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Modelagem matemática no futebol - Programa de Pós-Graduação ...

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Futebol: entram em campo a mo<strong>de</strong>lagem <strong>matemática</strong> e o método do caso.<br />

pensar quando queremos <strong>de</strong>terminar a significação <strong>de</strong> algum ato<br />

realizado ou a realizar-se. Pelo pensamento nós prevemos as<br />

consequências. Isto subenten<strong>de</strong> que a situação do modo que ela é,<br />

quer por si mesma, quer para nós, é incompleta e, por isso,<br />

in<strong>de</strong>terminada. A antevisão <strong>de</strong> consequências significa uma solução<br />

proposta ou tentada. Para se aperfeiçoar esta hipótese, <strong>de</strong>vem ser<br />

cuidadosamente analisados as condições existentes e o conteúdo da<br />

hipótese adotada. Então a solução sugerida – a i<strong>de</strong>ia ou teoria tem <strong>de</strong><br />

ser posta em prova, proce<strong>de</strong>ndo-se <strong>de</strong> acordo com ela. [...] O ato <strong>de</strong><br />

pensar implica todos estes atos – a consciência <strong>de</strong> um problema, a<br />

observação das condições, a formação e a elaboração racional <strong>de</strong><br />

uma conclusão hipotética e o ato <strong>de</strong> a pôr experimentalmente em<br />

prova.<br />

Po<strong>de</strong>mos extrair da citação que o ato <strong>de</strong> pensar não se limita a uma i<strong>de</strong>ia que<br />

vem à mente, uma intuição ou impulso aleatório <strong>de</strong> se tentar uma solução para um<br />

problema, assim como um amontoado <strong>de</strong> ingredientes não necessariamente levarão à<br />

produção <strong>de</strong> um prato saboroso. Não que tais i<strong>de</strong>ias, que “surgem” <strong>de</strong> repente, não<br />

tenham valor na formação do hábito <strong>de</strong> pensar, mas é que esse hábito não po<strong>de</strong> se<br />

reduzir a pensamentos <strong>de</strong>sconexos. Isso quer dizer que, para se pensar<br />

reflexivamente, a conexão entre as i<strong>de</strong>ias <strong>de</strong>ve ser intencional e coor<strong>de</strong>nada.<br />

Contudo, pouco ou nada adiantariam os esforços <strong>no</strong> sentido <strong>de</strong> estimular o<br />

pensamento – mais especificamente, o pensamento reflexivo – se este movimento for<br />

unidirecional, <strong>no</strong> sentido professor-alu<strong>no</strong>. É preciso que o alu<strong>no</strong> sinta-se<br />

verda<strong>de</strong>iramente <strong>de</strong>safiado e interessado em solucionar um problema para provocar a<br />

imersão <strong>de</strong>ste <strong>no</strong> processo <strong>de</strong> reflexão. O combustível da reflexão é a dúvida. A chama<br />

que acen<strong>de</strong> esse combustível é o interesse pelo problema.<br />

Dewey (1979) acentua a importância <strong>de</strong> se prolongar o estado <strong>de</strong> dúvida. De<br />

fato, se não há dúvida, não há problema; se não há problema, não há o que investigar,<br />

procurar, buscar, enfim, não há necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> crescer. Assim, concordamos com<br />

Dewey, quando ele atribui ao interesse do estudante pelo problema um papel<br />

fundamental para o encaminhamento da ativida<strong>de</strong>. O autor enumera as acepções mais<br />

comumente usadas para a palavra interesse: I) Interesse pela ativida<strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rada<br />

em seu todo; II) Os resultados objetivos previstos e <strong>de</strong>sejados; e III) A pessoal<br />

propensão emocional. (p. 138).<br />

O interesse do alu<strong>no</strong> por uma situação <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>, em certa medida, da maneira<br />

UFOP – 2011<br />

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