Ed.03 - A prática do Serviço Social no Morhan
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para o financiamento da Saúde, cria-se a CPMF (Contribuição<br />
Provisória sobre Movimentação Financeira).<br />
Este imposto teria duração definida de vigência por um perío<strong>do</strong><br />
de um a<strong>no</strong>, que se iniciou em 1997, e os recursos arrecada<strong>do</strong>s<br />
somente poderiam ser aplica<strong>do</strong>s na área de saúde. Mas o setor<br />
econômico <strong>do</strong> gover<strong>no</strong>,deduziu <strong>do</strong>s recursos <strong>do</strong> orçamento da<br />
União destina<strong>do</strong>s para a saúde, os valores previsto com a arrecadação<br />
da CPMF. E desde o início de sua vigoração, são constantes<br />
as denúncias de desvios, por parte <strong>do</strong> gover<strong>no</strong>, na aplicação <strong>do</strong>s<br />
recursos arrecada<strong>do</strong>s para cobrir outros déficits <strong>do</strong> tesouro.<br />
Em atenção a essa problemática o gover<strong>no</strong> edita a NOB-SUS<br />
01/96, que revoga os modelos anteriores de gestão propostos nas<br />
NOB anteriores, e propõe aos municípios se enquadrarem em<br />
<strong>do</strong>is <strong>no</strong>vos modelos: Gestão Plena de Atenção Básica e Gestão<br />
Plena <strong>do</strong> Sistema Municipal, que propõem a transferência para os<br />
municípios de determinadas responsabilidades de gestão.<br />
Sen<strong>do</strong> que uma das alterações mais importantes introduzidas<br />
pela NOB/96, é a forma de repasse <strong>do</strong>s recursos financeiros <strong>do</strong><br />
gover<strong>no</strong> federal para os municípios, que passa a ser feito com base<br />
num valor fixo per capta (PAB- Piso Assistencial Básico) não mais<br />
sen<strong>do</strong> vincula<strong>do</strong> à produção de serviços, possibilitan<strong>do</strong> aos municípios<br />
desenvolverem <strong>no</strong>vos modelos de atenção à saúde da população<br />
Os municípios poderão receber incentivos, para o desenvolvimento<br />
de determinadas ações de saúde como: Programa de Agentes<br />
Comunitários de Saúde (PACS); Assistência Farmacêutica básica,<br />
Programa de combate as Carências Nutricionais; ações básicas<br />
de vigilância sanitária; ações básicas de vigilância epidemiológica<br />
e ambiental e os Programa de Saúde da Família (PSF). A partir <strong>do</strong><br />
momento em que o setor público entrou em crise, o setor liberal<br />
percebeu, que não mais poderia se manter e nutrir-se; passou a<br />
formular <strong>no</strong>vas alternativas para sua estruturação, direcionan<strong>do</strong><br />
seu modelo de atenção médica para parcelas da população; conceben<strong>do</strong><br />
um sistema de Medicina Supletivo, composto de cinco<br />
modalidades assistenciais.<br />
Essas modalidades consistem em: medicina de grupo, cooperativas<br />
médicas, auto-gestão, seguro-saúde e pla<strong>no</strong> de administração.<br />
Esses serviços e benefícios,se baseiam em contribuições mensais,<br />
com determinadas exclusões, principalmente <strong>do</strong>enças infecciosas.<br />
Com isto, conclui-se que esse sistema é basea<strong>do</strong> num universalismo<br />
excludente, em que a população como um to<strong>do</strong> não será<br />
beneficia<strong>do</strong>; visto a não preocupação em investir na saúde preventiva<br />
e na mudança de indica<strong>do</strong>res de saúde. Com a imposição de um<br />
gover<strong>no</strong> neoliberalista, em que a política neoliberal privatizante vem<br />
com força total, reduzin<strong>do</strong> o esta<strong>do</strong> ao mínimo, usan<strong>do</strong> o discurso<br />
A <strong>prática</strong> <strong>do</strong> <strong>Serviço</strong> <strong>Social</strong> <strong>no</strong> <strong>Morhan</strong><br />
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