1 INTRODUÇÃO - Repositórios Digitais da UFSC
1 INTRODUÇÃO - Repositórios Digitais da UFSC
1 INTRODUÇÃO - Repositórios Digitais da UFSC
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
elaciona<strong>da</strong>s, pois através dos atos de buscar a informação e de se informar o sujeito adquire<br />
uma visão mais politiza<strong>da</strong> de sua reali<strong>da</strong>de, pois, pode criar a capaci<strong>da</strong>de de discernir sobre o<br />
que é necessário para a melhoria <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong> <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de, podendo, então, participar<br />
mais ativamente <strong>da</strong> administração pública, por meio <strong>da</strong> escolha de seus representantes ou<br />
dirigentes, ou ain<strong>da</strong> sob a forma de reivindicação. Porém, a literatura li<strong>da</strong> para esta pesquisa<br />
aponta que tão importante quanto o acesso à informação, seu uso e assimilação, é o<br />
conhecimento 4 que ela vai gerar, e, principalmente os efeitos concretos, ou seja, as mu<strong>da</strong>nças,<br />
as transformações que este conhecimento vai proporcionar ao sujeito. Assim, mais que<br />
investigar o acesso que estes sujeitos têm à informação, torna-se necessário conhecer as<br />
intervenções através <strong>da</strong>s quais o contato se dá. Neste contexto, julgou-se importante conhecer,<br />
em especial, a atuação dos agentes escolares dos quais se destacou como sujeito de estudo o<br />
bibliotecário.<br />
A partir <strong>da</strong>s responsabili<strong>da</strong>des deste agente, que desenvolve suas ativi<strong>da</strong>des<br />
trabalhando com informação, elemento já citado anteriormente como capaz de proporcionar<br />
autonomia crítica, coloca-se a necessi<strong>da</strong>de de conhecer a representação que ele tem <strong>da</strong> sua<br />
participação no processo de despertar do senso crítico do aluno. O senso crítico aqui é<br />
abor<strong>da</strong>do como a capaci<strong>da</strong>de que o sujeito desenvolve/adquire de conhecer, entender e criticar<br />
ou julgar as coisas do mundo, e, a partir disto, fazer suas próprias escolhas e que na concepção<br />
de Carraher (1983, p. xviii) “depende de um certo amadurecimento e formalização do<br />
pensamento [...] e refere-se a habili<strong>da</strong>des desenvolvi<strong>da</strong>s através <strong>da</strong> leitura, reflexão e <strong>da</strong><br />
própria prática”.<br />
O elemento central dos questionamentos acima apresentados é, portanto, a informação<br />
e a conscientização que os sujeitos podem formar a partir não só do acesso à informação, mas<br />
também a partir <strong>da</strong> abstração e do conhecimento desenvolvido por tal informação.<br />
4 O conceito de conhecimento adotado será o <strong>da</strong>do por Barreto para quem: “ ...conhecimento é uma alteração<br />
provoca<strong>da</strong> no estado cognitivo do indivíduo(...) é um processo, um fluxo de informação que se potencializa.”<br />
(BARRETO, 1999, p. 169).<br />
15