ata da 2.594 ª sessão (ordinária) - Tribunal de Contas do Município ...
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fiscaliza<strong>do</strong> e verifica<strong>do</strong> pela Secretaria Municipal <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> antes <strong>de</strong> proce<strong>de</strong>r aos sucessivos<br />
repasses mensais. Das respostas <strong>do</strong>s diversos setores <strong>da</strong> Secretaria Municipal <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>,<br />
quan<strong>do</strong> insta<strong>do</strong>s a se manifestar acerca <strong>do</strong> ocorri<strong>do</strong>, <strong>de</strong>nota-se divergência <strong>de</strong> argumentos.<br />
Enquanto a Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> Sistema Municipal <strong>de</strong> Regulação, Controle, Avaliação e<br />
Auditoria explicou que a <strong>de</strong>man<strong>da</strong> <strong>de</strong> exames radiológicos na Microrregião está sen<strong>do</strong><br />
supri<strong>da</strong> pelos serviços próprios <strong>da</strong> Secretaria Municipal <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> e que após tr<strong>ata</strong>tivas com o<br />
NTCSS ficou pactua<strong>da</strong> uma retificação no Termo <strong>de</strong> Contrato para a diminuição <strong>do</strong><br />
quantitativo <strong>de</strong>stes procedimentos, a Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> NTCSS e o Senhor Secretário<br />
Municipal <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> informaram apenas o número <strong>de</strong> exames realiza<strong>do</strong>s no primeiro semestre<br />
<strong>de</strong> 2010, quan<strong>do</strong> o perío<strong>do</strong> em questão é <strong>de</strong> 2009, e a d<strong>ata</strong> <strong>de</strong> reunião <strong>de</strong> avaliação semestral<br />
para os seis primeiros meses <strong>de</strong> 2010 que, entre outros aspectos, proce<strong>de</strong>rá a <strong>de</strong>sconto pelos<br />
exames não realiza<strong>do</strong>s. Em momento algum estas últimas autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> Secretaria<br />
Municipal <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> mencionam que ficou pactua<strong>da</strong> uma retificação no Termo <strong>de</strong> Contrato<br />
para a diminuição <strong>do</strong> quantitativo <strong>de</strong>stes procedimentos, <strong>de</strong>monstran<strong>do</strong> um <strong>de</strong>sencontro <strong>de</strong><br />
informações. Ao tocar neste aspecto, qual seja, na diminuição <strong>do</strong> quantitativo a ser ajusta<strong>do</strong><br />
por novo termo aditivo, novamente se apresenta a questão <strong>da</strong> ausência <strong>de</strong> planejamento <strong>de</strong><br />
ações coor<strong>de</strong>na<strong>da</strong>s pela Secretaria Municipal <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>, pois <strong>da</strong> análise <strong>do</strong> cenário geral afeto<br />
a exames no <strong>Município</strong> <strong>de</strong> São Paulo, realiza<strong>da</strong> no TC 2.376.10-03, se conclui que as<br />
regulações regionais não atuam <strong>de</strong> forma padroniza<strong>da</strong>, que o Sistema SIGA não é utiliza<strong>do</strong><br />
conforme as diretrizes <strong>da</strong> Coor<strong>de</strong>nação <strong>da</strong> Regulação Central e que há uma gran<strong>de</strong> fila <strong>de</strong><br />
espera <strong>de</strong> ci<strong>da</strong>dãos aguar<strong>da</strong>n<strong>do</strong> o momento <strong>de</strong> realização <strong>de</strong> exames, enquanto que,<br />
inversamente, a Irman<strong>da</strong><strong>de</strong> Santa Casa <strong>de</strong> Misericórdia produz somente 27% <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
contr<strong>ata</strong><strong>da</strong>. Ora, se a Secretaria Municipal <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> e a direção <strong>do</strong> Hospital têm<br />
