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310-320 - Universidade de Coimbra

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N.° 311 COIMBRA—Domingo, 13 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 1898 3.° A N N O<br />

Opposição monárchica<br />

Nêste país <strong>de</strong> administração immoral.<br />

e <strong>de</strong> gravíssimas incúrias, em<br />

Banco <strong>de</strong> Portugal. — Retine<br />

ámanhã o conselho geral do Banco <strong>de</strong><br />

Portugal para apreciar o relatório da<br />

commissão syndicante á agência do<br />

mesmo banco nesta cida<strong>de</strong>.<br />

Acto <strong>de</strong> licenceado—Realizarse-ha<br />

na próxima terça feira o acto <strong>de</strong><br />

licenceado do sr. António Olympio<br />

Cagigal, que no anno passado concluiu<br />

dum modo brilhante a sua formatura<br />

em Medicina.<br />

Reitor da <strong>Universida<strong>de</strong></strong>.—<br />

Continúa o boato <strong>de</strong> que será <strong>de</strong>mittido<br />

dêste logar o sr. dr. Costa Simões.<br />

Para esse fim <strong>de</strong>ve ter já partido para<br />

Lisbôa, a conferenciar com o ministro<br />

do reino.<br />

Continúa a dizer-se que será substituído<br />

pelo sr. dr Pereira Dias que <strong>de</strong>ve<br />

tomar conta do logar na próxima quarta<br />

ou quiuta-feira, <strong>de</strong>vendo portanto haver<br />

feriado quinta, sexta e sábbado.<br />

Failecimento.—Na quinta-feira<br />

última falleceu, víctima duma febre<br />

typhoi<strong>de</strong>, o estudante do lyceu, sr. Carlos<br />

Rocha, filho do sr. dr. Augusto Rocha,<br />

lente da faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicioa,<br />

o que verda<strong>de</strong>iramente sentimos.<br />

Foi encarregado da ornamentação da<br />

igreja, bem como da direcção do fu<br />

neral a acreditada casa do sr. João<br />

Rodrigues Braga, successor, d'esta cida<strong>de</strong>,<br />

que se <strong>de</strong>sempenhou habilmente<br />

da missão que lhe foi confiada, mos<br />

trando-nos ainda d'esta vez as magní<br />

ficas aptidões que muitas vezes tem<br />

já manifestado em trabalhos d'esta naturêza.<br />

Liga das associações. — Deixou<br />

<strong>de</strong> fazer parte da commissão da<br />

Liga das associações para a installação<br />

— impropérios estultos contra os<br />

republicanos que, não os imitando,<br />

tratam sómente <strong>de</strong> obter a nossa<br />

regeneração, combatendo <strong>de</strong>sinteressados,<br />

pela consagração duma<br />

[Tiuvvi ..fwmró.t.^i'»" o "o/»lnrníída<br />

grupo.<br />

Os três candidatos ao sexto grupo<br />

já prestáram a primeira das suas provas<br />

oraes.<br />

«Correio <strong>de</strong> Leiria.» — Entrou<br />

no 4.° anno da sua publicação<br />

êste nosso prezado collega <strong>de</strong> Leiria<br />

Muitas felicitações, e muitos anniversários.<br />

Centenário da índia. — Curiosida<strong>de</strong>s.<br />

— Crescem extraordinariamente<br />

as requisições <strong>de</strong> espaço para<br />

a feira franca que em Lisbôa se <strong>de</strong>ve<br />

realizar por occasião do centenário da<br />

lodia. Entre essas ha algumas curiosas<br />

e <strong>de</strong> que por isso mesmo vamos dar<br />

resenha:<br />

Dos srs. João Germano Gonçalves e<br />

Joaquim Eusébio dos Santos, para a<br />

exhibição <strong>de</strong> uma camara óptica, au<br />

tomatica, em que se veràm panoramas,<br />

monumentos, usos e costumes <strong>de</strong> Portugal,<br />

e a cuja construcção estám proce<strong>de</strong>ndo<br />

aquelles senhores segundo um<br />

projecto <strong>de</strong> apparelho <strong>de</strong> sua invenção<br />

o qual tencionam levar à próxima ex<br />

posição <strong>de</strong> Paris.<br />

Do sr. M. Anahory, para a cons<br />

trucção <strong>de</strong> um elephante collossal, em<br />

cujo interior, illuminado a luz eléctrica,<br />

haverá um salão, on<strong>de</strong> se realizaràm<br />

danças orientaes.<br />

De um individuo resi<strong>de</strong>nte na índia<br />

para a concorrência <strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong><br />

