Ben Bernanke alerta que situação fiscal dos EUA é - Brasil ...
Ben Bernanke alerta que situação fiscal dos EUA é - Brasil ...
Ben Bernanke alerta que situação fiscal dos EUA é - Brasil ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
40 <strong>Brasil</strong> Econômico Quarta-feira, 18 de julho, 2012<br />
ÚLTIMA HORA<br />
Governo <strong>que</strong>r mais infraestrutura<br />
para operadoras de telefonia móvel<br />
Depois da proibição da venda de novas<br />
linhas de telefonia celular em<br />
Porto Alegre, determinada pelo Procon,<br />
o ministro interino das Comunicações,<br />
Cezar Alvarez, disse ontem<br />
<strong>que</strong> o governo está trabalhando<br />
com medidas para solucionar os<br />
problemas de qualidade das operadoras.<br />
Entre elas estão o incentivo<br />
ao compartilhamento de infraestrutura<br />
entre as empresas, regras transitórias<br />
para a Copa do Mundo e<br />
isenções tributárias para projetos<br />
de infraestrutura.<br />
“Estamos vendo o <strong>que</strong> está ao<br />
nosso alcance para ajudar as empresas<br />
a terem mais infraestrutura para<br />
dar conta do <strong>que</strong> vendem. Ao mesmo<br />
tempo, temos <strong>que</strong> cuidar para<br />
<strong>que</strong> o <strong>que</strong> vende seja atendido e o cidadão<br />
nãos seja prejudicado”.<br />
Para Alvarez, a decisão do Procon<br />
de Porto Alegre não foi estapafúrdia,<br />
e reflete um cenário em <strong>que</strong><br />
a demanda por serviços está crescendo<br />
mais <strong>que</strong> a capacidade de investimento<br />
das empresas. “É evidente<br />
<strong>que</strong> a capacidade instalada está<br />
no seu limite, as empresas reconhecem<br />
isso. A Anatel nos conta e a<br />
gente, como usuário, percebe <strong>que</strong> a<br />
qualidade vem diminuindo um pouco,<br />
em alguns lugares mais, outros<br />
menos”. O Instituto <strong>Brasil</strong>eiro de<br />
Defesa do Consumidor (Idec) espera<br />
<strong>que</strong> a decisão tomada em Porto<br />
Alegre reflita no cenário de investimentos<br />
das operadoras, <strong>que</strong>, na ava-<br />
David Manning/Reuters<br />
Republicano não informará rendimento anterior a 2010<br />
Romney se nega a divulgar<br />
outras declarações de renda<br />
O pr<strong>é</strong>-candidato republicano Mitt Romney ignorou ontem<br />
a pressão para <strong>que</strong> divulgue mais declarações de<br />
renda, e sua campanha criticou o presidente Barack<br />
Obama num esforço para desviar o debate do histórico<br />
empresarial e financeiro de Romney. Romney diz <strong>que</strong><br />
não vai ceder aos apelos — inclusive de alguns colegas<br />
de partido — para <strong>que</strong> divulgue rendimentos anteriores<br />
a 2010. “No ambiente político <strong>que</strong> existe hoje, a pesquisa<br />
de oposição da campanha de Obama está procurando<br />
qual<strong>que</strong>r coisa <strong>que</strong> eles possam usar para distrair (o eleitorado)<br />
do fracasso do presidente em reacender nossa<br />
economia”, disse Romney ao site conservador National<br />
Review Online. “Simplesmente não me entusiasmo em<br />
entregar-lhes centenas ou milhares de páginas a mais<br />
para <strong>que</strong> selecionem, distorçam e mintam a respeito”,<br />
disse ele. ■ Reuters<br />
<strong>Brasil</strong> Econômico <strong>é</strong> uma publicação da Empresa Jornalística Econômico S.A.,<br />
com sede à Rua Joaquim Palhares, 40, Torre Sul, 7 o andar, Cidade Nova - CEP 20260-080<br />
Rio de Janeiro (RJ) - Fones (21) 2222-8701 e 2222-8707<br />
Central de atendimento e venda de assinaturas: São Paulo e demais localidades: 0800 021 0118<br />
Rio de Janeiro (Capital) - Fone (21) 3878-9100 - assinatura@brasileconomico.com.br<br />
É proibida a reprodução total ou parcial sem pr<strong>é</strong>via autorização da Empresa Jornalística Econômica S.A.<br />
Valter Campanato/ABr<br />
Cezar Alvarez: “Temos de cuidar para <strong>que</strong> o cidadão não seja prejudicado”<br />
liação da entidade, se concentram<br />
mais na expansão da base de clientes,<br />
em detrimento de infraestrutura<br />
para qualidade <strong>dos</strong> serviços.<br />
“Uma medida como essa vai fazer<br />
com <strong>que</strong> pelo menos se repense esse<br />
cenário”, disse o advogado da entidade,<br />
Guilherme Varella. ■ ABr<br />
Empresa contabilizou R$ 61,1 milhões em vendas<br />
Receitas da Ferbasa<br />
sobem 11,7% em junho<br />
Divulgação<br />
A Companhia de Ferro Ligas da Bahia (Ferbasa) registrou<br />
receita líquida de vendas de R$ 61,13 milhões em<br />
junho, alta de 11,7% em relação a igual período de 2011,<br />
