Livro em PDF - Racionalismo Cristão
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DESCARTES E LUIZ DE MATTOS<br />
O racionalismo de Descartes (ou Cartésio) t<strong>em</strong> como ponto de partida a dúvida de que a<br />
vida subsista pela polarização da Força Criadora, que aciona a Matéria, enquanto o<br />
<strong>Racionalismo</strong> <strong>Cristão</strong>, de Luiz de Mattos, t<strong>em</strong> como verdade básica essa vida inteligenciada<br />
que tudo cria e anima. Por isso ele se fundamenta como doutrina esclarecedora e objetiva,<br />
b<strong>em</strong> ao alcance analítico de qu<strong>em</strong> raciocina com o desejo de conhecer e buscar a Verdade,<br />
porque os seus princípios normativos se baseiam na reformulação do indivíduo pelo<br />
conhecimento que ele vai obtendo dos porquês das coisas e da vida extraterrena, numa<br />
conscientização simples, dedutiva e racional, s<strong>em</strong> subjetividade e jargões filosóficos, que<br />
confund<strong>em</strong>.<br />
Para o racionalismo cartesiano a essência da alma está no pensamento; para Luiz de<br />
Mattos o pensamento é uma vibração do espírito, uma manifestação da inteligência, um poder<br />
espiritual.<br />
Embora Descartes, fundador do método racionalista do seu t<strong>em</strong>po, achasse que o início<br />
do conhecimento se baseia na intuição, ele o faz de maneira abstrata, para distinguir a análise<br />
da síntese no encontro da realidade, levado por um ideal filosófico de pesquisa.<br />
NOVOS HORIZONTES<br />
Reconhec<strong>em</strong>os que Descartes, com o seu racionalismo, colaborou para libertar o mundo<br />
do escolasticismo e abriu novos horizontes para Kant, que, com as suas novas idéias para o<br />
entendimento da metafísica, muito fez de útil, pois no <strong>em</strong>pirismo o conhecimento é reduzido<br />
aos sentidos e não à razão, como preceituam o racionalismo cartesiano e o iluminismo,<br />
seguido pelo criticismo kantiano, que é o centro da filosofia moderna, objetivando mais as<br />
idéias e os limites das faculdades cognoscitivas.<br />
Se Descartes e Kant abriram novas clareiras no campo da filosofia, Luiz de Mattos, com<br />
o <strong>Racionalismo</strong> <strong>Cristão</strong>, desvendou o “mistério do sobrenatural”, baseado nas leis comuns,<br />
naturais e imutáveis, e fez o ser humano conhecer-se a si mesmo como Força e Matéria,<br />
únicos el<strong>em</strong>entos de que se compõe o Universo, para ter a noção dos atributos que lhe são<br />
inatos, a fim de orientá-lo na trajetória evolutiva do seu espírito, partícula da Inteligência<br />
Universal, cujo conhecimento é obtido pelo estudo com base no raciocínio, na razão, s<strong>em</strong><br />
estear-se no obscurantismo da fé, dos preconceitos e das crendices.<br />
Como se vê, o racionalismo de Descartes e Kant se implanta no campo da teoria das<br />
idéias, e o de Luiz de Mattos, na essência da espiritualidade, objetivando d<strong>em</strong>onstrar o<br />
conhecimento da vida real, para que possamos conduzir-nos com mais acerto neste mundoescola.<br />
Em homenag<strong>em</strong> ao saber de Descartes, o <strong>Racionalismo</strong> <strong>Cristão</strong> inseriu <strong>em</strong> sua obra<br />
básica trecho de uma das suas excelentes lições filosóficas sobre a Verdade, de que<br />
destacamos: “Trabalhar para b<strong>em</strong> pensar, eis o princípio da moral”.