40 baila<strong>de</strong>iras parses, resolvendo-se,<br />

àcêrca nesta última, telegraphar ao<br />

sr. governador geral da índia, para<br />

que feche com o proponente o respe<br />

ctivo contracto.<br />

Publicações<br />

Educação Nacional — É excellente<br />

o numero 71 da Educação Nacional, que aca-<br />

baixas se não convençam do perigo<br />

que sobre Portugal impen<strong>de</strong>.<br />

Procurando abafar os avisos dum<br />

jornal supprimem-no, reduzindo o<br />

jornalista á revoltante alternativa,<br />

<strong>de</strong> se transformar em bajulador ignóbil<br />

ou <strong>de</strong> se sujeitar a um convívio<br />

"om^riminosos <strong>de</strong> offi-<br />

Ualla da Europa. — Este excellente<br />

jornal principia com o n.° 27 o segundo se<br />

mestre do 4." anno. A sua redacção continúa<br />

a tornar o jornal cada vez mais attrahenle, e<br />

nêste intuito promette dar quinzenalmente uma<br />

revista <strong>de</strong> modas, com gravuras allusivas ao<br />

texto, escripta por uma senhora que resi<strong>de</strong> em<br />

Paris e conhece o métier como il faut.<br />

E como se fôsse preciso tornar mais attrahenle<br />

a assignatura d'êste jornal a emprêsa<br />

offerece como brin<strong>de</strong> qualquer das obras<br />

abaixo indicadas:<br />

A Ban<strong>de</strong>ira, um magnifico livro <strong>de</strong> SOO páginas,<br />

por Lino <strong>de</strong> Macedo.<br />

Sangue Latino, um volume <strong>de</strong> 300 páginas,<br />

por Fran Paxêco.<br />

Senhor, Nãot poemeto a propósito do centenário,<br />

por Thomaz Ribeiro.<br />

/I princeza <strong>de</strong> Boivão, romance por Alberto<br />

Pimentel.<br />

Um quadro para sala — A primeira Missa<br />

no Brasil — composição <strong>de</strong> Con<strong>de</strong>ixa e Roque<br />

Gameiro.<br />

Câmara Municipal <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong><br />

Resumo das <strong>de</strong>liberações tomadas na<br />

sessão ordinária <strong>de</strong> 3 <strong>de</strong> fevereiro<br />

<strong>de</strong> 1898.<br />

Presidência — Dr. Luiz Pereira da<br />

Costa.<br />

Vereadores presentes: — Arcediago<br />

osé Simões Dias, bacharel José Augusto<br />

Gaspar <strong>de</strong> Mattos, José António<br />

dos Santos, José António Lucas, António<br />

José <strong>de</strong> Moura Basto, e Albano Gomes<br />

Paes, effectivos.<br />

Presente o administrador do concelho.<br />

Approvada a acta da sessão anterior,<br />

arrendou-se em praça a passagem do<br />

rio Mon<strong>de</strong>go ao porto do Ameal, até o<br />

lím do corrente anno.<br />

Tomou conhecimento do failecimento<br />

dum asylado do asylo <strong>de</strong> cegos e aleiados<br />

em Cellas.<br />

Auctorizou a acquisição dum cilindro<br />

para as máchinas das águas.<br />

Mandou abrir concurso para quatro<br />

logares <strong>de</strong> guardas campestres, sendo<br />

Carta <strong>de</strong> Lisboa<br />

Suminãrio:—O caso do dia.—<br />

O que dizem os jornaes sobre a con-<br />

versão. — Exige-se que se incluam<br />

mais seis mil contos em ouro na dívida.—<br />

Títulos particulares como títulos<br />

do thesouro.— Preten<strong>de</strong>-se que<br />

a Allemanha e a Franca exerçam<br />

vAsa IJU .á*».. * .<br />

ção do caminnô Portugal - Os ex-<br />

Coalhadas e Casas Novas Peor futuro<br />

da La<strong>de</strong>ira do Seminário e <strong>de</strong> cTcís<br />

syphões na Azinhaga do Carmo.<br />

Attestou àcêrca do comportamento <strong>de</strong><br />

dois cidadãos.<br />

Despachou requerimentos, auctorizando<br />

a abertura d'inscripções em<br />

jazigos no cemitério municipal; collocação<br />

<strong>de</strong> tiboletas em estabelecimentos<br />

commerciaes; a annullação d'impóstos<br />

directos lançados a um juiz <strong>de</strong> direito<br />

no quadro da magistratura; a abertura<br />

duma serventia particular na estrada<br />

municipal <strong>de</strong> Vil <strong>de</strong> Mattos, impondo-se<br />

condições; a vedação dum prédio na<br />

freguezia <strong>de</strong> S. Silvestre, <strong>de</strong>terminandose<br />

