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1 INTRODUÇÃO - Repositórios Digitais da UFSC

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entendimento <strong>da</strong> reali<strong>da</strong>de social de uma <strong>da</strong><strong>da</strong> categoria. Sob este mesmo enfoque, Durkheim<br />

foi quem primeiro conceituou as Representações Sociais, porém utilizando-se do termo<br />

Representações Coletivas. Para ele estas representações são “um grupo de fenômenos reais,<br />

dotados de priori<strong>da</strong>des específicas e que se comportam também de forma específica.”<br />

(MINAYO, 2000., p. 90)<br />

Passaremos a discorrer sucintamente sobre os estudos de Durkheim, uma vez que este<br />

foi o primeiro teórico a se dedicar aos conceitos <strong>da</strong>s relações de comunicação particulares de<br />

grupos sociais. Para tanto, ele não compartilhava de estudos que tomavam os hábitos dos<br />

indivíduos como uma ação tão somente mental, orgânica, mas sim, defendia que o que<br />

direciona o indivíduo “não são as poucas idéias que ocupam nossa atenção; são, isto sim, os<br />

resíduos deixados por nossa vi<strong>da</strong> anterior, são os hábitos contraídos, os preconceitos, as<br />

tendências que nos movem sem que disso nos apercebamos.” (DURKHEIM, 1970, p. 17) Sua<br />

discussão segue no sentido de que reações apenas orgânicas não poderiam explicar a evocação<br />

de idéias e atitudes semelhantes mutuamente, <strong>da</strong>í a considerar as concepções fisiológicas<br />

insustentáveis. Num <strong>da</strong>do momento, ele afirma que as células podem contribuir para a<br />

constituição <strong>da</strong>s representações, mas não são capazes de, por si só, formá-las.<br />

De outro lado, para o teórico os fenômenos e as interações são inteligíveis quando as<br />

experiências vivi<strong>da</strong>s permanecem para um <strong>da</strong>do grupo, e são manifesta<strong>da</strong>s por esse mesmo<br />

grupo em outras situações de vivência. São as representações. Este grupo é formado por uma<br />

associação de indivíduos que interagem coletivamente, a partir de certas bases que podem ser<br />

territoriais, profissionais, religiosas, de comunicação. As representações são a base dessas<br />

interações, mas também têm suas origens a partir delas. Por isso, ain<strong>da</strong> para Durkheim as<br />

representações são coletivas e são “exteriores às consciências individuais, não derivam dos<br />

indivíduos considerados isola<strong>da</strong>mente, mas de sua cooperação.” (DURKHEIM, 1970, p. 34)<br />

Foi com base nestes argumentos que, em 1961, na Europa, a discussão foi retoma<strong>da</strong>,<br />

mas agora, com as abor<strong>da</strong>gens verticais que lhe deram dimensões teóricas. Moscovici, (1978)<br />

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