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xávier, D. Sc. - Engenharia Naval e Oceânica - UFRJ

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A CS migra sazonalmente influenciando fortemente a distribuição de massas d'água e<br />

circulação na PCS. No inverno, a região é dominada pela Água Subantártica (ASA)<br />

(4.0°C < T < 15°C e 33.7 < S < 34.15) que se move para o norte devido a ação de cor-<br />

rentes costeiras. No verão, a PCS é dominada pela AT que é transportada para o sul pela<br />

Corrente do Brasil (Castro Filho & Miranda, 1998). A ASA, em seu movimento para o<br />

norte no inverno tem sua salinidade reduzida pela contribuição continental. Miranda<br />

(1972) apud Miranda (1979) sugeriu que a Água Costeira poderia ser subdividida em<br />

Água Costeira com Influência Subantártica (ACISA) (S < 34.0), característica do inver-<br />

no, e Água Costeira com Influencia Tropical (ACIT) característica do verão. A penetra-<br />

ção desta água fiia e pouco salina (ACISA) pela costa sul do Brasil frequentemente o-<br />

corre por sobre a PCSE no inverno. Campos et al. (1996) constatou uma incursão desta<br />

água até 24OS no inverno de 1993.<br />

2.2.2 Mecanismos de transporte na Plataforma Continental Sudeste do Brasil<br />

2.2.2.1 Forçantes meteorológicas<br />

O padrão característico das condições meteorológicas na PCSE é dominado pelo Antici-<br />

clone (serni-fixo) do Atlântico Sul (AAS) e pelo Anticiclone Polar Móvel (APM). Peri-<br />

odicamente, a situação de bom tempo induzida pelo AAS, caracterizada por ventos mo-<br />

derados vindos de nordeste, é perturbada pelo deslocamento de sistemas frontais força-<br />

dos pelo APM. Estes sistemas fkontais formam-se geralmente sobre o Oceano Pacaco<br />

Sul, dirigem-se para Leste até encontrarem os Andes, e, entre 40 e 20°S, seguem no sen-<br />

tido sudoeste-nordeste ao longo da costa leste sul americana. Eventualmente, os siste-<br />

mas frontais podem atingir latitudes menores do que 13"s Wousky, 1979, qud Castro<br />

Filho & Miranda, 1998).<br />

Stech & Lorenzzetti (1992) propuseram um modelo conceitual para passagem de<br />

fi-entes fiias sobre a PCSE, ilustrado na Figura 2.2. Segundo o modelo, um observador<br />

localizado sobre um ponto fíxo na PCSE presenciaria a evolução do seguinte quadro:<br />

Antes da passagem do sistema fi-ontal, ventos de NE sopram persistentemente sobre a<br />

região com velocidade média de 5 mís; quando a fkente aproxima-se do observador, o<br />

vento gira de nordeste para noroeste no sentido anti-horário; imediatamente após a pas-

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