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Cinésio Silva-TMEM.pdf - Universidade Aberta

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1.3. – Aspecto hidrográfico<br />

A actuação do clima com sua influência no ambiente físico comanda as actuações<br />

erosivas na formação do relevo agindo na modelagem das formas paisagísticas do ambiente.<br />

O trabalho na elaboração dos cursos de água, da paisagem natural, da vegetação e dos solos é<br />

resultado disto. As correntezas das águas geralmente são reduzidas do norte para o sul e do<br />

mar para a região interior do país influenciada pelo clima. A abundância fluvial existente no<br />

norte 17 reveste especial importância no caso do rio Minho, Lima, Homem, Cávado, Douro,<br />

entre outros, os quais sofrem aumento ou redução do seu caudal de acordo com o período do<br />

ano, mais especificamente no verão quando ocorre a maior evaporação das águas dos seus<br />

leitos, mas estes caudais podem ser alterados com as fortes chuvas, que nas áreas planas<br />

provocam catástrofes com suas cheias. Portanto, sofre também o solo devido as alterações nas<br />

formações geológicas mais características.<br />

Quanto à importância da vegetação, é notória a acção das chuvas em todo país, no<br />

tocante ao norte, salienta-se a presença das árvores 18 que possuíam grande importância na<br />

vida dos colonos na Idade Média nas terras de Bouro, assim como em outros julgados. A<br />

água, um dos principais factores que forma a vida no geral, faz parte da paisagem natural e<br />

direcciona o homem aos seus mais distantes intentos de futuro. O desenvolvimento<br />

promovido pela água nos leva a uma evolução e continuação das espécies de vidas.<br />

Acompanhante permanente do ser vivo, sendo seu dependente histórico de origem, que o<br />

segue durante a sua sobrevivência. Curativa das dores do corpo e libertadora 19 da alma, a água<br />

se faz presente como protectora do ser vivo, tornando-se boa na abundância e má na sua falta.<br />

Transportada por diversos tipos de utensílios e, veículos transportadores que iam desde os<br />

aquedutos e represas 20 , estas últimas utilizavam a força da gravidade para o seu transporte.<br />

Sendo ainda a represa utilizada como reservatório primitivo cavado na própria terra.<br />

17 Carlos Alberto de Medeiros, Introdução á Geografia de Portugal, Lisboa, Editorial Estampa, 1997, pp. 98-<br />

104.<br />

18 Iria Gonçalves, “A Árvore na paisagem rural do Entre Douro e o Minho: O testemunho das Inquirições de<br />

1258” in 2º Congresso Histórico de Guimarães - Actas do Congresso, 6º vol. Guimarães Câmara Municipal de<br />

Guimarães/<strong>Universidade</strong> do Minho, 1996, pp. 5-25.<br />

19 Amélia Aguiar Andrade, “A Água no Entre Lima e Minho no Século XIII: Contornos de uma presença<br />

esperada”. Estudos Orientais, vol. IV, Homenagem ao Prof. António Augusto Tavares, Lisboa, Instituto Oriental<br />

da <strong>Universidade</strong> Nova, 1977, pp. 183-197.<br />

20 Idem, Ob.cit, p. 193.<br />

13

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