o alinhamento sem occupação <strong>de</strong><br />

terreno público e approvando um alçado<br />

para a construcção duma casa junto à<br />

estação do caminho <strong>de</strong> ferro em <strong>Coimbra</strong>.<br />

Conce<strong>de</strong>u a exoneração pedida por<br />

um bombeiro do corpo <strong>de</strong> bombeiros<br />

municipaes e <strong>de</strong>spachou um requerimento<br />

dum proprietário, que pedia a<br />

construcção dum cano d'exgôto em<br />

uma das ruas da Quinta <strong>de</strong> Santa<br />

Cruz, no sentido <strong>de</strong> não po<strong>de</strong>r por<br />

emquanto ser executada esta obra.<br />

Eschola Central <strong>de</strong> Agricultura<br />

«Moraes Soares»<br />

Faz-se público que na Eschola Central<br />

<strong>de</strong> Agricultura «Moraes Soares»,<br />

no dia 20 do corrente mês pelas 10<br />

horas da manhã, se proce<strong>de</strong>rá à venda,<br />

em hasta pública, <strong>de</strong> 53 choupos e 1<br />

amieira, já marcados para isso nos<br />

camalhões da Vagem Gran<strong>de</strong>, annexos<br />

esta Eschola.<br />

Eschola Central <strong>de</strong> Agricultura «Moraes<br />

Soares», 12 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 1898.<br />

O director,<br />

António Augusto Baptista.<br />

discussão, entreter tempo, fazér obstrucionismo,<br />

com uma questão d'es~<br />

ta or<strong>de</strong>m que só podia ser posta e<br />

discutida em levantados termos.<br />

E a comédia que se vetà arras?<br />

tando <strong>de</strong>s<strong>de</strong> mêses. 0 governo<br />

começou por fazer distribuir na<br />

câmara um^frrojecto que tinira por<br />

terminus do praso da conversão uma<br />

data que já passára quando 86'fez<br />

a distribuição. Depois, pôsto 0<br />

projecto em or<strong>de</strong>m do dia, a^re-<br />

39 —v «mandas que nem sequer<br />

Residência: Afri^»^ 0 mójectò,<br />

Compêndio <strong>de</strong> Theologia Moral<br />

Elaborado sob o plano<br />

DO<br />

REVERENDO P. GTJRY<br />

PELO<br />

CÓNEGO MARCELINO PACHECO DO AHARAL<br />

Penitenciário da cathedral <strong>de</strong> Olinda<br />

e Reitor do Seminário<br />

E' uma obra completa, escripta em<br />

três grossos volumes na língua portuguêsa.<br />

Publicada em 1888, pô<strong>de</strong> seu<br />

auctor enriquecê-la com a doutrina<br />

dos mais mo<strong>de</strong>rnos moralistas e com<br />

a legislação canónica e civil correlativa,<br />

que até então fôra publicada.<br />

Quem a possuir po<strong>de</strong>rá prescindir <strong>de</strong><br />

outros auctores moralistas. Seu auctor<br />

segue os gran<strong>de</strong>s mestres <strong>de</strong> Theohgia<br />

Moral, S. Affonso, Gury, Scavini<br />

e Del Vecchio.<br />

Preço dos 3 vol. 7(5500 réis. Enca<strong>de</strong>rnados<br />

e francos <strong>de</strong> porte. Ven<strong>de</strong>-se<br />

em <strong>Coimbra</strong>, na<br />

Livraria França, Amado.<br />

F. Fernan<strong>de</strong>s Gosta<br />

E<br />

ANTÓNIO THOMÉ<br />

ADVOGADOS<br />

Rua do Viscon<strong>de</strong> da Luz, 50<br />

5<br />

Folhetim da RESISTENCIA o verão se vai já mudando em inver- tua mêsa, partir o teu pão, beber o assassinado, para as Hebridas. Lá, no que <strong>de</strong>ixava o asylo <strong>de</strong> um claustro,<br />

no tempestuoso.»<br />

teu vinho, e executar <strong>de</strong>pois o que me vigor da mocida<strong>de</strong>, e se<strong>de</strong>nto <strong>de</strong> vin- on<strong>de</strong> se acolhera, e ia partir para a<br />

