1 INTRODUÇÃO - Repositórios Digitais da UFSC
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A biblioteca, como instituição produtora de informação, tem contribuído na evolução<br />
<strong>da</strong> indústria <strong>da</strong> tecnologia cultural que produz, além de texto impresso, filmes, vídeos, cd’s, e<br />
vem abrindo espaço para outras possibili<strong>da</strong>des de conhecimento. Essa mu<strong>da</strong>nça de perspectiva<br />
de uma biblioteca meramente guardiã para uma biblioteca difusora ocorreu também pela<br />
exigência <strong>da</strong> própria socie<strong>da</strong>de que, hoje, compreende a democracia não apenas reduzi<strong>da</strong> ao<br />
âmbito político, mas também no que condiz à sua participação em questões de<br />
desenvolvimento social e econômico.<br />
Mesmo com esta evolução, a biblioteca ain<strong>da</strong> mantém um forte caráter técnico,<br />
privilegiando os aspectos mecânicos <strong>da</strong> produção de informação e a adoção <strong>da</strong>s novas<br />
tecnologias – como bases de <strong>da</strong>dos, programas de comutação bibliográfica informatizados e<br />
conectados à Internet, catálogos eletrônicos e softwares especializados que suportam as<br />
rotinas técnicas <strong>da</strong> biblioteca, como a catalogação -, “restringindo o seu relacionamento com a<br />
reali<strong>da</strong>de social, política e econômica, pautado pela consciência de que a informação , como<br />
bem social, pode concorrer para a melhoria de povos e nações” TARGINO (1991, p. 151).<br />
Necessário se faz então, que os profissionais que atuam nesta instituição tenham uma visão<br />
mais social, utilizando-se de técnicas e tecnologias como instrumentos para obtenção deste<br />
objetivo maior que é utilizar a biblioteca e a informação de seus documentos e seus conteúdos<br />
– seu produto principal – como fonte para a ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia, como declara, por exemplo, o<br />
Manifesto <strong>da</strong> UNESCO sobre bibliotecas escolares ao registrar como uma <strong>da</strong>s missões deste<br />
setor o ato de “nutrir” o processo educacional.<br />
No entanto, é sabido que na reali<strong>da</strong>de brasileira as bibliotecas escolares, na maioria <strong>da</strong>s<br />
vezes, não passam de salas (mal) a<strong>da</strong>pta<strong>da</strong>s que simplesmente abrigam um pequeno acervo em<br />
péssimas condições de conservação e uso e que não atendem às necessi<strong>da</strong>des de informação<br />
dos alunos. De que forma então, este espaço pode “nutrir” o processo educacional, visando a<br />
formação de sujeitos conscientes?<br />
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