O desenvolvimento, na primeira metade do século XX, da ... - Unesp
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(1948) e Carlos Gomes. No dizer de Mário de Andrade, História <strong>da</strong> Música Brasileira se tor<strong>na</strong>ra<br />
“... o livro base que nos faltava, ponto indispensável de parti<strong>da</strong> para os estu<strong>do</strong>s e ensaios de<br />
caráter monográfico, que agora tem onde se estribar” (ANDRADE, 1963:354).<br />
Como grande parte <strong>do</strong>s homens de letras de sua época, foi advoga<strong>do</strong> e jor<strong>na</strong>lista,<br />
colaboran<strong>do</strong> em diversos jor<strong>na</strong>is e revistas como o “Merca<strong>do</strong>r Mercantil” e “América Brasileira”,<br />
<strong>da</strong> qual foi re<strong>da</strong>tor-chefe (ENCICLOPEDIA, 1998:18).<br />
Em 1926, ano <strong>da</strong> publicação de sua História <strong>da</strong> música brasileira, Almei<strong>da</strong> foi nomea<strong>do</strong><br />
diretor <strong>do</strong> Lycèe Français <strong>do</strong> Rio de Janeiro, e desempenhou ali ativi<strong>da</strong>des administrativas e<br />
pe<strong>da</strong>gógicas. Posteriormente, ingressou no Ministério <strong>da</strong>s Relações Exteriores, onde por vários<br />
anos chefiou o serviço de informações e o serviço de <strong>do</strong>cumentação <strong>do</strong> Itamaraty<br />
(ENCICLOPEDIA, 1998:18).<br />
Re<strong>na</strong>to Almei<strong>da</strong> dedicou grande parte de suas pesquisas ao folclore. Entre 1948 e 1951,<br />
por exemplo, promoveu “Sema<strong>na</strong>s <strong>do</strong> Folclore” e o “I Congresso Brasileiro <strong>do</strong> Folclore”. Por sua<br />
sugestão foi cria<strong>da</strong>, em 1947, a “Comissão Nacio<strong>na</strong>l de Folclore”. Segun<strong>do</strong> o próprio autor, o<br />
modernismo levou-lhe à música brasileira, e esta, ao folclore.<br />
2.4.4 João <strong>da</strong> Cunha Caldeira Filho<br />
Grande parte <strong>da</strong>s contribuições de Caldeira Filho em periódicos e em livros refere-se à<br />
análise, interpretação e apreciação musical, e especialmente, <strong>da</strong> música contemporânea. A partir<br />
de 1932 inicia sua carreira de crítico musical no Correio de São Paulo, publican<strong>do</strong> críticas neste<br />
periódico até 1937. Escreveu também em periódicos como a Folha <strong>da</strong> Noite, entre 1933 e 1935,<br />
O Esta<strong>do</strong> de São Paulo entre 1935 e 1981, e Anhembi, entre 1951 e 1962 (GIOS, 1989:118).<br />
Ao contrário <strong>da</strong> grande maioria <strong>do</strong>s historiógrafos de seu tempo, Caldeira Filho possuía<br />
ampla formação musical, ten<strong>do</strong> completa<strong>do</strong> o curso de piano <strong>do</strong> Conservatório Dramático e<br />
Musical de São Paulo, em 1924, onde teve como professor de história <strong>da</strong> música e estética Mário<br />
de Andrade, e Savino de Benedictis, harmonia. Em 1927 viajou a Paris para, <strong>na</strong> Sorbonne, tomar<br />
aulas de história <strong>da</strong> música com André Pirro e música antiga com Wan<strong>da</strong> Lan<strong>do</strong>wska<br />
(ENCICLOPÉDIA,1998).<br />
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