br />
ao menos <strong>de</strong> sensatêz mediana, que<br />
Os irmãos Montgolfiers <strong>de</strong>vem do governo só querer mostrar ao<br />
bandalheira d'expedientes chegou o<br />
<strong>de</strong>termina os partidos realistas a<br />
lá no outro mundo achar-se satis- sr. Hintze, em segredo, os docu-<br />
estado português, confirma o perigo<br />
collocarem-se, segundo as occasiões, "0 PAIZ,, EA "FOLHA DO POVO,, feitíssimos com os resultados maramentos relativos á conversão, con-<br />
<strong>de</strong> nos vêrmos reduzidos á mais<br />
vilhosos da sua genial <strong>de</strong>scoberta. clue que o segredo será a corres-<br />
nêste ou naquêlle campo.<br />
miserável situação — sem vonta<strong>de</strong>,<br />
Conta um jornal que numa cida<strong>de</strong> pondência com a Junta do Crédito<br />
sem autonomia, sem po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> nos<br />
Ou querem fazer tirocínio para Sam dois jornaes republicanos, americana se está proce<strong>de</strong>ndo á Público, que mostra ter-se esta op-<br />
governarmos.<br />
pizar <strong>de</strong> fronte erguida, em ares <strong>de</strong><br />
e por isso fôram querellados, por construcção <strong>de</strong> um enorme aerosposto a vários abusos e <strong>de</strong>smandos<br />
A Vanguarda finalmente mostra-<br />
apresentarem ao pôvo a verda<strong>de</strong> putato que <strong>de</strong>ve comportar mais <strong>de</strong> do governo, e ter-lhe participado<br />
quien todo lo manda, as alcatifadas<br />
nos a ameaça, já annunciada, <strong>de</strong><br />
ra e úuica sobre os horrores da nos- 100 pessoas e levá-las todas até á que não fóra acceito em Paris um<br />
salas dos reaes palácios, ou querem<br />
lermos todas as <strong>de</strong>svantagens da<br />
sa administração política.<br />
maior altura que possa ser attingida aviso <strong>de</strong> crédito do governo para<br />
conversão tal como ella se prepara,<br />
armar a uma popularida<strong>de</strong> momen- Republicanos e querellados, equi- por estes comboios aéreos! Na pri- pagamento do coupon <strong>de</strong> janeiro;<br />
sem a vantagem única que ella podia<br />
tânea, a troco das mais pequenas vale a con<strong>de</strong>mnados: a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> meira ascenção projectada <strong>de</strong>sse ba- ou serám os <strong>de</strong>spachos mandando<br />
ter em qualquer circunstância que<br />
imprensa em Portugal consiste nisto. lão, a qual é <strong>de</strong> crêr que risque da ven<strong>de</strong>r títulos <strong>de</strong> 3 % ao <strong>de</strong>sbara-<br />
promessas, dos mais illusórios ju-<br />
se fizesse —a <strong>de</strong> estarem d'accôrdo<br />
E a penas gravíssimas: o editor memória dos homens todas as mais to, ou mandando empenhar as tris-<br />
com o modus vivendi lodos os créramentos.<br />
<strong>de</strong> *0 Paiz» é con<strong>de</strong>mnado a 6 prodigiosas dos mais insignes voates obrigações do caminho <strong>de</strong> ferro.<br />
dôres.<br />
Umas vêzes a bajulação e o ser- mêzes <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>ia, 250$000 réis <strong>de</strong> dores, irám 80 indivíduos acom- E o mesmo jornal refere que ha-<br />
E, pois, bem evi<strong>de</strong>nte que atravilismo<br />
para com o rei, outras ve-<br />
multa, e o jornal a suppressão <strong>de</strong>fipanhados <strong>de</strong> viveres e munições nevemos <strong>de</strong> sentir a sorte da Grécia,<br />
vessámos uma hora <strong>de</strong> tormentosos<br />
