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Ben Bernanke alerta que situação fiscal dos EUA é - Brasil ...

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38 <strong>Brasil</strong> Econômico Quarta-feira, 18 de julho, 2012<br />

MUNDO<br />

Erika Solomon e Mariam Karouny<br />

Reuters, Beirute<br />

Damasco registrou, ontem, confrontos<br />

entre rebeldes e forças governamentais<br />

pelo terceiro dia seguido,<br />

nos mais violentos combates<br />

na capital síria em 17 meses<br />

de rebelião contra o presidente<br />

Bashar al Assad. Forças de segurança<br />

e veículos blinda<strong>dos</strong> cercaram<br />

áreas rebeldes como o bairro<br />

de Midan, mas foram incapazes<br />

de expulsar os combatentes.<br />

Um vídeo divulgado pela oposição<br />

mostrava homens de jeans<br />

escondi<strong>dos</strong> atrás de sacos de<br />

areia em becos, disparando granadas<br />

de propulsão e metralhadoras.<br />

Rebeldes <strong>que</strong>imaram pneus e<br />

blo<strong>que</strong>aram algumas ruas para<br />

proteger os combatentes.<br />

O governo pouco disse sobre o<br />

avanço do conflito para a capital.<br />

A TV estatal informou na segun-<br />

Bagdá pede a<br />

iraquianos <strong>que</strong><br />

saiam da Síria<br />

da-feira <strong>que</strong> as forças do governo<br />

estavam buscando “grupos terroristas”<br />

escondi<strong>dos</strong> em alguns<br />

bairros de Damasco.<br />

Um combatente disse à Reuters<br />

<strong>que</strong> os rebeldes continuam<br />

lutando por<strong>que</strong> não têm como recuar<br />

para áreas mais seguras. “Se<br />

eles pudessem sair, sairiam”.<br />

Ativistas da oposição disseram<br />

<strong>que</strong> a ocorrência de combates no<br />

coração do poder de Assad mostra<br />

<strong>que</strong> os rebeldes estão perdendo<br />

o medo das forças governamentais.<br />

“Quando você volta<br />

seus canhões para o coração de<br />

Damasco, para Midan, você perdeu<br />

a cidade”, disse o ativista<br />

Imad Moaz, de Damasco. “Os rebeldes<br />

têm o apoio de famílias<br />

em toda a cidade.”<br />

O Observatório Sírio de Direitos<br />

Humanos disse <strong>que</strong> os combates<br />

se espalharam desde a noite<br />

de domingo para outras áreas da<br />

capital, e <strong>que</strong> helicópteros bombardearam<br />

alguns bairros.<br />

A violência continua desenfreada<br />

em outros pontos do país.<br />

O Observatório, com sede na Grã-<br />

Bretanha, disse ter recebido relatos<br />

de <strong>que</strong> mais de 150 pessoas foram<br />

mortas na segunda-feira.<br />

Na frente diplomática, o mediador<br />

internacional, Kofi Annan,<br />

reuniu-se em Moscou com<br />

o presidente Vladimir Putin, mas<br />

a Rússia parece relutante em ceder<br />

aos pedi<strong>dos</strong> para <strong>que</strong> pare de<br />

proteger Assad.<br />

Na segunda-feira, o chanceler<br />

russo, Sergei Lavrov, acusou o<br />

Ocidente de incluir “elementos<br />

de chantagem” em uma proposta<br />

de resolução <strong>que</strong> renova o mandato<br />

da missão de observação da<br />

ONU na Síria, mas inclui ameaças<br />

de sanção. A Rússia <strong>que</strong>r a<br />

aprovação de outra versão do texto,<br />

mas sem falar em sanções. ■<br />

DISSIPANDO TENSÕES<br />

Presidente tunisiano visita a França,<br />

país <strong>que</strong> apoiou o antigo regime de <strong>Ben</strong> Ali<br />