«0 cavalleiro parte, atalhou Branca foi or<strong>de</strong>nado. Tira a máscara, irmão gança. jurei o mysterioso pacto do dia ilha <strong>de</strong> Mull, man<strong>de</strong>i pedir ao grão-<br />

afllicta, ou porque eu o offendi, ou por- Perrail, perjuro mestre do templo; que <strong>de</strong> S. João. Bem como o sangue do Bamestre me absolvesse do meu juraque<br />

lhe ê incómmoda a nossa habita- o mesmo farei eu ! 0 toque, senha e ptista ás mãos d'Hero<strong>de</strong>s serviu <strong>de</strong> in mento, restituindo-lhe o distinctivo do<br />

0 MESTRE ASSASSINADO ção »<br />

palavra te <strong>de</strong>ram a conhecer: sabe, <strong>de</strong>structivel fundamento ao christianis- meu grau, e dando-lhe uma noticia<br />

Gilberto cravou os olhos em Guido pois, também o meu nome: eu me chamo, assim o nosso <strong>de</strong>via servir para circunstanciada da minha viagem. Tudo<br />

por alguns instantes, com aspecto carmo Guido <strong>de</strong> Monforte: sou sobrinho <strong>de</strong> amassar o cimento do novo templo le- isto recebeu Aumont; porém não me<br />

CHRÔNICA DOS TEMPLÁRIOS regado, mas tranquillo. «Estimado se- Aumont, grão-mestre da or<strong>de</strong>m dos vantado sobre as ruínas do <strong>de</strong> Salo- respon<strong>de</strong>u coisa alguma.<br />

13SO<br />

nhor, disse por fim ao mancebo, que templários, cujo diminuto número, salmão, on<strong>de</strong> a or<strong>de</strong>m dos templários ti- «Eis, em summa, qual foi o meu cri-<br />

estava diante d'elle como um criminovo do ferro <strong>de</strong> assassinos, jurou elevera seu berço.<br />

me; nem me envergonho <strong>de</strong> o confesso<br />

colhido ás mãos: — não me fareis var outra vez o templo <strong>de</strong> Salomão, «Mas passaram os annos, e todas as sar. Leve, por certo, é elle aos olhos<br />

III<br />

esta affronta na presença dos meus vi apesar <strong>de</strong> todos os monstros do infer- nossas tentativas saíram baldadas. O <strong>de</strong> Deus, posto que humanas leis o fa-<br />

zinhos; nem saireis d'esta casa sem no. A<strong>de</strong>pto, e companheiro dos obrei- rei e o papa, seguindo o trilho dos çam digno <strong>de</strong> morte. Em coisa nenhu-<br />

«I<strong>de</strong> senhor, com Deus: ninguém me <strong>de</strong>scobrir<strong>de</strong>s a que viestes a ella ros do templo, mandou-me a socieda- nossos <strong>de</strong>struidores, e ricos com os ma importante <strong>de</strong>linqui contra a or<strong>de</strong>m;<br />

vo-lo impediráI— Mas o meu homem... Sxcellente peixe temos para jantar; e <strong>de</strong> que viesse procurar-te, mestre atrai- nossos <strong>de</strong>spojos, nunca mais quizeram porque nenhum vivente soube da mi-<br />

o pobre GilbertoI... Partir, sem lhe cozinhado pela minha Branca será <strong>de</strong>çoado <strong>de</strong> tam nobre e livre officio. — revogar o bando contra nós lançado: nha bôcca a sua situação, estatutos,<br />

dizer a<strong>de</strong>us I sem que vos possa en licioso Ao menos jantareis comnosco.» Adivinhas já qual seja a minha mis pôvo não se doeu das <strong>de</strong>sventuras toques, ou signaes: até minha mulher<br />

contrarl<br />

Ditas estas palavras, <strong>de</strong>spejou o pei- são?»<br />

da or<strong>de</strong>m, que se tinha tornado odio- tudo ignora. Já vês, sobrinho <strong>de</strong> Au-<br />

