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NT - Crimes de tortura - 24 09 09 - Câmara dos Deputados

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CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ COM REDAÇÃO FINAL<br />

Nome: Conjunta - Direitos Humanos / Legislação Participativa<br />

Número: 1599/<strong>09</strong> Data: <strong>24</strong>/<strong>09</strong>/20<strong>09</strong><br />

Está nas mãos do Supremo dizer se a sinalização é para a não repetição ou<br />

se nós vamos eternamente ficar sob o jugo da possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> novos rompantes<br />

autoritários.<br />

Por fim, eu quero dizer que a Comissão lançou a primeira edição brasileira <strong>de</strong><br />

uma revista em língua portuguesa. Países do mundo inteiro têm publicações <strong>de</strong>ssa<br />

matéria. Nós lançamos agora no dia 30, por comemoração <strong>dos</strong> 30 anos da luta do<br />

povo brasileiro pela anistia, no Rio <strong>de</strong> Janeiro, on<strong>de</strong> a Comissão <strong>de</strong> Anistia prestou<br />

uma gran<strong>de</strong> homenagem aos presos políticos e àqueles que fizeram greve <strong>de</strong> fome<br />

para aprovação da lei <strong>de</strong> 1979, aqueles que colocaram as suas próprias vidas em<br />

risco para que nós voltássemos a ter a <strong>de</strong>mocracia que nós temos hoje.<br />

Lá foram lança<strong>dos</strong> 2 gran<strong>de</strong>s importantes projetos. O primeiro é a construção<br />

<strong>de</strong> um memorial da anistia política. Será em Belo Horizonte e abrigará todo o acervo<br />

da Comissão <strong>de</strong> Anistia. Nós vamos digitalizar todo esse acervo, vamos<br />

disponibilizar to<strong>dos</strong> esses arquivos para toda a socieda<strong>de</strong>, num portal da Internet.<br />

Vamos cuidar muito bem <strong>de</strong>sse acervo, porque ele é o <strong>de</strong>nunciador <strong>de</strong> que nós não<br />

queremos que aquele regime volte mais.<br />

Em segundo lugar, a criação da revista Anistia Política e Justiça <strong>de</strong> Transição,<br />

para <strong>de</strong>bater processos <strong>de</strong> transição política e processos <strong>de</strong> transição <strong>de</strong>mocrática.<br />

Aqui, inclusive, existe um documento e um parecer. São 2 documentos. Existe um<br />

<strong>dos</strong>siê que explica o que é Justiça <strong>de</strong> transição, um conceito muito pouco trabalhado<br />

e que precisa ser disseminado política e juridicamente, que é a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> que, a partir<br />

do legado <strong>de</strong> violência, nós temos que respeitar o direito à memória, o direito à<br />

verda<strong>de</strong>, o direito à Justiça e reformar aquelas instituições que no passado serviram<br />

para reprimir e vocacioná-las para o respeito aos direitos humanos, em especial as<br />

instituições <strong>de</strong> segurança pública. E é o que tem ocorrido em to<strong>dos</strong> os países do<br />

mundo.<br />

Esse conceito <strong>de</strong> Justiça <strong>de</strong> transição, ao ser disseminado — e aqui a revista<br />

traz isto —, também reverbera uma <strong>de</strong>claração do próprio Conselho <strong>de</strong> Segurança<br />

da ONU, que indica a necessida<strong>de</strong> e a obrigação <strong>dos</strong> países <strong>de</strong> apurar a verda<strong>de</strong> e<br />

responsabilizar os agentes violadores <strong>dos</strong> direitos humanos, <strong>de</strong> reformar suas<br />

instituições e permitir o direito à memória.<br />

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