O mundo tributa a esse campeão da paz e da liberdade um sentimento profundo de pesar pelo seu falecimento, ocorrido na idade <strong>em</strong> que já se pode deixar o corpo material, <strong>em</strong> virtude da sua decadência orgânica. Tombou o físico do grande hom<strong>em</strong>, mas o seu espírito continuará lutando pelo b<strong>em</strong> da humanidade. (São Paulo, março/1965)
CAMPOS SALLES, ESTADISTA NOTÁVEL Dentre os grandes vultos da nossa história nacional, muito se destacou, pela grande luta política, pelo trabalho eficientíssimo, pela energia dinâmica e pela honestidade, comprovada nos diversos cargos que ocupou na administração pública do país, o Dr. Manuel Ferraz de Campos Sales. Sua longa e proveitosa existência foi quase toda dedicada ao serviço da pátria e do povo. Nasceu o grande republicano <strong>em</strong> 13 de fevereiro de 1841, na cidade de Campinas, Estado de São Paulo, e desencarnou <strong>em</strong> 28 de junho de 1913, aos setenta e dois anos de idade, sob grande pesar e respeito dos seus concidadãos. Ainda b<strong>em</strong> moço, quando cursava a célebre Faculdade de Direito de São Paulo, Campos Sales iniciou a sua cruzada redentora pelo aprimoramento dos nossos costumes políticos, desfraldando a bandeira dos princípios da nova escola liberal pelas colunas de Razão, jornal dirigido por ele, Jorge Miranda, Quirino dos Santos, Belfort Duarte e Querino do Nascimento. CONFORME CÍCERO Campos Sales foi, realmente, um varão que soube viver dentro dos princípios ciceronianos, que qualificam o hom<strong>em</strong> honrado e valoroso pelo apego à justiça e à Verdade, pela disciplina moral, pela honestidade, pela ponderação dos seus atos e pela simplicidade de sua vida. Hom<strong>em</strong> dotado de grande inteligência e de muita cultura, de uma vontade fort<strong>em</strong>ente educada para o b<strong>em</strong>, cumpriu deveres para consigo mesmo, para com a pátria e a humanidade. Ao deixar os bancos acadêmicos, foi eleito deputado provincial e, mais tarde, vereador de sua terra natal. Jornalista brilhante e orador eloqüente, conseguiu logo conquistar a admiração do povo. Na Gazeta de Campinas o jov<strong>em</strong> advogado Campos Sales publicou artigos difundindo idéias novas para a d<strong>em</strong>ocratização do Brasil. Desgostoso com o seu partido — o Liberal —, filiou-se ao Radical, que depois se transformou no célebre Partido Republicano, com o manifesto à nação, de 3 de dez<strong>em</strong>bro de 1870, publicado no jornal República, do Rio de Janeiro, dirigido por Quintino Bocaiúva, Salvador de Mendonça e Saldanha Marinho, tornando-se então um dos apóstolos do regime republicano. E assim foi eleito primeiro vereador do novo partido, <strong>em</strong> Campinas, no ano de 1872, lutando contra os grandes partidos monárquicos, o Conservador e o Liberal. Quando deputado provincial, <strong>em</strong> 1866, apresentou projetos instituindo o ensino livre e a aprendizag<strong>em</strong> obrigatória, não conseguindo, porém, vê-los aprovados, pela forte oposição dos seus pares que viviam com o espírito obscurecido pelos preconceitos sociais e religiosos. REPÚBLICA Campos Sales foi também o primeiro deputado geral eleito pelo Partido Republicano, razão pela qual foi recebido no Rio de Janeiro com grandes manifestações populares, <strong>em</strong> sinal de regozijo pela vitória das idéias republicanas, que já se expandiam por todo o país.
- Page 1 and 2:
CAPA
- Page 3 and 4:
© Centro Redentor, 2003 Cantarelli
- Page 5 and 6:
SUMÁRIO Apresentação ...........
