xávier, D. Sc. - Engenharia Naval e Oceânica - UFRJ
xávier, D. Sc. - Engenharia Naval e Oceânica - UFRJ
xávier, D. Sc. - Engenharia Naval e Oceânica - UFRJ
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
do-se como r'sul" as direções de FSlTozi S v, e que os ventos de oeste (entendendo-se<br />
como oeste o setor de oeste, muito especialmente WW e Sv, as fazem "correr para<br />
leste". Como os ventos de leste (6om tempo) e os ventos de oeste (mau tempo) se alter-<br />
nam, também se alternam as correntes. Mas tal generalização, embora zitil, é demasza-<br />
damente ampla para aplicações praticas, sobretudo por ignorar os períodos de transi-<br />
ção. O texto mostra que o padrão de circulação na escala de tempo sub-inercial já era<br />
conhecido, acreditando-se haver uma total correspondência com o vento local. Para<br />
mostrar essa correlação foram efetuadas três campanhas de medições simultâneas de<br />
vento e correntes marinhas, durante os períodos de 5 a 7, 13 a 16 de junho de 1959 e 12<br />
a 20 de setembro de 1960, na região próxima ao ESEI com navio fundeado. Os resulta-<br />
dos mostraram alta correlação entre vento e corrente no período permitindo ao autor va-<br />
lidar formulações de dependência vento-corrente que fundamentaram os estudos para o<br />
projeto do ESEI.<br />
Informações sobre correntes oceânicas e estrutura de densidades obtidas por pe-<br />
ríodos relativamente longos na plataforma continental interna do Rio de Janeiro são ra-<br />
ros. As medições existentes são demasiadamente curtas para identificar e caracterizar<br />
satisfatoriamente períodos de oscilação sub-inerciais. Estudos sobre propagação de on-<br />
das de plataforma continental têm sido efetuados utilizando-se informações de nível<br />
d'água obtidos em estações maregraficas costeiras (Castro & Lee, 1995; Trucollo, 1998;<br />
Carvalho et al., 1996, Paiva, 1993). No entanto, pouca informação tem sido reportada<br />
apresentando os aspectos hidrodiiâmicos dessas ondas longas na Plataforma Continen-<br />
tal Sudeste (PCSE) do Brasil, em especial com relação às estruturas de correntes e estra-<br />
tficação de densidades. Os modelos conceituais apresentados para explicar a circulação<br />
na PCSE geralmente associam as oscilações de nível do mar e movimentos de massas<br />
d'água a ação direta do vento agindo sobre a superfície do mar. Trucollo, 1998 observou<br />
que o nível d'água em São Francisco do Sul - SC era mais coerente com os ventos me-<br />
didos no Rio Grande do Sul do que com os medidos localmente. Isto sugere que essas<br />
ondas podem não apenas ser forçadas localmente pelo vento, mas também estarem pro-<br />
pagando-se ao longo da costa, tendo sido geradas por abalos meteorológicos ocorridos<br />
mais ao sul.<br />
Uma vez que ondas longas propagando-se em águas rasas são melhor observa-<br />
das através da análise das componentes horizontais de velocidade de correntes (Hsieh,