nitiva; O sr. Baptista Machado, aucessárias para 365 dias 1!!<br />
senão peor.<br />
zes a hypocrisia e o cynismo com o<br />
perigos.<br />
ctor dos humorísticos Ridículos dia- Se assim fôr...<br />
A Vanguarda noticia que o go-<br />
seu estendal <strong>de</strong> sujeições e <strong>de</strong> vileriamente publicados na Folha do<br />
Jogam-se mais do que nunca a<br />
verno allemão se oppõe tenazmente<br />
zas; e num caso, como noutro, sem- Pôvo, a 20 dias <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>ia, 30$000<br />
honra e a in<strong>de</strong>pendência da nação.<br />
á conversão tal como ella foi propre<br />
o mais <strong>de</strong>senfreado egoismo, o<br />
réis <strong>de</strong> multa e sêllos e custas do<br />
Todavia, que socego, que calmaposta<br />
e que já entrou no ministério<br />
processo; o editor dêste último diá-<br />
«O SÉCULO»<br />
ria por êsse país fóra...<br />
dos negócios extrangeiros um me-<br />
interesse mais especulador.<br />
rio, conjunctamente com o sr. Ma- O supplemento illustrado do morandum sobre o assumpto. Ac-<br />
No bem da pátria, no levantanuel Augusto Pinlo, auctor <strong>de</strong> dois Século continúa vindo cheio <strong>de</strong> crescenta o mesmo jornal que os Enquanto perigos <strong>de</strong> toda a<br />
mento da nossa nacionalida<strong>de</strong>, amor- artigos incriminados, a 6 mêses <strong>de</strong> espírito e <strong>de</strong> verbe, aproveitando-se credores allemães só acceitam a or<strong>de</strong>m nos ameaçam, enquanto se<br />
prisão, 250$000 réis <strong>de</strong> multa, sustecida<br />
pelo indifferentismo, e esma-<br />
com a maior felicida<strong>de</strong> dos aconte- conversão havendo augmento <strong>de</strong> assiste como que ao <strong>de</strong>smoronar<br />
pensão do jornal por 20 dias, e cimentos mais importantes da se- juro.<br />
gada pelo mais asqueroso <strong>de</strong>sprê-<br />
duma nacionalida<strong>de</strong>, o po<strong>de</strong>r, res-<br />
custas e sêllos do processo.<br />
mana, e conseguindo encontrar-lhes Todas estas informações e cada ponsável por essa situação, expan<strong>de</strong><br />
zo, nem sequer se pensa, como se Tudo isto pelo gravíssimo atten- sempre o lado ridículo e pittoresco. uma d'ellas não fazem senão con- ódios, executa vinganças, algema ou<br />
fôsse occupação secundária <strong>de</strong> um tado <strong>de</strong> avisarem o pôvo, fazendo-o O último número apresenta a firmar a tristíssima gravida<strong>de</strong> da procura algemar os que, no cum-<br />
estadista apreciar e julgar o que <strong>de</strong> precaver contra os êrros nefastos página central allusiva aos aconte- situação, em vésperas <strong>de</strong> irremeprimento dum <strong>de</strong>ver, procuram le-<br />
duma gerência <strong>de</strong>sgraçada, que nos cimentos <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, a qual por certo diável.<br />
mais sacrosanto ha para um portuvantar<br />
as consciências, acordar uma<br />
ha <strong>de</strong> arrastar ao abysmo mais pro- fez passar um amargo quarto d'hora A própria nota do Noticias tem pátria adormecida.<br />
guês. E do seu cérebro resequido só fundo <strong>de</strong> miséria e <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação, ao commissário <strong>de</strong> polícia d'esla a sua significação. Por ella se vê É a imprensa republicana em<br />
resaltam quando—que nâo sempre <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o momento em que as classes cida<strong>de</strong>,<br />
que é o governo que quer alongar a cheque.