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Cinésio Silva-TMEM.pdf - Universidade Aberta

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a plantação. Em principio, esse seria o tempo em que a vinha estava pronta para dar uma boa<br />

produção de frutos para a elaboração do vinho. Esta proteção pode fazer-se recuar ao reinado<br />

do rei D. Afonso II, quando, em lei de 1211, se proibia o corte de vinhas 58 em qualquer dos<br />

seus tipos, fossem elas ramadas, vinha ou uveiras 59 , assim denominada quando a videira se<br />

enroscava ou agarrava-se a uma árvore que lhe servia de suporte, geralmente em carvalhos ou<br />

castanheiros. No plantio tinha que ser seguido um dos tipos de medida a semeadura 60 ou a<br />

passada, marcadas para sair estas referências 61 . O Vinho depois de pronto e guardado em<br />

pipas, cubas ou trebolhas 62 , este último depósito confeccionado em couro e usado para<br />

transporte marítimo. O Vinho destes tempos não podia ficar muito tempo armazenado, uma<br />

vez que não se conservava por muito tempo por isso era logo colocado à venda.<br />

No julgado de Bouro, o vinho tem sua presença documentada em 16 freguesias 63 em<br />

1220, sendo medido em puçais, sesteiros, quartas, cabaças, almudes e alqueires 64 . Em 1258<br />

encontramo-lo produzido em sete 65 freguesias.<br />

Nas inquirições de 1220, havia menos de um quarto das freguesias que pagavam seus<br />

foros do vinho, no entanto, há algumas freguesias que não citam pagamentos com produtos<br />

por ser em couto, o que pode falsear o quadro geral. Enquanto em 1258, quase metade tinha<br />

vinhas, havia três freguesias que eram couto, São João de Campos, São Salvador de Souto e o<br />

Couto do Mosteiro de Bouro. Logo nota-se no primeiro momento que no reinado de D.<br />

Afonso II, em Bouro havia necessidade de vinho devido a sua produção 66 ser era feita por<br />

apenas 16 freguesias a fim atender todas as outras do julgado de Bouro, que tinha o total de<br />

58 Ibidem, pp. 119-131.<br />

59 Ibidem, p. 125.<br />

60 Ibidem, p. 125.<br />

61 Ibidem, p. 125.<br />

62 Ibidem, p. 126.<br />

63 Santa Maria de Moimenta, São Miguel de Vilar, São Tiago de Vilar, São Paio de Sequeiros, São Mamede de<br />

Vilarinho, São Mateus de Valbom, Santa Maria de Doção, Santa Marinha de Chorence, Santa Maria de<br />

Valdosende, São Salvador de Souto, São Tiago de Chamoim, São João de Balança, santa Maria de turiz, São<br />

Paio de Carvalheira, Santa Eulália de Regalados, São Tiago de Vila Chã.<br />

64 “Pesos e Medidas” in Dicionário de Historia de Portugal, dirigido por Joel Serrão, vol. V., Porto,<br />

Figueirinhas, pp. 67-72.<br />

65 São Paio de Carvalheira, São Tiago de Chamoim, Santa Maria de Chorence, Santa Maria de Chorence, Santa<br />

Maria de Moimenta, São João de Balança, Santa Marinha de Vilar e São Mateus.<br />

66 H. Gama Barros, História da Administração Pública em Portugal, nos séculos XII a XV, 2ª ed., Lisboa, ed. Sá<br />

da Costa, 1950, vol. IX., pp. 89-90.<br />

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