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Aplicação de feromônios no manejo de pragas em fruteiras de clima ...

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NEUROPTERA<br />

Gilberto Soares Albuquerque<br />

Laboratório <strong>de</strong> Entomologia e Fitopatologia, Universida<strong>de</strong> Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro,<br />

Campos dos Goytacazes, RJ<br />

Quase todas as cerca <strong>de</strong> 6.000 espécies da or<strong>de</strong>m Neuroptera são agentes <strong>de</strong> controle natural<br />

<strong>de</strong>vido ao seu hábito alimentar. Diferent<strong>em</strong>ente dos adultos, que po<strong>de</strong>m ou não se alimentar <strong>de</strong><br />

presas, a gran<strong>de</strong> maioria das larvas <strong>de</strong> neurópteros são predadoras <strong>de</strong> artrópo<strong>de</strong>s <strong>de</strong> corpo<br />

mole. Entretanto, as atenções para seu uso <strong>em</strong> programas <strong>de</strong> controle biológico ou integrado<br />

<strong>de</strong> <strong>pragas</strong> agrícolas têm sido concentradas <strong>em</strong> apenas três das 17 famílias: Chrysopidae,<br />

H<strong>em</strong>erobiidae e Coniopterygidae. Enquanto a importância das duas últimas ainda está restrita a<br />

observações <strong>de</strong> sua associação com artrópo<strong>de</strong>s-<strong>pragas</strong> <strong>em</strong> diversas culturas, algumas espécies<br />

<strong>de</strong> Chrysopidae já faz<strong>em</strong> parte do arsenal <strong>de</strong> predadores produzidos massalmente e<br />

comercializados na Europa e América do Norte para controlar essas <strong>pragas</strong>. Uma das principais<br />

limitações à ampliação <strong>de</strong> seu uso está <strong>no</strong> estágio atual da sist<strong>em</strong>ática. Isso é especialmente<br />

válido para as espécies da região Neotropical. Até a década <strong>de</strong> 1980, a i<strong>de</strong>ntificação das<br />

espécies <strong>de</strong> Chrysopidae encontradas <strong>em</strong> agroecossist<strong>em</strong>as do Brasil restringia-se quase que<br />

somente a Chrysopa sp., reflexo do trabalho <strong>de</strong> L. Navás e N. Banks na primeira meta<strong>de</strong> do<br />

século XX (aliado à carência <strong>de</strong> especialistas <strong>de</strong>dicados à fauna neotropical). Esses autores<br />

consi<strong>de</strong>ravam apenas caracteres morfológicos exter<strong>no</strong>s, pouco esclarecedores neste grupo,<br />

para a i<strong>de</strong>ntificação específica. Des<strong>de</strong> então, houve alguns avanços <strong>em</strong> termos <strong>de</strong> <strong>de</strong>scrições <strong>de</strong><br />

espécies e relações evolutivas <strong>de</strong> alguns grupos. Como consequência, Chrysopa spp. foram<br />

<strong>de</strong>sm<strong>em</strong>bradas principalmente <strong>no</strong>s gêneros Chrysoperla, Ceraeochrysa, Chrysopo<strong>de</strong>s e<br />

Plesiochrysa. Além disso, as primeiras chaves <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> espécies surgiram, <strong>em</strong>bora<br />

ainda bastante incompletas. Esses avanços foram atingidos graças à incorporação <strong>de</strong> caracteres<br />

morfológicos não só da genitália interna, base atual para o reconhecimento <strong>de</strong> espécies, mas<br />

também dos instares larvais, que permit<strong>em</strong> com que ao me<strong>no</strong>s as espécies mais comuns possam<br />

ser reconhecidas com alguma segurança. No entanto, a existência <strong>de</strong> espécies crípticas e <strong>de</strong><br />

muitas outras ainda <strong>de</strong>sconhecidas requer muita cautela na i<strong>de</strong>ntificação. Muito ainda resta a<br />

ser feito para que o potencial das espécies <strong>de</strong> Chrysopidae (e <strong>de</strong> outros Neuroptera) seja<br />

explorado na sua plenitu<strong>de</strong>.<br />

Palavras-chave: Chrysopidae, controle biológico, predadores, sist<strong>em</strong>ática,

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