sociedade ou do seu meio ambiente, buscando a Verdade para melhor distribuição da justiça e do b<strong>em</strong> comum. A moral não pode ser um simples aglomerado de preconceitos mantidos pelo hom<strong>em</strong> à mercê de uma tradição ilógica; ela é a bússola do nosso viver, e a oscilação da agulha magnética nos indica o rumo que t<strong>em</strong>os a seguir nos meridianos da vida; a ação magnética variável é produzida não por uma corrente elétrica, e sim pela polarização dos nossos pensamentos imantados pela vontade e controlados pelo livre-arbítrio. Quanto à moral, dizia o grande Krishna: Os males com que atormentamos o nosso próximo nos persegu<strong>em</strong> como a nossa sombra o nosso corpo. As obras cujo móvel é o amor ao próximo dev<strong>em</strong> ser ambicionadas pelo justo, porque são as que mais pesarão na balança celestial (espiritual). O hom<strong>em</strong> virtuoso é parecido com a árvore de nossas florestas, cuja sombra dá às plantas que a rodeiam a frescura da vida. GUERRA / MISÉRIA A guerra e a miséria política e social, que se observa <strong>em</strong> todas as partes da Terra, são efeitos da nossa crassa ignorância, de não querermos resolver pacificamente, de modo justo e racional, todos os nossos probl<strong>em</strong>as de interesse coletivo. A guerra, com o seu cortejo de miséria e de dores, não é um castigo imposto pelo Criador a esta humanidade ainda atrabiliária; ela é gerada pelo mau uso do nosso livrearbítrio, desnorteado pelo orgulho, pela vaidade, pelo medo, pela prepotência e pela ganância. O nosso egoísmo é d<strong>em</strong>asiado, o nosso orgulho é cruel, e o materialismo, que entorpece o nosso espírito, impede que nos olh<strong>em</strong>os frente a frente, como irmãos que somos <strong>em</strong> essência. Para que a guerra seja proscrita deste planeta é indispensável que a humanidade seja esclarecida sobre os porquês das coisas e sobre a sua composição como Força e Matéria, e seja educada <strong>em</strong> princípios de justiça, de equanimidade e de sã moral, de verdadeiro amor ao próximo e ao trabalho racionalizado, para o b<strong>em</strong> comum de todos os povos e nações. Como se vê, a civilização, apesar de tão antiga, não chegou ao limiar da perfeição, ainda fazendo guerra de conquista de territórios ou de comércio, e fabricando bombas e instrumentos para destruição de povos e cidades. USE A IMAGINAÇÃO As explanações contidas nesta carta não são apenas produto de minha imaginação; são resultado do trabalho, da observação imparcial e dos estudos científicos e filosóficos dos grandes homens que se dedicaram, abnegadamente, às investigações das coisas sérias da vida. Além dos grandes vultos do passado r<strong>em</strong>oto, que se dedicaram ao psiquismo, ou probl<strong>em</strong>as da alma, tiv<strong>em</strong>os mais recent<strong>em</strong>ente pessoas de real saber, de grande valor, tais como: H. Durvile, Paul Gibier, Wallace, Margon, Warbei, Zöllner, Du Prel, Aksokof, Broferio, William Crookes, Albert e Coste, Gabriel Delanne, Giustanini, Lombroso, Max Nob, e, no Brasil, o grande Luiz de Mattos, fundador do <strong>Racionalismo</strong> <strong>Cristão</strong>, Dr. Antônio Pinheiro Guedes, Dr. Alberto Seabra, Visconde de Sabóia e outros. Não deixei, porém, de expandir nesta carta um pouco da minha imaginação. Conta o teósofo Arundale que Einstein, criador da famosa teoria da relatividade, declarou que a primeira noção que teve da sua teoria veio-lhe não pelo estudo, não pelo intelecto, mas
através de um tr<strong>em</strong>endo vôo de sua imaginação (digo eu: intuído naturalmente por Forças Astrais Superiores). E aconselha o mestre Arundale: “Usai a vossa imaginação! Que dádiva espiritual é a imaginação; por que não a usar? Pode, certamente, haver abuso, porém pode também ser usada inteligent<strong>em</strong>ente”. Ao término desta longa palestra por escrito, desejo prestar uma homenag<strong>em</strong> aos poetas espiritualistas Urbano Lopes da Silva e Manuel Barbosa do Nascimento, evocando alguns dos “versos áureos” de Pitágoras: “Sê bom filho e bom pai, terno esposo e irmão justo. Escolhe para amigo o amigo da virtude; Os conselhos lhe atende, e jamais o desprezes Por nugas — se estiver <strong>em</strong> ti poder fazê-lo Porque existe uma lei que jungiu, implacável, O dom da Liberdade às garras do Destino. ................................................................................. A fim de que, no pleno e eterno azul suspenso, Também sejas um deus por entre os imortais.” (São Paulo, julho/1948)
- Page 1 and 2:
CAPA
- Page 3 and 4:
© Centro Redentor, 2003 Cantarelli
- Page 5 and 6:
SUMÁRIO Apresentação ...........
