GUIA DE ACESSIBILIDADE: - Mara Gabrilli
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1 - O que é o Desenho Universal? 2 - Dimensões e módulos de referência<br />
para projetos<br />
1.1 - Conceito<br />
Diante de maior número de estudos sobre a população, a visão da sociedade sobre o homem-padrão<br />
foi aos poucos se modificando. Na década de 1960, a constatação de uma parcela significativa de<br />
pessoas com deficiências e o questionamento sobre os direitos sociais e necessidades das pessoas<br />
idosas resultaram na indução de um maior entendimento social sobre as diferenças.<br />
O conhecimento da diversidade leva os profissionais das áreas técnicas a modificarem<br />
conceitualmente a concepção dos espaços edificados e objetos produzidos, apontando para um<br />
projeto mais responsável e compromissado; ou seja, passam a trabalhar no sentido de atender a<br />
uma gama cada vez maior de usuários, a fim de criar ambientes sem barreiras. Contudo, o trabalho<br />
inicial foi de eliminar barreiras, portanto, ‘adaptar’ espaços e objetos para atender à parcela da<br />
população que apresentava alguma deficiência ou mobilidade reduzida.<br />
Experiências observadas no mundo indicam o abandono do conceito de espaços e objetos<br />
projetados exclusivamente para pessoas com deficiência (ou adaptados), no sentido de se propor<br />
ambientes e equipamentos que atendam grande arranjo de pessoas. Este é um elemento-chave<br />
do conceito de Desenho Universal.<br />
O Desenho Universal visa, portanto, incorporar parâmetros dimensionais de uso e manipulação<br />
de objetos, de forma que alcance maior gama de pessoas, independentemente de seu tamanho,<br />
idade, postura ou condições de mobilidade, procurando respeitar a diversidade física e sensorial<br />
na concepção de espaços e objetos, resguardando ainda a autonomia.<br />
1.2 - Princípios básicos do Desenho Universal<br />
Para concepção de um Desenho Universal, devem-se considerar os seguintes princípios:<br />
1. Uso equitativo – equipara as possibilidades de uso;<br />
2. Uso flexível – pode ser utilizado por uma gama de indivíduos;<br />
3. Uso simples e intuitivo – uso de fácil compreensão;<br />
4. Informação de fácil percepção – comunica ao usuário as informações necessárias, de forma<br />
facilitada;<br />
5. Tolerância ao erro – minimiza o risco e as consequências adversas de ações involuntárias ou<br />
imprevistas;<br />
6. Baixo esforço físico – pode ser utilizado por qualquer usuário com mínimo esforço físico;<br />
7. Dimensão e espaço para acesso e uso – espaço e dimensões apropriados para interação,<br />
alcance, manipulação e uso, independente de tamanho, postura ou mobilidade do usuário.<br />
Guia de Acessibilidade: Espaço Público e Edificações<br />
Neste Guia, serão apresentadas medidas que não são as de pessoas de padrão médio ou do<br />
“homem padrão”, e, sim, medidas que consideram a diversidade da população – seja por condição<br />
temporária (como de grávidas, por exemplo) ou permanentes –, pessoas com mobilidade<br />
reduzida, ou com alguma deficiência que acarreta peculiaridade na forma de caminhar, ou mesmo<br />
necessidades especiais diversas. Todas as dimensões indicadas nas figuras estão em metro (m).<br />
2.1 - Pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida<br />
Figura 1 - Grávida<br />
Figura 3 - Pessoa com deficiência<br />
visual com cão-guia<br />
Figura 2 - Pessoa obesa<br />
Figura 4 - Pessoa idosa com bengala<br />
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