«É o espectáculo d'êsse encontro, xe em um alguidar <strong>de</strong> água, e tratou «Matar-me: respon<strong>de</strong>u Perrail transa<br />

pelas rapinas e violências, que em mont, qual é meu <strong>de</strong>lido: não fujo á<br />

que eu quero poupar a teus olhos! re- <strong>de</strong> ajudar Branca a prepará-lo. Mas quillamente: não ignoro qual é entre<br />

tempos <strong>de</strong> prosperida<strong>de</strong> commettiam punição. Minha mulher ficará viuva,<br />

plicou Guido, com ura modo <strong>de</strong> quem nêste momento occorreu a Guido uma<br />

seus cavalleiros, e <strong>de</strong>sprezível pela meu filho orphão <strong>de</strong> pae; mas eu não<br />

nós o castigo <strong>de</strong> perjuro.»<br />

<strong>de</strong>lirava. Desventurada mulher 1—Es- nobre resolução. Apertando rápidamen-<br />

fraquêza que elles mostravam na <strong>de</strong>s- compro caro com o meu sangue cinco<br />

«Não o ignoras; e atreveste-te a<br />

se instante cortaria para sempre o fio te a mão a Gilberto: «Dae-me uma pagraça.<br />

Das Hébridas foi eu mandado annos <strong>de</strong> felicida<strong>de</strong> — os únicos que<br />

a commetter o crime ?<br />

da tua felicida<strong>de</strong>!»<br />

lavra, lhe disse agitado; dae-m'a im-<br />

pelo grão-mestre a sondar a opinião posso dizer taes em toda a minha <strong>de</strong>s-<br />

«Mancebo: atalhou Perrail com as-<br />

Dizendo isto, apertou-lbe a mão, e mediatamente ; cumpre que ninguém<br />

pública a nosso respeito. 0 resultado graçada vida.»<br />

perêza: prohibe primeiro ao coração<br />

foi para sair.<br />

nos ouçal—Estou prompto :»—respon-<br />

da minha missão foi a perda <strong>de</strong> toda «Abalaste-me o ânimo: disse emfim<br />

os sentimentos, que Deus nelle ha plan-<br />

Pàllido e aterrado voltou atraz... <strong>de</strong>u soccegadamente Gilberto, e fazen-<br />

a esperança e consolação; foi também Guido, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> largo meditar. Sei o<br />

Gilberto estava em pé no limiar da do um signal a Branca para que se<br />

tado.»<br />

nessa occasião que o amor <strong>de</strong> Branca, que pô<strong>de</strong> o amor, e o aferro à pátria:<br />

porta.<br />

<strong>de</strong>ixasse licar, guiou o seu hóspe<strong>de</strong> «E o teu juramento?»<br />

e da terra natal mudou o <strong>de</strong>stino da porém no teu discurso nada disseste<br />

para uma alpendrada que dava sobre «Escuta-me, antes <strong>de</strong> me cravares o<br />

minha vida. Via anniquillada a or<strong>de</strong>m, àcêrca <strong>de</strong> um obiecto, por cujo motivo<br />

IV<br />

o jardim contíguo, e d'on<strong>de</strong> se via, a punhal no ptito. A tua alma é genero-<br />

e o meu débil braço não a podia sal- ha contra ti violentas suspeitas. 0 sa-<br />

pouca distância, um edifício arruinado. sa! e eu quizera que, cumprindo o teu<br />

var. Insoffrivel me era a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> ir cerdote referiu a meu tio todas as cir-<br />

fenecer sobre um penhasco do mar do<br />

«Assim vos i<strong>de</strong>s embora ?» pergun «Aqui ninguém nos ouve: disse Gil- horrível mandado, em vez <strong>de</strong> amaldicunstâncias,<br />

que mencionaste agora;<br />

norte, longe da pátria, on<strong>de</strong> ainda po-<br />

tou Gilberto, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> um breve silên berto ao.seu companheiro, cujo aspeçoares a tua víctima, te compa<strong>de</strong>ces-<br />

mas accusou-te <strong>de</strong> teres roubado a ordia<br />

ser cidadão útil, pae e esposo fe-<br />

cio, e com o parecer <strong>de</strong>mudado.—Aon cto se tinha tornado triste e carregases d'ella. Expulso da pátria pelo <strong>de</strong>s<strong>de</strong>m.liz.<br />

<strong>de</strong> quereis ir, meu honrado hóspe<strong>de</strong> ? do; po<strong>de</strong>is fallar sem receio » potismo dos tyrannos, arrastando uma<br />

Não é isso <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong>.—Frio o vento «Fá-lo-bei, atalhou Guido com voz vida miserável, <strong>de</strong>i á vela com Aumont, aResolvkne a Isso e casei cnm Bran-<br />

(CvtiUnÚa),<br />

•opra da banda do mar; e parece que trémula; porque não ouso sentar-me á successor <strong>de</strong> Morlay, do grlo mestre ca. Por um velho sacerdote templário,

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