- Page 7 and 8:
APRESENTAÇÃO “Assim como o temp
- Page 9 and 10:
posteriormente viria a ser também
- Page 11 and 12:
TRANSMIGRAÇÃO DO ESPÍRITO Não
- Page 13 and 14:
O Capitão-Aviador Felino Alves de
- Page 15 and 16:
HIPÓCRATES Já os antigos gregos s
- Page 17 and 18:
Tu te envaideces e te orgulhas, ó
- Page 19 and 20:
EXEMPLOS DO PASSADO Para o nosso ap
- Page 21 and 22:
EXEMPLOS PARA NOSSOS GOVERNANTES Lo
- Page 23 and 24:
UM POVO FORÇADO À GUERRA Segundo
- Page 25 and 26:
RIO DE JANEIRO Formosa metrópole,
- Page 27 and 28:
Não obstante o quadro tétrico e d
- Page 29 and 30:
DEGRADAÇÃO MORAL Em boa hora est
- Page 31 and 32:
SER RACIONALISTA CRISTÃO Ser racio
- Page 33 and 34:
podemos ver em certas pessoas, que,
- Page 35 and 36: TABAGISMO, SUICÍDIO LENTO É lamen
- Page 37 and 38: INTOLERÂNCIA, ATAVISMO TRIBAL É l
- Page 39 and 40: COMPANHEIROS INSEPARÁVEIS O álcoo
- Page 41 and 42: MEDO, FLAGELO DA HUMANIDADE O medo
- Page 43 and 44: LUIZ DE MATTOS Além de registrarmo
- Page 45 and 46: CONCEPÇÕES DE VIDA Antes de falar
- Page 47 and 48: Quando não pudermos fazer o bem, e
- Page 49 and 50: EDUCAÇÃO RACIONAL Podemos conside
- Page 51 and 52: NOVO MUNDO Devemos criar bases sól
- Page 53 and 54: Além do problema desolador do anal
- Page 55 and 56: esforços, que nos fazem sentir e c
- Page 57 and 58: DEVERES... Santana bem sabe que “
- Page 59 and 60: PAZ E UNIÃO Repudiemos a guerra, a
- Page 61 and 62: A RAZÃO Felizmente, o jornal A Raz
- Page 63 and 64: AS QUATRO FASES DA VIDA Todos nós
- Page 65 and 66: “NÃO” Achamos oportuno transcr
- Page 68 and 69: RACIONALISMO CRISTÃO À distinta D
- Page 70 and 71: CARTA A UM AMIGO Agora que andas an
- Page 72 and 73: JUIZ DE DIREITO MAIS VELHO DO BRASI
- Page 74 and 75: DESPEDIDAS AO CORPM Permitam-me que
- Page 76 and 77: LONGEVIDADE Em vista da sua fortale
- Page 78 and 79: CARTA A UM VELHO AMIGO (2) Li e rel
- Page 80 and 81: chamam de lei do “karma”, ou se
- Page 82 and 83: CARTA AO POETA E ESCRITOS URBANO LO
- Page 84 and 85: tremenda linha de evolução, cresc
- Page 88 and 89: REMINISCÊNCIAS Quem nasceu no sert
- Page 90 and 91: SINFONIA DO UNIVERSO O Universo é
- Page 92 and 93: RENASCER, MORALMENTE (Palestra na A
- Page 94 and 95: Como vemos, de todos os vícios o d
- Page 96 and 97: RACIONALIZAÇÃO DO TRABALHO O trab
- Page 98 and 99: DEFENDAMOS A NATUREZA Quando crian
- Page 100 and 101: estacionam o seu progresso quando e
- Page 102 and 103: agora mais aperfeiçoados e mortíf
- Page 104 and 105: O mundo tributa a esse campeão da
- Page 106 and 107: O grande político e prestigioso es
- Page 108 and 109: Suas medidas de austeridade lhe tro
- Page 110: DESCARTES E LUIZ DE MATTOS O racion