Ben Bernanke alerta que situação fiscal dos EUA é - Brasil ...

Murillo Constantino
Aliansce vende 13% mais e espera o
segundo semestre com otimismo
Vendas alcançaram R$ 1,4 bilhão entre
abril e junho, segundo prévia operacional
Érica Polo
epolo@brasileconomico.com.br
Apesar da timidez do cenário
econômico, as vendas dos 15
empreendimentos da Aliansce
Shoppings Centers avançaram
12,8% no segundo trimestre do
ano, para R$ 1,4 bilhão, em comparação
com o mesmo período
de 2011. A companhia divulgou
ontem a prévia dos resultados
trimestrais, que será publicada
em 14 de agosto. O resultado é
soma do crescimento orgânico,
de expansões e da performance
parcial de empreendimentos recém-lançados,
caso do Boulevard
Shopping Campos, em
Campos de Goytacazes (RJ) e
Parque Shopping Belém, em Belém
do Pará. Ambos abriram as
portas no mês de abril, embora
em anos diferentes: o primeiro
em 2011 e o segundo neste ano.
O desempenho da empresa
no trimestre ficou em linha
com o esperado pelos dirigentes.
“A performance foi muito
boa considerado o momento
econômico que estamos vivendo”,
avaliou Eduardo Prado, superintendente
de relações com
investidores da Aliansce. Embora
as vendas tenham crescido,
analistas esperam por redução
do lucro da companhia (ver matéria
abaixo). A Aliansce está entre
as cinco maiores do setor e
atua no planejamento, desen-
Embora os números de vendas
da Aliansce Shoppings Centers
tenham sido positivos no segundo
trimestre, o lucro líquido da
companhia não deve espelhar
resultado tão animador. É que
segundo avaliação do BTG Pactual,
a empresa deve registrar
um ganho de R$ 21,3 milhões, o
que representa uma queda de
42% ante o resultado de R$ 36,6
milhões visto no mesmo perío-
Setor Imobiliário concretizou 17 fusões
volvimento e gerenciamento de
centros de compras. Em 2011,
sua receita líquida alcançou R$
270 milhões.
Prado, que não comenta estimativas
feitas pelo mercado,
diz que a empresa espera crescimento
de vendas ainda mais forte
para os próximos trimestres.
“Mais de 50% de nossa ABL
[Área Bruta Locável] tem me-
do de 2011. Mesmo assim, os
analistas esperam uma alta de
36% na receita líquida motivada
pela aquisição da Pargim que
deve ser totalmente capturada
neste trimestre. “Já o recém
inaugurado Parque Shopping Belém
será captado a partir do terceiro
trimestre”, destacaram os
analistas Marcello Milman e
Gustavo Cambauva.
Segundo eles, o segundo trimestre
do ano deve reafirmar a
natureza defensiva do setor de
shopping centers no Brasil.
Além disso, ressaltam que os resultados
não devem trazer grandes
surpresas. E quem abre alas
para a temporada de balanços
nos de cinco anos de operação,
há maturação por vir”. Normalmente,
um novo shopping leva
de três a cinco anos para se estabelecer
no mercado. Os próximos
lançamentos da Aliansce
deverão ocorrer em Vila Velha
(ES), Bauru (SP) e Maceió (AL)
até o primeiro semestre do ano
que vem. Hoje, a companhia detém
351 mil metros quadrados
de ABL própria e concentra
atuação no Sudeste. A taxa de
ocupação, segundo a prévia di-
do setor é o Iguatemi que deve
apresentar no final deste mês,
um lucro líquido de R$ 53,5 milhões.
A equipe do BTG destaca que
este resultado ainda não apresenta
contribuição do recém
inaugurado Jk Iguatemi, em São
Paulo. Mesmo assim, de acordo
com o banco, o resultado mostra
um avanço de 25% ante o
mesmo período do ano anterior.
Em seguida será a vez do
BR Malls, que não tem um cenário
tão animador como o Iguatemi.
De acordo com Marcelo Milman
e Gustavo Cambauva a depreciação
cambial em cima da
dívida da empresa, deve levar o
vulgada, chega a 97,8%, sendo
que em dez dos centros de compras
supera os 99%.
Mesmas áreas cresce 11%
A venda nas chamadas ‘mesmas
áreas’ avançou 11,4% no segundo
trimestre ante igual período
de 2011. “Nossa intenção
ao divulgar esse índice é mostrar
avanço de qualificação do
mix, já que não mensura o desempenho
dos mesmos lojistas”,
explica Prado. Quando ob-
Leonardo Wen/Folhapress
servadas as vendas de ‘mesmas
lojas’, houve avanço de 10,1%.
Forte preocupação do setor
hoje é a inadimplência, ressaltou
o executivo. “Mas nós ainda
não sofremos com isso”. No segundo
trimestre, o nível de
inadimplência líquida da Aliansce
foi de 1,3%, mantendo o patamar
do primeiro trimestre do
ano. Comparado ao mesmo período
do ano anterior, a taxa
chega a 3,9% - redução de 0,1
ponto percentual. ■
Empresa deve registrar queda no lucro líquido
Para analistas do BTG Pactual,
o setor de shopping não deve
apresentar grandes surpresas
Rafael Palmeiras
rpalmeiras@brasileconomico.com.br
A Pesquisa de Fusões e Aquisições da KPMG no Brasil divulgou
que o setor imobiliário registrou 17 fusões e aquisições no primeiro
semestre deste ano. Do total de operações, 11 foram de caráter
doméstico, nove ocorreram no primeiro trimestre do ano e oito nos
meses de abril, maio e junho. Vale lembrar, que em 2011, o setor
também apresentou 17 fusões e aquisições, mas em relação a 2010,
houve um aumento de 30,8%.
SACOLAS CHEIAS
Prévia de resultados da
Aliansce, no 2º trimestre**
VENDAS TOTAIS
R$ 1,4 bi
EVOLUÇÃO*
12,8%
VENDAS DAS MESMAS LOJAS
10,1%
MESMAS ÁREAS
11,4%
Número de shoppings 15
Taxa de ocupação 97,8%
ABL própria** 351 mil m2 Fonte: Aliansce
*comparação com 2º trimestre de 2011
** Área Bruta Locável
Aposta são os novos shoppings, ainda em período de maturação, apesar do momento econômico
ESTIMATIVAS
Lucro das administradoras
de shoppings no 2º trimestre
EMPRESA LUCRO LÍQUIDO VARIAÇÃO
BR MALLS
MULTIPLAN
IGUATEMI
ALIANSCE
Fonte: BTG Pactual
R$ 300 MIL
R$ 65 MILHÕES
R$ 53,5 MILHÕES
R$ 21,3 MILHÕES
Quarta-feira, 18 de julho, 2012 Brasil Econômico 17
-100%
6%
25%
-42%
lucro líquido próximo a zero, fechando
o trimestre em R$ 300
mil, com perdas de 100%.
Já do lado positivo, a empresa
deve registrar alta de 33% na
receita líquida que passa de R$
199,4 milhões para R$ 265,4 milhões
como resultado das aquisições
feitas.
Em cima do muro, a Multiplan
deve vê seu lucro líquido
subir ligeiramente para R$ 65
milhões, com alta de 6% quando
comparado ao mesmo período
do ano anterior.
Segundo os analistas o resultado
é devido “à venda do Morumbi
Business Tower no trimestre
anterior.” ■