quando totalizou R$ 54,73 milhões. Em maio, o faturamento<br />
foi maior, somando R$ 64,29 milhões. Na comparação<br />
com o mês anterior, a receita teve <strong>que</strong>da de 4,9%.<br />
Os volumes vendi<strong>dos</strong> no mês de junho atingiram<br />
10.816 toneladas de FeCrAC (Ferro Cromo Alto Carbono),<br />
1.604 toneladas de FeCrBC (Ferro Cromo Baixo Carbono)<br />
e 6.006 toneladas de FeSi 75% (Ferro Silício), respectivamente<br />
25,75%, 14,25% e -22,73% de variação<br />
em relação ao mesmo período de 2011.<br />
No início de julho, a Ferbasa reduziu o preço de referência<br />
do ferro cromo alto carbono (<strong>Ben</strong>chmark Europa)<br />
em 7,41% para o terceiro trimestre, para US$ 1,25<br />
por libra de cromo. ■ <strong>Brasil</strong> Econômico Online<br />
www.brasileconomico.com.br<br />
Ricardo Galuppo<br />
rgaluppo@brasileconomico.com.br<br />
Publisher<br />
O número mágico<br />
da Lei Orçamentária<br />
Existe uma armadilha embutida na Lei de Diretrizes<br />
Orçamentárias aprovada ontem pelo Congresso Nacional.<br />
Conforme o documento, o PIB do país terá um<br />
crescimento de 5,5% ao longo de 2013 — e <strong>é</strong> esse o número<br />
<strong>que</strong> será utilizado pelos parlamentares, quando<br />
chegar a hora de elaborar o orçamento propriamente<br />
dito, para definir as despesas públicas no período. É<br />
com base nessa previsão de desempenho da economia<br />
<strong>que</strong> os parlamentares definirão o valor das emendas<br />
<strong>que</strong> apresentarão ao governo para gastos públicos em<br />
suas bases. O problema <strong>é</strong> <strong>que</strong> a previsão <strong>é</strong> consideravelmente<br />
mais otimista do <strong>que</strong> os números do Banco Central<br />
— <strong>que</strong> tem se caracterizado por uma <strong>dos</strong>e de realismo<br />
superior à de outras instituições do governo. Segundo<br />
o relatório Focus divulgado na segunda-feira<br />
passada, o crescimento de 2013 deverá ficar em 4,1%<br />
(ou seja, 1,4 ponto abaixo do percentual de crescimento<br />
<strong>que</strong> o Congresso utilizará para calcular as despesas).<br />
Entre o PIB previsto pela LDO<br />
e os números do Focus, do BC,<br />
existe uma diferença de cerca<br />
de R$ 70 bilhões no PIB de 2013<br />
Por uma conta simples, tomando-se o PIB de 2011 e<br />
aplicando sobre ele o crescimento de 1,9% previsto pelo<br />
Focus (aplicando-se sobre ele o IPCA estimado pelo<br />
Focus em 4,87%), chegaríamos a um PIB de R$ 4,43<br />
trilhões este ano. É aí <strong>que</strong> vem a armadilha. Utilizando-se<br />
o mesmo crit<strong>é</strong>rio e tendo os 5,5% de crescimento<br />
previstos pela LDO como referência, o PIB de 2013<br />
seria de R$ 4,93 trilhões. Pelo número do Focus, o valor<br />
seria menor, de R$ 4,86 trilhões. A diferença, nesse<br />
caso, seria de mais ou menos R$ 70 bilhões. É muito<br />
dinheiro. O suficiente para financiar mais de oito pacotes<br />
de estímulo à indústria iguais ao baixado pelo governo<br />
dias atrás e <strong>que</strong> foi finalmente aprovado pelo<br />
Congresso na sessão de ontem. Ou seja: já na largada,<br />
o Congresso está estimando gastos superiores à capacidade<br />
de arrecadação assumida por uma das instituições<br />
de maior credibilidade do país.<br />
A consequência <strong>é</strong> mais do <strong>que</strong> previsível. Ao longo<br />
de 2013, o governo será obrigado a adotar medidas para<br />
compatibilizar o gasto com as possibilidades reais<br />
do erário público. Ao fazer isso, será acusado de descumprir<br />
o Orçamento — quando, na verdade, estará<br />
apenas tomando as medidas necessárias para se manter<br />
nos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal. Ou,<br />
então, para não provocar um desarranjo inflacionário<br />
<strong>que</strong> conseguiria, única e tão somente, deixar o cenário<br />
mais confuso e retroceder à<strong>que</strong>le desatino monetário<br />
anterior ao Plano Real. Nos últimos anos, o Congresso<br />
Nacional tem se caracterizado por fugir do essencial<br />
e centrar seu esforço em iniciativas inúteis. Esta<br />
semana os parlamentares entram em recesso e,<br />
com os eventos previstos para os próximos meses (como<br />
o julgamento <strong>dos</strong> r<strong>é</strong>us do escândalo do “Mensalão”<br />
e as eleições municipais), <strong>é</strong> pouco provável <strong>que</strong> alguma<br />
medida importante seja votada em Brasília (conforme<br />
mostra a reportagem em Desta<strong>que</strong> nesta edição<br />
do BRASIL ECONÔMICO). É lamentável <strong>que</strong> seja assim.<br />
Mas, infelizmente, essa tem sido nossa realidade. ■