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xávier, D. Sc. - Engenharia Naval e Oceânica - UFRJ

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aprisionada em profundidade, estes valores reportados, se utilizados conservativamente<br />

na modelagem da pluma, irão subestimar a área de abrangência da pluma.<br />

Modelos hidrodinâmicos, comumente usados na modelagem de transporte da<br />

pluma de um emissário submarino, exigem um grande esforço para reproduzir a com-<br />

plexidade da circulação costeira face as dificuldades em conhecer-se as condições de<br />

contorno, especialmente em contornos abertos. Esta dificuldade torna-se maior se o am-<br />

biente for estratificado, o que requer a adoção de um modelo tridimensional baroclínico,<br />

consequentemente mais complexo, portanto. Mesmo adotando-se um modelo com essa<br />

característica, o grau de dificuldade aumentaria uma vez que a estratificação também<br />

teria que ser conhecida no contorno. Modelos de macro e meso escala poderiam ser uti-<br />

lizados para suprir essa necessidade. Note-se, porém, que o esforço computacional re-<br />

querido para este tipo de modelagem é tamanho que dificulta sua adoção nos estudos<br />

básicos para o projeto de engenharia e em programas de monitoramento e alerta.<br />

Uma abordagem mais simples, e por isso mesmo com grande potencial de dis-<br />

seminação, para a resolução do problema foi adotada por Roberts (1999-b) utilizando<br />

um modelo estatístico de curto termo, o FRFIELD. Este modelo utiliza-se de séries<br />

temporais de dados oceanográficos medidos, correntes e densidades, e ainda caracteris-<br />

ticas da descarga e do difusor, acoplados diretamente a um modelo de campo próximo,<br />

o NRFIELD (Roberts, 1999-a). Desta forma, toda a complexidade do escoamento é au-<br />

tomaticamente inserida na modelagem da pluma. Este modelo é utilizado para estimar a<br />

variabilidade espacial de algumas propriedades estatísticas da pluma ao redor do di-<br />

sor, incluindo a freqüência de visitação e a freqüência de excedência. O modelo permite,<br />

portanto, de uma forma mais expedita, avaliar os impactos em diversos pontos do domí-<br />

nio permitindo-se assim projetar eficientemente um sistema de disposição oceânica de<br />

esgotos.<br />

A abordagem de Roberts (1999-b), no entanto, torna-se menos efetiva quando<br />

são utilizadas informações oceanográficas obtidas em poucos pontos de amostragem. É<br />

comum neste tipo de estudo obter-se medições de correntes em apenas um ponto do<br />

domínio. Neste caso, o modelo assume que o campo de correntes é homogêneo espaci-<br />

almente, pelo menos durante o tempo de vida de cada nuvem da pluma. Tal aproxima-<br />

ção fere as leis de conservação da hidrodinâmica, principalmente em locais muito pró-

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