Ben Bernanke alerta que situação fiscal dos EUA é - Brasil ...
Ben Bernanke alerta que situação fiscal dos EUA é - Brasil ...
Ben Bernanke alerta que situação fiscal dos EUA é - Brasil ...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Rog<strong>é</strong>rio Mori<br />
Professor da Escola de Economia de<br />
São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV)<br />
Emergentes em desaceleração<br />
Está cada vez mais evidente <strong>que</strong> a desaceleração do ritmo da atividade<br />
econômica <strong>que</strong> atingiu os países desenvolvi<strong>dos</strong> há alguns<br />
anos está começando a se refletir sobre as nações emergentes.<br />
Desde fins de 2008 os Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong>, <strong>que</strong> representaram<br />
o principal motor da expansão econômica por boa parte da<br />
d<strong>é</strong>cada passada, entrou em estado de estagnação econômica.<br />
As ações do Fed, o banco central americano, apenas evitaram o<br />
colapso do sistema financeiro americano e global. No entanto,<br />
a economia não reage às baixas taxas de juros praticadas por lá<br />
ante o elevado endividamento das famílias. Uma recessão mais<br />
pronunciada só foi evitada em face da política <strong>fiscal</strong> expansionista<br />
praticada pelo governo.<br />
Na Europa, a <strong>situação</strong> tamb<strong>é</strong>m não inspira maior otimismo.<br />
Vários países do bloco seguem com elevado grau de endividamento<br />
público e com altas taxas de desemprego, sem perspectivas<br />
de retomada do crescimento econômico. Com isso, a Europa<br />
segue em ritmo lento tamb<strong>é</strong>m. Essas duas regiões (<strong>EUA</strong> e Europa)<br />
somam praticamente metade do PIB do planeta e sua estagnação<br />
se reflete duramente sobre a economia mundial.<br />
O governo brasileiro parece tentar reeditar<br />
a fórmula de sucesso <strong>que</strong> tirou o <strong>Brasil</strong><br />
da recessão nos primeiros meses de 2009<br />
Em função desse quadro, a esperança de algum alento sobre<br />
a economia global recaiu sobre os emergentes, em particular<br />
sobre os BRICS. Nesse contexto, alguns desses países demonstraram<br />
alguma pujança mesmo com a desaceleração das<br />
economias desenvolvidas. O maior desta<strong>que</strong> nesse processo<br />
foi a China, <strong>que</strong> manteve eleva<strong>dos</strong> padrões de crescimento<br />
econômico nos últimos anos.<br />
No entanto, o <strong>que</strong> temos observado ao longo do primeiro semestre<br />
de 2012 <strong>é</strong> <strong>que</strong> mesmo essas economias parecem estar entrando<br />
em uma trajetória de desaceleração do crescimento econômico.<br />
No caso da economia chinesa, temos assistido a sucessivas<br />
revisões para baixo das projeções de crescimento econômico<br />
para esse ano. Está evidente nesse processo, <strong>que</strong> a economia<br />
da China começou a desacelerar tamb<strong>é</strong>m.<br />
Fenômeno similar está ocorrendo na economia brasileira e<br />
as projeções de crescimento para este ano, <strong>que</strong> chegaram a ser<br />
superiores a 3%, já começaram a se situar na casa <strong>dos</strong> 2% e já<br />
existem projeções <strong>que</strong> apontam para números inferiores a esse.<br />
Especificamente no caso brasileiro, o governo parece tentar<br />
recorrentemente reeditar a fórmula de sucesso <strong>que</strong> tirou o<br />
<strong>Brasil</strong> da recessão nos primeiros meses de 2009, com uma combinação<br />
de incentivos à tomada de cr<strong>é</strong>dito e reduções de impostos<br />
pontuais em setores considera<strong>dos</strong> chave. No entanto, o<br />
ambiente atual <strong>é</strong> significativamente diferente do verificado na<strong>que</strong>le<br />
período. Boa parte das famílias brasileiras já se encontram<br />
bem mais endividadas neste momento e com grande parcela<br />
de sua renda comprometida, sem grandes espaços para novos<br />
arroubos de consumo.<br />
Tamb<strong>é</strong>m existem sinais de desaceleração econômica em outros<br />
emergentes neste momento. Nesse contexto, a esperança<br />
de <strong>que</strong> esses países representariam um sinal de reversão do quadro<br />
de estagnação econômica global se esvai ao longo deste<br />
ano. Em outras palavras, ainda não existem sinais concretos de<br />
<strong>que</strong> a “Grande Recessão” esteja se encerrando em breve. ■<br />
Situação se agrava na Síria<br />
Damasco viveu nos últimos três dias os mais violentos confrontos<br />
em 17 meses de rebelião contra o presidente Bashar al-Assad.<br />
Os rebeldes resistiram ao cerco das forças de segurança. ➥ P38<br />
Prêmios Nobel divergem sobre o euro<br />
