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NT - Crimes de tortura - 24 09 09 - Câmara dos Deputados

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CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ COM REDAÇÃO FINAL<br />

Nome: Conjunta - Direitos Humanos / Legislação Participativa<br />

Número: 1599/<strong>09</strong> Data: <strong>24</strong>/<strong>09</strong>/20<strong>09</strong><br />

Ao Dr. Comparato também todo o meu respeito pela sua história e pela sua<br />

luta no dia a dia, que sempre será um espelho para que to<strong>dos</strong> vejam a imagem <strong>de</strong><br />

sua coragem e <strong>de</strong> persistência.<br />

E o Dr. Paulo Abrão, então, coroa a luta pela qual to<strong>dos</strong> temos lutado durante<br />

toda a nossa vida, uns já há muito tempo, outros se incorporando agora, mas to<strong>dos</strong><br />

cerrando fileiras em torno <strong>de</strong>ssa luta. E aqui está um jovem dando uma<br />

<strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> que a ida<strong>de</strong> se afirma à medida que fortalecemos valores,<br />

formamos consciência e tomamos atitu<strong>de</strong>s através <strong>de</strong> ações.<br />

Então, quero me congratular com os promotores <strong>de</strong>ste evento, porque ele<br />

traz, como aqui já foi dito, um tema que muitos buscam colocar no esquecimento,<br />

alegando que direitos humanos é questão <strong>de</strong> proteção ao crime e a arbitrarieda<strong>de</strong>s.<br />

Na verda<strong>de</strong>, tentamos resgatar, por meio da história, o que há <strong>de</strong> mais sublime: a<br />

dignida<strong>de</strong> da vida e do ser humano, a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> opinião, <strong>de</strong> que não po<strong>de</strong>mos,<br />

sob hipótese alguma, abrir mão.<br />

Sofri muitas vezes, até mesmo como professora, quando queria, por meio das<br />

nossas aulas, resgatar o verda<strong>de</strong>iro conteúdo da história <strong>de</strong>ste País, relatando o que<br />

foi feito com os negros, com os índios e com as mulheres (palmas) em to<strong>dos</strong> os<br />

momentos, não apenas nos porões da ditadura ou <strong>dos</strong> navios negreiros, mas na luta<br />

pela conquista da terra, da liberda<strong>de</strong>, da casa, da moradia e do direito <strong>de</strong> falar e <strong>de</strong><br />

participar da política.<br />

Muitas vezes, fui tachada <strong>de</strong> retrógrada, <strong>de</strong> alguém que não tinha visão<br />

mo<strong>de</strong>rna e que buscava culpa<strong>dos</strong>. No meu coração, porém — e, tenho certeza, que<br />

no <strong>dos</strong> senhores e das senhoras também —, não há lugar para mágoas ou para<br />

ressentimentos. Ele tem lugar para a liberda<strong>de</strong>, para a justiça e para o<br />

reconhecimento daqueles e daquelas que, muitas vezes no anonimato e, em outras,<br />

nos espaços <strong>de</strong> maior <strong>de</strong>cisão e nos momentos <strong>de</strong> confronto, não se calaram diante<br />

do po<strong>de</strong>r e <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ram o direito <strong>de</strong> pensar diferente. É isso que fortalece a vida e a<br />

<strong>de</strong>mocracia.<br />

A anistia não é perdão para alguns, ou para to<strong>dos</strong>, como alguns dizem.<br />

Tortura não é direito <strong>dos</strong> que estão no po<strong>de</strong>r. O combate à <strong>tortura</strong> <strong>de</strong>ve ser<br />

permanente, é tema que precisa ser fortalecido, porque precisamos estar sempre<br />

cuidando para evitar retrocesso.<br />

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