- Page 7 and 8:
APRESENTAÇÃO “Assim como o temp
- Page 9 and 10:
posteriormente viria a ser também
- Page 11 and 12:
TRANSMIGRAÇÃO DO ESPÍRITO Não
- Page 13 and 14:
O Capitão-Aviador Felino Alves de
- Page 15 and 16:
HIPÓCRATES Já os antigos gregos s
- Page 17 and 18:
Tu te envaideces e te orgulhas, ó
- Page 19 and 20:
EXEMPLOS DO PASSADO Para o nosso ap
- Page 21 and 22:
EXEMPLOS PARA NOSSOS GOVERNANTES Lo
- Page 23 and 24:
UM POVO FORÇADO À GUERRA Segundo
- Page 25 and 26:
RIO DE JANEIRO Formosa metrópole,
- Page 27 and 28:
Não obstante o quadro tétrico e d
- Page 29 and 30:
DEGRADAÇÃO MORAL Em boa hora est
- Page 31 and 32:
SER RACIONALISTA CRISTÃO Ser racio
- Page 33 and 34:
podemos ver em certas pessoas, que,
- Page 35 and 36:
TABAGISMO, SUICÍDIO LENTO É lamen
- Page 37 and 38:
INTOLERÂNCIA, ATAVISMO TRIBAL É l
- Page 39 and 40:
COMPANHEIROS INSEPARÁVEIS O álcoo
- Page 41 and 42:
MEDO, FLAGELO DA HUMANIDADE O medo
- Page 43 and 44:
LUIZ DE MATTOS Além de registrarmo
- Page 45 and 46:
CONCEPÇÕES DE VIDA Antes de falar
- Page 47 and 48:
Quando não pudermos fazer o bem, e
- Page 49 and 50:
EDUCAÇÃO RACIONAL Podemos conside
- Page 51 and 52:
NOVO MUNDO Devemos criar bases sól
- Page 53 and 54: Além do problema desolador do anal
- Page 55 and 56: esforços, que nos fazem sentir e c
- Page 57 and 58: DEVERES... Santana bem sabe que “
- Page 59 and 60: PAZ E UNIÃO Repudiemos a guerra, a
- Page 61 and 62: A RAZÃO Felizmente, o jornal A Raz
- Page 63 and 64: AS QUATRO FASES DA VIDA Todos nós
- Page 65 and 66: “NÃO” Achamos oportuno transcr
- Page 68 and 69: RACIONALISMO CRISTÃO À distinta D
- Page 70 and 71: CARTA A UM AMIGO Agora que andas an
- Page 72 and 73: JUIZ DE DIREITO MAIS VELHO DO BRASI
- Page 74 and 75: DESPEDIDAS AO CORPM Permitam-me que
- Page 76 and 77: LONGEVIDADE Em vista da sua fortale
- Page 78 and 79: CARTA A UM VELHO AMIGO (2) Li e rel
- Page 80 and 81: chamam de lei do “karma”, ou se
- Page 82 and 83: CARTA AO POETA E ESCRITOS URBANO LO
- Page 84 and 85: tremenda linha de evolução, cresc
- Page 86 and 87: sociedade ou do seu meio ambiente,
- Page 88 and 89: REMINISCÊNCIAS Quem nasceu no sert
- Page 90 and 91: SINFONIA DO UNIVERSO O Universo é
- Page 92 and 93: RENASCER, MORALMENTE (Palestra na A
- Page 94 and 95: Como vemos, de todos os vícios o d
- Page 96 and 97: RACIONALIZAÇÃO DO TRABALHO O trab
- Page 98 and 99: DEFENDAMOS A NATUREZA Quando crian
- Page 100 and 101: estacionam o seu progresso quando e
- Page 102 and 103: agora mais aperfeiçoados e mortíf
- Page 106 and 107: O grande político e prestigioso es
- Page 108 and 109: Suas medidas de austeridade lhe tro
- Page 110: DESCARTES E LUIZ DE MATTOS O racion