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Aplicação de feromônios no manejo de pragas em fruteiras de clima ...

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Status dos isolados, proteínas e genes <strong>de</strong> Bacillus thuringiensis aplicados na agricultura -<br />

Dr. Ricardo Polanczyk<br />

Núcleo <strong>de</strong> Desenvolvimento <strong>em</strong> Manejo Fitossanitário <strong>de</strong> Pragas e Doenças (NUDEMAFI),<br />

Centro <strong>de</strong> Ciências Agrárias, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Espírito Santo (UFES), Alegre,<br />

29500-000, ES. ricardo@cca.ufes.br<br />

Bioinseticidas à base <strong>de</strong> Bacillus thuringiensis (Bt) são responsáveis por 90% do mercado <strong>de</strong><br />

inseticidas microbia<strong>no</strong>s. Após algumas tentativas comerciais iniciais, o Dipel (Bacillus<br />

thuringiensis kurstaki), lançado na década <strong>de</strong> 1970, é um marco <strong>no</strong> controle biológico <strong>de</strong><br />

<strong>pragas</strong> agrícolas, sendo utilizado até hoje <strong>no</strong> controle <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 170 lepidópteros-praga <strong>em</strong><br />

diversas culturas e países. A partir <strong>de</strong>sta data, a busca por <strong>no</strong>vas toxinas <strong>de</strong> Bt com ativida<strong>de</strong><br />

inseticida foi intensificada e <strong>de</strong>vido ao gran<strong>de</strong> volume <strong>de</strong> <strong>no</strong>vas informações foi proposta a<br />

primeira classificação das toxinas Cry ( endotoxinas), baseando-se na especificida<strong>de</strong> inseticida<br />

e na sequência <strong>de</strong> ami<strong>no</strong>ácidos. Naquele primeiro momento, <strong>no</strong> a<strong>no</strong> <strong>de</strong> 1989, foram<br />

i<strong>de</strong>ntificadas 38 toxinas agrupadas <strong>em</strong> 14 classes. Em 2009, a última classificação, baseada<br />

somente na sequência <strong>de</strong> ami<strong>no</strong>ácidos, mostra a existência <strong>de</strong> 425 toxinas Cry distribuídas <strong>em</strong><br />

56 classes. O espectro <strong>de</strong> ação <strong>de</strong>stas toxinas é muito amplo: mais <strong>de</strong> 1000 espécies <strong>de</strong> insetos<br />

divididas <strong>em</strong> 10 or<strong>de</strong>ns, além <strong>de</strong> ácaros e n<strong>em</strong>atói<strong>de</strong>s. Outro tipo <strong>de</strong> toxina produzida pelo Bt é<br />

a Vip (vegetative insecticidal protein), <strong>de</strong>scoberta há cerca <strong>de</strong> 10 a<strong>no</strong>s. Esta toxina se <strong>de</strong>stacou<br />

por apresentar elevada ação inseticida contra algumas <strong>pragas</strong>, que na época, eram pouco<br />

suscetíveis às toxinas Cry, como por ex<strong>em</strong>plo, Spodoptera frugiperda. Atualmente, exist<strong>em</strong> 65<br />

toxinas Vip, divididas <strong>em</strong> três grupos. Apesar do número expressivo <strong>de</strong> toxinas Cry e Vip,<br />

existe uma ampla gama <strong>de</strong>stas com espectro <strong>de</strong> ação in<strong>de</strong>finido ou subestimado. O alto custo<br />

<strong>de</strong> formulação, competição com os agrotóxicos convencionais, falta <strong>de</strong> apoio governamental e<br />

<strong>de</strong>sconhecimento / resistência por parte dos agricultores são os principais entraves para tornar<br />

uma toxina promissora <strong>em</strong> um bioinseticida <strong>de</strong> sucesso comercial. Somente recent<strong>em</strong>ente, uma<br />

<strong>em</strong>presa brasileira iniciou a comercialização <strong>de</strong> um inseticida biológico à base <strong>de</strong> Bt. Cuba e<br />

México, ao contrário, são ex<strong>em</strong>plos <strong>de</strong> sucesso na utilização <strong>de</strong>stes produtos <strong>no</strong> controle <strong>de</strong><br />

<strong>pragas</strong> agrícolas <strong>em</strong> várias culturas. Este uso bastante expressivo ocorre <strong>de</strong>vido às vantagens<br />

que estes bioinseticidas oferec<strong>em</strong>: não polu<strong>em</strong> o meio ambiente, são i<strong>no</strong>fensivos para o<br />

agricultor e consumidor, são seletivos <strong>em</strong> relação aos inimigos naturais, <strong>de</strong>sfavorec<strong>em</strong> a<br />

evolução da resistência <strong>em</strong> populações <strong>de</strong> insetos e ácaros.

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