Modelagem matemática no futebol - Programa de Pós-Graduação ...
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6 PRODUTO EDUCACIONAL<br />
Profissional. Dentre eles, sempre se <strong>de</strong>stacou a minha busca pela realização <strong>de</strong><br />
ativida<strong>de</strong>s que proporcionassem o maior envolvimento possível dos alu<strong>no</strong>s. Sempre<br />
tive a convicção <strong>de</strong> que, com o alu<strong>no</strong> verda<strong>de</strong>iramente envolvido numa ativida<strong>de</strong>, o<br />
ambiente escolar torna-se favorável ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> diversas competências.<br />
Acreditava (e acredito cada vez mais) que, em condições emocionais positivas,<br />
aumentam-se as chances <strong>de</strong> obter êxito <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong>. O conteúdo abordado passa a ter<br />
sentido; a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser uma tarefa <strong>de</strong>sagradável a ser cumprida; os<br />
estudantes assumem papel <strong>de</strong> protagonistas e suas ações ten<strong>de</strong>m a ser coor<strong>de</strong>nadas<br />
na solução <strong>de</strong> um problema encarado como legítimo.<br />
Não é raro percebermos, na prática docente, uma atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> inércia dos<br />
estudantes. Isso <strong>no</strong>s preocupa e caminha em direção oposta ao que enten<strong>de</strong>mos como<br />
objetivo da educação. Atribuir a causa <strong>de</strong>sse problema (pelo me<strong>no</strong>s, assim<br />
enten<strong>de</strong>mos essa situação) exclusivamente aos próprios alu<strong>no</strong>s beiraria a uma atitu<strong>de</strong><br />
hipócrita. Se as ativida<strong>de</strong>s propostas pela escola, pela mediação do professor, não<br />
encontram ressonância nas atitu<strong>de</strong>s dos alu<strong>no</strong>s, <strong>de</strong>vemos questionar o método e,<br />
sobretudo, o que vem antes <strong>de</strong>le: <strong>no</strong>ssas concepções sobre educação e o papel da<br />
escola na formação do indivíduo e, consequentemente, a influência disso na vida<br />
social, extra-escolar.<br />
Em algumas experiências realizadas em sala <strong>de</strong> aula – umas bem sucedidas,<br />
outras, nem tanto – tentei usar vários contextos como tema dos estudos, sejam temas<br />
abstratos e que estimulam o raciocínio lógico e a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> argumentação, sejam<br />
temas do cotidia<strong>no</strong>, como epi<strong>de</strong>mias, racismo, eco<strong>no</strong>mia, entre outros que aproximam<br />
as reflexões e as atitu<strong>de</strong>s, na escola, do uso, <strong>no</strong> dia-a-dia, pelos alu<strong>no</strong>s. Em particular,<br />
em aulas sobre cálculo combinatório e probabilida<strong>de</strong>s, eu costumava utilizar como<br />
contexto os jogos com cartas, dados, moedas, etc., com avaliação positiva do efeito<br />
<strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> trabalho.<br />
Sempre me interessei por prognósticos e discussões sobre <strong>futebol</strong>. Em<br />
particular, as probabilida<strong>de</strong>s anunciadas na mídia, atribuindo mais ou me<strong>no</strong>s chances<br />
<strong>de</strong> sucesso para meu clube <strong>de</strong> coração, mexem com meu humor e aguçam minha<br />
curiosida<strong>de</strong>. Inclusive, é comum respon<strong>de</strong>r a meus alu<strong>no</strong>s perguntas sobre tais<br />
números: “Como são calculadas essas chances?” ou “Você concorda com a<br />
UFOP – 2011