Aplicação de feromônios no manejo de pragas em fruteiras de clima ...
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FATORES DE VIRULÊNCIA DE BACILLUS CEREUS PRESENTES EM CEPAS DE<br />
BACILLUS THURINGIENSIS (Bt) E FREGUÊNCIA DE TOXINAS INDESEJÁVEIS EM Bt<br />
Jeane Quintanilha Chaves.<br />
UBIQUITÁRIOS<br />
Instituto Oswaldo Cruz – FIOCRUZ, Laboratório <strong>de</strong> Fisiologia Bacteriana, Rio <strong>de</strong> Janeiro.<br />
E-mail:jqchaves@ioc.fiocruz.br.<br />
Embora o termo B. thuringiensis seja <strong>em</strong>pregado para uma única espécie, ao consi<strong>de</strong>rar<br />
os aspectos taxonômicos, esta bactéria pertence a um complexo <strong>de</strong> várias espécies (B.<br />
anthracis, B. cereus, B. thuringiensis, B. mycoi<strong>de</strong>s, B. weihenstephanensis e B.<br />
pseudomycoi<strong>de</strong>s). Tal complexo é conhecido como grupo do B. cereus, uma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro do<br />
Grupo I das espécies <strong>de</strong> Bacillus. O B. thuringiensis e o B. cereus <strong>de</strong>monstram características<br />
fe<strong>no</strong>típicas e bioquímicas comuns, exceto pelos plasmí<strong>de</strong>os que codificam as -endotoxinas<br />
(proteínas Cry) <strong>de</strong> B. thuringiensis. Alguns B. cereus são conhecidos por causar sintoma<br />
<strong>em</strong>ético e diarréico <strong>em</strong> huma<strong>no</strong>s, como também infecções somáticas (Hansen & Hendriksen,<br />
2001). A patologia do B. cereus é baseada <strong>em</strong> um número <strong>de</strong> fatores <strong>de</strong> virulência que inclu<strong>em</strong><br />
toxinas, enterotoxinas e enzimas hidrolíticas produzidas durante as fases vegetativa e<br />
estacionária. Um número crescente <strong>de</strong> relatos <strong>de</strong>monstra a similarida<strong>de</strong> entre os fatores <strong>de</strong><br />
virulência <strong>de</strong> B. cereus e B. thuringiensis, porém exist<strong>em</strong> poucos registros <strong>de</strong> B. thuringiensis<br />
envolvidos <strong>em</strong> patologia humana (Glare & O’Callaghan, 2000). Tal fato se <strong>de</strong>ve provavelmente<br />
aos procedimentos clínicos os quais não discriminam B. cereus do B. thuringiensis. Linhagens<br />
<strong>de</strong> B. thuringiensis foram isoladas <strong>de</strong> vários tipos <strong>de</strong> alimentos, os quais pertenciam aos<br />
sorovares kurstaki ou neoleonensis (Damgaard et al., 1996). Estudos <strong>de</strong>monstraram que genes<br />
da h<strong>em</strong>olisina BL e enterotoxina T estão presentes <strong>em</strong> cepas <strong>de</strong> B. thuringiensis, incluindo<br />
algumas comercializadas. Além disso, imu<strong>no</strong>ensaios mostraram que cepas <strong>de</strong> B. thuringiensis<br />
produziram enterotoxinas diarréicas capazes <strong>de</strong> causar intoxicação alimentar. Esses dados<br />
intensificaram o conhecimento <strong>de</strong> que linhagens <strong>de</strong> B. thuringiensis po<strong>de</strong>m causar enfermida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> orig<strong>em</strong> alimentar <strong>em</strong> huma<strong>no</strong>s, e isto se tor<strong>no</strong>u particularmente relevante por motivo do uso<br />
<strong>em</strong> quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> bioinseticidas à base <strong>de</strong> B. thuringiensis <strong>no</strong> controle <strong>de</strong> insetos vetores e<br />
<strong>pragas</strong> agrícolas (Jensen et al., 2002). Logo, é importante avaliar a segurança <strong>de</strong> B.<br />
thuringiensis como princípio <strong>de</strong> larvicida, e especialmente seu potencial <strong>em</strong> causar gastrenterite<br />
diarréica.<br />
Apoio Financeiro: IOC-FIOCRUZ