conhecimento <strong>da</strong> razão <strong>da</strong> realização <strong>de</strong> um número menor <strong>de</strong> exames <strong>do</strong> que sua capaci<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />
uma vez que argumentaram o lapso temporal entre o agen<strong>da</strong>mento e a d<strong>ata</strong> <strong>do</strong> exame e<br />
também a distância e/ou dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> transporte entre a residência <strong>do</strong> paciente e o hospital,<br />
eles também tem à disposição as ferramentas para corrigir o problema. Afinal, o mo<strong>de</strong>lo<br />
concebi<strong>do</strong> <strong>de</strong> Contrato <strong>de</strong> Gestão foi justifica<strong>do</strong> pela necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> superar aspectos <strong>de</strong><br />
ineficiência <strong>do</strong>s serviços presta<strong>do</strong>s diretamente pelo Esta<strong>do</strong>, na busca <strong>de</strong> melhores resulta<strong>do</strong>s<br />
e com economia <strong>de</strong> recursos. Não basta a mera alegação <strong>de</strong> lapso temporal entre o<br />
agen<strong>da</strong>mento e a realização <strong>do</strong> exame quan<strong>do</strong> a produção é extraordinariamente menor <strong>do</strong><br />
que o número <strong>de</strong> exames contr<strong>ata</strong><strong>do</strong>s. Além disso, o argumento <strong>da</strong> distância e/ou dificul<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> transporte entre a residência <strong>do</strong> paciente e o hospital não é pertinente justamente porque o<br />
Hospital Municipal São Luiz Gonzaga foi concebi<strong>do</strong> para ser uni<strong>da</strong><strong>de</strong> hospitalar <strong>de</strong> referência<br />
na Microrregião Jaçanã/Tremembé, ou seja, na região on<strong>de</strong> está instala<strong>do</strong>, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> que o<br />
sistema <strong>de</strong> referência e contra referência <strong>do</strong> <strong>Município</strong> <strong>de</strong>ve agen<strong>da</strong>r a realização <strong>de</strong> exames<br />
para a população resi<strong>de</strong>nte naquela região. Se <strong>da</strong> oferta estima<strong>da</strong> <strong>de</strong> 5.100 exames <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s<br />
à re<strong>de</strong> assistencial externa ao hospital, para o perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> seis meses (3.000 <strong>de</strong> raios-X e 2.100<br />
<strong>de</strong> ultrassonografia), a Santa Casa disponibilizou no Sistema SIGA 4.532 vagas para<br />
agen<strong>da</strong>mento <strong>de</strong> exames, no perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> janeiro a junho/2010, que somente resultaram em 969<br />
exames confirma<strong>do</strong>s, primeiramente haveria a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> pronta intervenção <strong>da</strong><br />
Secretaria Municipal <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> para sanar tal discrepância e ineficiência. A<strong>de</strong>mais, incorreu a<br />
Secretaria Municipal <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> em mais uma falha no que concerne à fiscalização, qual seja, a<br />
<strong>de</strong>mora na constituição <strong>da</strong> Comissão <strong>de</strong> Acompanhamento e Fiscalização, somente leva<strong>da</strong> a<br />
termo em 10/12/2010 pela Portaria 1.176/2010-PREF, ou seja, passa<strong>do</strong>s <strong>do</strong>is anos e <strong>de</strong>z<br />
meses <strong>da</strong> celebração <strong>de</strong>ste Contrato <strong>de</strong> Gestão, lacuna que indisponibilizou um mecanismo <strong>de</strong><br />
gestão/regulação. A previsão <strong>da</strong> constituição <strong>de</strong>ssa comissão foi feita pela Lei Municipal nº<br />
14.132/2006, <strong>de</strong> 24/01/2006, em sua re<strong>da</strong>ção altera<strong>da</strong> pela Lei Municipal 14.664/2008 <strong>de</strong><br />
05/01/2008, ou seja, antes <strong>de</strong> ser firma<strong>do</strong> o presente Contrato <strong>de</strong> Gestão. Sua atribuição