A visita de Moncef Marzouki, iniciada ontem <strong>é</strong> altamente simbólica,<br />

pois tem o objetivo de dissipar as tensões geradas pelo apoio de Paris<br />

ao antigo regime do ex-presidente <strong>Ben</strong> Ali. Marzouki se reuniu, ontem,<br />

com o presidente francês, François Hollande e hoje pronunciará um<br />

discurso na Assembleia Nacional (Câmara Baixa), uma honra <strong>que</strong> antes<br />

dele havia sido reservada a somente 16 líderes estrangeiros. AFP<br />

Combates entre Ex<strong>é</strong>rcito e rebeldes<br />

se intensificam na capital síria<br />

Violentos confrontos prosseguiam, ontem, pelo terceiro dia seguido em Damasco e em outras regiões do país<br />

INSEGURANÇA<br />

O Ira<strong>que</strong>, ainda conturbado por<br />

episódios de violência, após a retirada<br />

das tropas norte-americans,<br />

pediu aos seus cidadãos<br />

<strong>que</strong> vivem na Síria para voltar<br />

para casa por causa da escalada<br />

do conflito em seu vizinho. O<br />

gabinete iraquiano expressou<br />

preocupação com o “número<br />

crescente de incidentes de homicídio<br />

e agressão a iraquianos<br />

<strong>que</strong> vivem na Síria”, disse o porta-voz<br />

do governo Ali al-Dabbagh<br />

em comunicado.<br />

A <strong>situação</strong> da segurança no<br />

Ira<strong>que</strong> ainda <strong>é</strong> perigosa, apesar<br />

de um abrandamento na violência<br />

sectária pós-guerra, <strong>que</strong> matou<br />

dezenas de milhares de pessoas<br />

em 2006-2007. No mês passado,<br />

pelo menos 237 pessoas foram<br />

mortas e 603 ficaram feridas<br />

em ata<strong>que</strong>s de militantes.<br />

Cerca de 87 mil iraquianos foram<br />

para a Siria durante a violência<br />

secretária pós-guerra. ■<br />

Aseel Kami, Reuters<br />

LUTA E RECONCILIAÇÃO<br />

Philippe Wojazer/Reuters<br />

O ex-presidente americano Bill Clinton visitou, ontem, o líder sul-africano<br />

Nelson Mandela em Qunu, povoado do sudeste do país, onde o herói da luta contra o<br />

apartheid passou parte de sua infância e onde comemora hoje seus 94 anos. Clinton<br />

inaugurou uma biblioteca na escola primária No-Moscow local na companhia da<br />

esposa de Mandela, Graça Machel, e de sua filha Zindzi. Depois plantou uma árvore no<br />

Jardim da Recordação, onde estão enterra<strong>dos</strong> os chefes tradicionais locais. O 18 de<br />

julho, dia do aniversário de Mandela, <strong>é</strong> uma data importante na África do Sul, ocasião<br />

para multiplicar as homenagens, as boas ações e tamb<strong>é</strong>m os debates críticos sobre<br />

a melhor maneira de prosseguir com sua luta pelo trabalho de reconciliação. AFP<br />

Pneusincendia<strong>dos</strong>emDamascoparaimpediravançodastropasoficiais<br />

Reuters<br />

“TRANSIÇÃO”<br />

General <strong>que</strong><br />

desertou está<br />

em Paris<br />

AFP<br />

O general Manaf Tlass, o oficial<br />

de maior patente <strong>que</strong> desertou<br />

do ex<strong>é</strong>rcito sírio e considerado ligado<br />

ao presidente Bashar al Assad,<br />

anunciou <strong>que</strong> se encontra<br />

em Paris e <strong>que</strong> deseja uma transição<br />

construtiva em seu país, em<br />

um comunicado transmitido,<br />

ontem, à AFP.<br />

No texto assinado “general Manaf<br />

Tlass, Paris, 17 de julho de<br />

2012”, o oficial deseja “<strong>que</strong> o país<br />

saia da crise mediante uma fase<br />

de transição construtiva <strong>que</strong> garanta<br />

à Síria sua unidade, sua estabilidade<br />

e sua segurança, assim<br />

como as aspirações legítimas de<br />

seu povo”. E expressa sua “ira e<br />

dor por ver o ex<strong>é</strong>rcito levado a<br />

travar um combate contrário a<br />

seus princípios”.<br />

Esta primeira declaração direta<br />

à imprensa acontece depois do<br />

anúncio, em 6 julho, de sua deserção.<br />

O general acusou o poder de<br />

ter a maior parte da responsabilidade<br />

na atual crise na Síria. ■ AFP

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