Em artigo, Rodrigo Sias analisa os pontos de vista de dois c<strong>é</strong>lebres<br />
economistas, Robert Mundell e Milton Friedman, sobre as chances<br />
de a moeda comum europeia triunfar sobre a crise. ➥ P39<br />
MOSAICO POLÍTICO<br />
PEDRO VENCESLAU<br />
pvenceslau@brasileconomico.com.br<br />
Quando o assunto <strong>é</strong> mobilidade urbana na Copa do Mundo, todo mundo logo fala em aeroportos e<br />
transporte público. Mas o torcedor <strong>que</strong> pode pagar pelos caríssimos ingressos <strong>dos</strong> jogos gosta mesmo<br />
<strong>é</strong> de andar de carro. Pensando nisso, o empresário Rubens Taleb, dono da Multipark, a maior<br />
rede de estacionamentos do <strong>Brasil</strong>, traçou um plano de expansão para dobrar o seu negócio at<strong>é</strong><br />
2014. Hoje são 270 pontos e 80 mil vagas. Os primeiros novos estacionamentos sairão em breve em<br />
São Paulo, na Faria Lima, Itaim e Lapa. Em outra frente, ele está negociando a operação de várias<br />
garagens subterrâneas em Belo Horizonte, <strong>que</strong>, juntas, oferecerão 4.600 novas vagas na cidade. “A<br />
Andrade Gutierrez tamb<strong>é</strong>m me procurou propondo uma parceria para operar a garagem do estádio<br />
do Morumbi. Serão 1.000 vagas”, contou Taleb à coluna. Ele tamb<strong>é</strong>m está em vias de fechar contrato<br />
com a Odebrecht para ficar com o estacionamento do Cais Mauá, <strong>que</strong> terá 950. ■<br />
Estacionamento <strong>é</strong> caro por<br />
causa do aluguel, diz empresário<br />
“Antes de o <strong>Brasil</strong> ser escolhido sede da Copa e da<br />
Olimpíada, o estacionamento não era ligado ao<br />
transporte intermodal. Só se falava em integrar<br />
trem e aeroporto", diz Taleb, da Multipark.<br />
Questionado sobre os altos preços para estacionar<br />
em São Paulo, ele culpa o valor <strong>dos</strong> alugu<strong>é</strong>is.<br />
CURTAS<br />
●<br />
Quarta-feira, 18 de julho, 2012 <strong>Brasil</strong> Econômico 3<br />
Fernando Haddad: chegou a hora<br />
de procurar a classe m<strong>é</strong>dia<br />
Depois de gastar muita sola de sapato para se<br />
tornar conhecido em redutos históricos do PT<br />
na periferia de São Paulo, Fernando Haddad<br />
agora vai investir na classe m<strong>é</strong>dia.<br />
Nas próximas semanas ele faz campanha em<br />
bairros como Vila Mariana e Vila Madalena.<br />
Haddad e Maluf entrando<br />
➤ de cabeça na campanha de<br />
PRONTO, FALEI<br />
A deputada Manuela D’Ávila<br />
➤ (PCdoB) lidera a disputa<br />
Jos<strong>é</strong> Serra? Muita calma nessa<br />
hora. O trocadilho inevitável<br />
virou moda ontem entre tucanos<br />
quando dois secretários<br />
de Kassab, Bebeto Haddad,<br />
<strong>dos</strong> Esportes, e Carlos Malufe,<br />
das Relações Institucionais,<br />
deixaram o governo para<br />
trabalhar na campanha do<br />
tucano. Detalhe: ambos são<br />
do PMDB, de Gabriel Chalita.<br />
Com Haddad, Kassab,<br />
●➤<br />
Chalita, Maluf e Malufe,<br />
a eleição em São Paulo está<br />
“Se o governo<br />
não gastasse<br />
tanto, e tão mal,<br />
haveria espaço<br />
para redução<br />
de tributos para<br />
o conjunto da<br />
economia, e não<br />
apenas para<br />
alguns setores”<br />
em Porto Alegre, segundo<br />
pesquisa do Instituto Methodus.<br />
Fale agora ou cale-se at<strong>é</strong><br />
●➤<br />
2014. Os eleitores <strong>que</strong><br />
souberem de algo <strong>que</strong> torne<br />
inelegível algum candidato<br />
têm at<strong>é</strong> hoje para informar a<br />
irregularidade ao juiz eleitoral.<br />
A paup<strong>é</strong>rrima campanha<br />
●➤<br />
de Soninha Francine (PPS)<br />
em São Paulo sofreu ontem<br />
um rev<strong>é</strong>s financeiro inesperado<br />
no centro de São Paulo.<br />
cada vez mais parecendo<br />
uma campanha no... Líbano.<br />
Agora <strong>que</strong> o PMDB<br />
●➤<br />
anunciou <strong>que</strong> vai fundir-se<br />
A<strong>é</strong>cio Neves<br />
Senador,<br />
soltando<br />
o verbo<br />
contra<br />
Dilma<br />
A candidata contou ao<br />
●➤<br />
repórter Rafael Abrantes,<br />
do BRASIL ECONÔMICO, <strong>que</strong> perdeu<br />
o cartão de cr<strong>é</strong>dito nas Casas<br />
com outras siglas, já tem gente<br />
Bahia ao tentar comprar um<br />
imaginando o nome do novo<br />
secador de cabelos depois<br />
monstrengo, digo, partido. Se for<br />
de conceder uma entrevista<br />
com o PSD, <strong>que</strong> tal PSDDB?<br />
no centro. “E, por falar nisso,<br />
Já com o DEM seria PMDEM?<br />
os juros cobra<strong>dos</strong> pelo cartão<br />
Dá medo só de pensar...<br />
são um absurdo”, disparou.<br />
Divulgação<br />
●<br />
Divulgação<br />
Multipark negocia com estádio do Morumbi