xávier, D. Sc. - Engenharia Naval e Oceânica - UFRJ
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Peterson & Strarnma, 1991) quando comparada a outras correntes de contorno oeste,<br />
como as Correntes do Golfo e Kuroshio.<br />
Na PCSE, a CB segue de NE para SO, meandrando sobre a quebra da platafor-<br />
ma, em torno da isóbata de 200 metros (Calado et al. 2000). Com a acentuada mudança<br />
na direção do litoral em Cabo Frio, a CB apresenta um padrão meandrantre acentuado<br />
dando, frequentemente, origem a fortes vórtices frontais ciclônicos e anticiclônicos<br />
(Campos et al., 1995). Estes meandros e vórtices são feições marcantes na parte externa<br />
da PCSE que produzem perturbações no padrão dominante da corrente NE-SO e contri-<br />
buem para a subida da ACAS do talude para a plataforma continental (Castro Filho et<br />
al. (1987); Campos et al., 1999).<br />
Garfield (1990), utilizando imagens NOAA, mostrou que uma parte importante<br />
da CB localiza-se sobre a PCSE e em locais com lâminas d'água menores do que 500<br />
metros. Esta aparece fina e rasa em 24"s transportando AC e ACAS em profundidades<br />
menores do que 400 metros. Em 3 1"s a CB fica mais larga e funda, possivelmente pela<br />
contribuição de águas costeiras e a entrada de ACAS do giro subtropical. Evans & Sig-<br />
norini (1985) encontraram, em 24"S, um transporte de 5 Sv ocorrendo em lâmina<br />
d'água inferior a 200 metros, contra 6 Sv sobre o talude continental.<br />
2.2.2.4 A Reswgência de Caho Frio<br />
Há evidências de que perto do Cabo de São Tomé (22"S), a nordeste da PCSE, a CB<br />
ocupa a maior parte da plataforma continental durante o verão, sendo encontrada inclu-<br />
sive na plataforma interna. Medições diretas (Harari et al. 1993) evidenciaram nesta é-<br />
poca correntes predominantes para sudoeste. Este movimento é reforçado pelos ventos<br />
de nordeste oriundos do AAS. Na região de Cabo Frio, a incidência de tais ventos causa<br />
a advecção dessas águas costeiras superficiais aquecidas para fora da costa e, por conti-<br />
nuidade, força a ressurgência da ACAS junto a mesma. Tal fato é reforçado pela alta<br />
correlação entre temperaturas baixas na supeficie da água e eventos com ventos so-<br />
prando de leste e nordeste (Miranda, 1982).<br />
Imagens TSM evidenciam esse fenômeno (Castro & Miranda, 1998) e mostram<br />
ainda a advecção dessas águas fias induzida pelo padrão normal de correntes costeiras