17.04.2013 Views

Ed.03 - A prática do Serviço Social no Morhan

Ed.03 - A prática do Serviço Social no Morhan

Ed.03 - A prática do Serviço Social no Morhan

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

25 “(...) Esta soma de<br />

forças de produção,<br />

capitais e formas de<br />

intercâmbio social, que<br />

to<strong>do</strong>s os indivíduos e<br />

todas as gerações vêm<br />

encontrar como algo de<br />

da<strong>do</strong>, é o fundamento real<br />

daquilo que os filósofos se<br />

têm representa<strong>do</strong> como<br />

‘substância’ e ‘essência <strong>do</strong><br />

Homem’, daquilo que têm<br />

apoteotiza<strong>do</strong> e combati<strong>do</strong><br />

— um fundamento real<br />

que de mo<strong>do</strong> nenhum<br />

é afeta<strong>do</strong> <strong>no</strong>s seus<br />

efeitos e influências<br />

sobre o desenvolvimento<br />

<strong>do</strong>s homens pelo fato<br />

de estes filósofos se<br />

rebelarem contra ele como<br />

‘Consciência de Si’ e o<br />

‘Único’”. Feuerbach (1999).<br />

26 Para fins de entendimento<br />

deste estu<strong>do</strong> conscientizada<br />

deriva de conscientizAção<br />

em Paulo Freire, onde o<br />

autor atribui ao movimento<br />

de reconhecimento <strong>do</strong><br />

esta<strong>do</strong> de alienação,<br />

o encontro com a<br />

Educação Liberta<strong>do</strong>ra, a<br />

tomada de consciência<br />

e então a partida para a<br />

transformação através da<br />

conscientização.<br />

82 Cader<strong>no</strong>s <strong>do</strong> <strong>Morhan</strong><br />

Gráfico 5 - Distribuição de núcleos por esta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> morhan <strong>no</strong><br />

país em 2003<br />

Fonte: Relação de Núcleos <strong>do</strong> <strong>Morhan</strong> – Secretaria Executiva <strong>do</strong> <strong>Morhan</strong> Nacional - 2003<br />

de 3.500 voluntários. Nesses 26 a<strong>no</strong>s de existência o <strong>Morhan</strong><br />

apresenta em sua trajetória uma forte ligação com a história <strong>do</strong><br />

Movimento Sanitário, e, por conseguinte <strong>do</strong> próprio SUS.<br />

Cabe destacar que essa maneira de se constituir o movimento<br />

social, isto é, sob um cenário de influências e demandas, não pode<br />

e não deve ser vista como exclusividade desse ou daquele movimento,<br />

uma vez que to<strong>do</strong> movimento social nasce de uma confluência<br />

de pleitos associa<strong>do</strong>s à indignação de uma sociedade.<br />

No caso específico <strong>do</strong> <strong>Morhan</strong>, sua formação se dá por conta da<br />

aversão coletiva causada pela então “lepra” que foi ratificada por<br />

longo perío<strong>do</strong> pela Política de Isolamento Compulsório <strong>do</strong> extinto<br />

Departamento de Profilaxia da Lepra DPL.<br />

Ademais, o <strong>Morhan</strong> possui uma singularidade frente aos outros<br />

movimentos sociais, a sua causa/proposta, o combate a todas as<br />

formas de preconceito, que se origi<strong>no</strong>u de um grupo de pessoas<br />

que se via como “invisíveis” em função desse preconceito que ora<br />

era gera<strong>do</strong> a partir <strong>do</strong> intercâmbio social 25 .<br />

Da<strong>do</strong>s esses fatores, o <strong>Morhan</strong> pode ser visto como um movimento<br />

de resistência que contribui pari passu para construção<br />

de uma participação social conscientizada 26 e qualificada que<br />

sabe para onde olha, e fundamentalmente porque olha. Mas cabe

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!